- Muito bem. Está entregue - diz Caio, parando o carro em frente o prédio de Elisa. É por volta de três horas da manhã. Caio boceja, parece estar com bastante sono. - Vamos, eu te deixo na portaria, depois vou pra casa.
- Está muito tarde pra você andar por aí assim. Você está morrendo de sono. É perigoso bater o carro, atropelar alguém, sei lá. Dorme aqui, vai.
- Não precisa se preocupar. Eu não me orgulho disso, mas já dirigi por aí em piores condições. Com muito mais sono, às vezes de cara cheia. Vaso ruim não quebra - brinca ele.
- Eu não quero que nada de ruim aconteça com você... - diz Elisa com uma voz lânguida. Ela beija o pescoço do namorado, acaricia-lhe as costas, abraça-o. - Fica, vai... - insiste ela. - Além disso, eu me sinto segura quando você está por perto. Toda essa história de câmeras e invasão de domicílio mexeu muito comigo. Não sou uma pessoa medrosa, mas hoje estou me sentindo apreensiva.
- Tudo bem, vai. Eu fico com você - rende-se ele. No fundo, ele também não queria deixá-la sozinha. Toda aquela história de câmeras e invasores de domicílio também o deixara desconfortável para deixar Elisa dormir só em seu apartamento. Contudo, ainda não haviam feito sexo. Isso complicava bastante as coisas.
- Mas, olha, é sem segundas intenções, viu. É pra deitar e dormir! - alerta Elisa.
- Então vou ter que ficar no sofá, porque na mesma cama que você não vai dar não... - confessa Caio.
- Olha, a gente resolve isso lá em cima. Vamos subir, vai. Não é bom ficarmos assim conversando sozinhos de madrugada no meio da rua.
- Tem razão - concorda Caio. Os dois saem do carro em direção ao apartamento de Elisa.
Eles sobem. Caio toma um banho, sai sem camisa do banheiro. É uma noite quente. Elisa tomara banho no outro banheiro, ela está na cozinha, arrumando algo para comerem. Ela veste um baby doll rosa, de alças, e calça um par de chinelos. Caio vai até a cozinha para devolver a toalha e para na porta. Ele não diz nada, apenas observa a beleza da namorada, vestindo roupas tão despojadas. Seu belo par de pernas está à mostra, Caio consegue ver o desenho de seus mamilos pelo tecido fino da vestimenta.
- Olha, Elisa, como eu te disse, é melhor eu ficar no sofá, tá. É melhor a gente não se meter em fria.
- Se você acha que não consegue...
- Não consegue o quê?
- Segurar seus instintos.
- Não é somente isso, Elisa...
- E é o quê?
- Pra que eu vou passar a noite do seu lado, te desejando, passando vontade, sabendo que não vai acontecer nada? Além disso, você sabe que existem coisas que acontecem com o corpo masculino de forma involuntária, não sabe? Não quero que você fique admirando minha barraca, não.
- Ah, Caio, fala sério! Se for só isso...
- Oi? Só isso?
- A gente já teve alguns amassos mais quentes. Não é nada que eu já não tenha visto acontecer.
- Tá, mas...
- Mas???
- É diferente...
- O que é diferente??? - questiona Elisa, já com uma certa irritação.
- Passar meia hora de amassos é diferente de passar uma noite inteirinha na seca! - Argumenta o namorado.
- Meu Deus, Caio! Tá bom! Se você quer dormir no sofá, então vai, dorme lá no sofá então! - diz ela entregando um travesseiro e um lençol pra ele. Ele pega os o travesseiro e o lençol e vai para a sala, sem camisa, vestido apenas com a calça jeans. Ele fica muito bonito de calça jeans. Elisa estava acostumada a vê-lo de roupas formais. A visão de Caio com seu peitoral nu, vestindo apenas a calça jeans a impacta bastante. "Meu Deus! Como Caio é lindo! Eu nunca imaginei na vida namorar um homem desse!" Pensou ela.
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Casal Por Contrato
ParanormalCecília Petri, uma doce e amável professora do ensino fundamental, se vê repentinamente em apuros financeiros. Ela contrata Alberto Callegari, um conhecido e competente advogado para lhe ajudar a encontrar uma solução. Ele a surpreende com um inusit...