CAPÍTULO 40 - Manhã de sábado

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- Então, amiga, o que precisamos providenciar para hoje à noite? - pergunta Elisa, conversando com Cecília ao telefone.

- Alberto e eu vamos providenciar as comidas, você e Caio trazem as bebidas e também os jogos que quiserem jogar - responde Cecília.

- Tudo bem, então - concorda Elisa.

- Não esquece de vir pronta pra passar a noite aqui. O Caio também vai ficar. Ele está dizendo que vai tomar um porre porque o Alberto mandou ele não beber perto de outras pessoas pra não correr o risco de ele dar com a língua nos dentes - diz Cecília, achando graça.

- Ele me falou sobre isso - diz Elisa, também achando graça.

- Vocês dois se entenderam bem desde que se conheceram, né? - pergunta Cecília.

- Olha, sim. Às vezes a gente tem opiniões bastante divergentes, mas, sim, nos entendemos bem. Caio é meio desmiolado, mas é bacana - diz Elisa.

É uma bela manhã de sábado. Enquanto as duas conversam, Alberto brinca com Logan, o cachorro de guarda, correndo com ele pela grama, jogando brinquedos para o animal buscar. Um bom tempo depois, ele coloca o cachorro de volta na área cercada na qual ele geralmente fica e vai até a esposa.

- Estava conversando com Elisa? - pergunta ele.

- Sim, tudo certo pra hoje à noite. Você confirmou com o Caio?

- Confirmei, sim. O homem disse que vem, vai passar a noite e vai tomar um porre - diz Alberto.

- É... Tô sabendo... - diz ela, sorrindo.

- Cecília, mudando de assunto... Posso te fazer um convite? - pergunta Alberto.

- Um convite? Pode, claro, o que é?

- Vamos entrar na piscina? - convida ele. Está um dia quente, gostaria de sua companhia. Além disso, você nunca entrou nela desde que veio morar aqui.

- Não sou muito fã de piscinas... - diz ela.

- Vamos lá, não tem ninguém olhando, só a gente. Põe um biquíni, vai. Vamos entrar um pouco - insiste ele.

- Ai, ai... Biquíni? Não pode ser maiô?

- Biquíni, maiô, você que escolhe. Na verdade, é só jeito de falar.

- Tá... Tudo bem... Vou lá em cima trocar de roupa... - rende-se ela. Alberto abre um largo sorriso. - Mas, a propósito, antes que eu me esqueça, tenho uma lista de coisas que quero que você diga a Marta para providenciar. Vou passar para o seu celular e você fala com ela, tá?

- Mas por que você não fala com ela diretamente? - estranha ele.

- Porque já pedi a ela várias vezes e fui solenemente ignorada. Então acho melhor você mesmo falar com ela.

- Mas o que a Marta está pensando da vida? - pergunta Alberto, já aborrecido.

- Olha, não quero que você brigue com ela, tá? Só quero que você peça pra ela fazer as tarefas. Só isso.

- Pode deixar, que com a Marta eu me entendo - diz ele.

- Bom, vou me trocar. Já volto - diz Cecília.

Ao longe, da janela da cozinha, Marta observa os patrões enquanto fala ao telefone.

- Não... Normalmente eles não ficam de beijos e abraços, não. Raramente encostam um no outro. Com excessão de quando tem gente de fora - diz a governanta para alguém do outro lado da linha. - Não sei dizer se já transaram. Às vezes passo na frente da porta do quarto deles de madrugada e nunca escuto nada. Nadinha - continua ela. - Ok. Vou continuar de olho. Semana que vem ligo de novo - diz ela, desligando o aparelho. De longe, ela vê Alberto sair do escritório e caminhar até a cozinha.

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