CAPÍTULO 67 - Descobertas

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O dia amanhece nublado. Cecília acorda antes do despertador tocar. Ela levanta da cama, veste o roupão e vai até a sacada do quarto. José já está lá fora, de olho no cachorro, que estava solto. Os passarinhos faziam barulho com seu canto como todas as manhãs. Sentia-se em casa. Por muito tempo depois que fora morar com Alberto ela se sentiu um pouco deslocada. Mas, com o tempo, ela se acostumou com o lugar. Aliás, qualquer lugar onde Alberto estivesse, aquele era seu lugar.

- Bom dia, minha digníssima esposa - cumprimenta Alberto, abraçando-a pela cintura e dando-lhe um beijo de bom dia.

- Bom dia, senhor meu marido. Dormiu bem?

- Sempre que estiver dormindo ao seu lado, eu vou dormir bem - responde ele, beijando-a novamente. Cecília sorri para ele. - Algum problema? Você parece preocupada.

- Nenhum problema... Só estou aqui com meus pensamentos.

- Será que tem um lugar pra mim nesses pensamentos? - brinca ele, ainda abraçado à esposa.

- Você nunca sai dos meus pensamentos - retruca ela, sorrindo. Cecília olha para o marido, acaricia-lhe os cabelos, desce as mãos pelo seu peitoral e sussurra em seu ouvido. - Eu te amo, Alberto!

- Será que eu ouvi direito? - diz Alberto, em tom de brincadeira.

- Ouviu sim, senhor. Você não é surdo! Engraçadinho! - brinca ela de volta.

- Fala de novo, vai... Por favor... - ele sussurra com uma voz sensual ao ouvido de Cecília.

- Eu te amo, Doutor Alberto Callegari! Pronto! Satisfeito? - diz ela, com um sorriso.

- Eu te amo, Cecília Petri Callegari! Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! - diz ele enquanto a beija várias vezes.

- Qual é a probabilidade de se achar alguém no mundo por quem somos perdidamente apaixonados e ainda sermos correspondidos?

- Nem todo mundo tem a mesma sorte que nós... - reflete ele. - E qual é a probabilidade de se achar alguém no mundo por quem sentimos profundo tesão e ainda sermos correspondidos?

- Acho que somos sortudos... - diz Cecília.

- Sim, somos... - conclui Alberto.

Os dois continuam abraçados, na sacada do quarto, olhando para fora, apreciando juntos as primeiras horas do dia. Lá de baixo, na área de lazer, os empregados vêem o namoro do casal na varanda do quarto.

- Já perceberam que nossos patrões andam no maior love ultimamente... - diz Olívia, admirando o casal. - São tão lindos juntos...

- Só vivem transando agora, não importa se é dia ou se é noite. Essa casa está parecendo motel - reclama Marta.

- Ô sua louca de pedra, agora um casal não pode fazer sexo na própria casa não? - repreende José. - Já falei pra você parar de bisbilhotar a intimidade dos seus patrões. Isso não vai terminar bem - adverte ele. - Mais cedo ou mais tarde Seu Alberto vai descobrir. Escuta o que eu estou te falando!

- E pra sua informação, tem que transar muito mesmo, ué! Um casal jovem e apaixonado tem que transar de manhã, de tarde e de noite! - diz Olívia. - Dois lindos daqueles... Só podem estar com os hormônios sexuais à flor da pele!

- Se um casal não faz sexo aí sim que é um problema - acrescenta José.

- Bando de puxa-saco é o que vocês são! - crítica Marta.

- Se eu tivesse uma banheira daquelas na minha suíte, eu transava lá era todo dia! Eles não tem filhos, têm mais é que aproveitar mesmo! - diz Olívia.

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