CAPÍTULO - O Sequestro | Parte 4

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Mário e Vitória trocam um tórrido beijo. Nem sabem dizer de quem foi o primeiro passo, apenas se entregaram às emoções que sentiam. Ele não se lembrava qual fora a última vez que sentira tamanha preocupação com o bem-estar de alguém. Se pudesse, não deixaria a delegada voltar para perto daquele galpão. Queria voltar para lá junto com ela, mas conhecia a moça, sabia que ela iria fazer um baita sermão. Era o charme dela. Vitória ficou surpresa com a repentina demonstração de preocupação por parte de Mário. Jamais imaginaria vê-lo tão apreensivo por causa dela. Os dois então se separam. Ambos estão bastante sem jeito.

- Olha, volta lá pro galpão. Eu não quero te atrapalhar. Prometo que vou tentar não importunar.

- Realmente, preciso voltar - responde ela, bastante sem graça.

- Toma cuidado, tá. Por favor - pede ele, enquanto ela se afasta.

Dentro do galpão, Milena segue aos berros.

- Quem está aí??? - grita ela, exaltada. - É bom você aparecer, ou eu vou acabar com a vida dessa sonsa agora! Eu vou te dar um fim, sua sonsa, igual eu dei um fim naquele cachorro pulguento insuportável!

- É a polícia! Solta essa arma, Milena! - grita Vitória, do lado de fora do galpão.

- Ai... Que medinho... É a polícia! - debocha a advogada.

- Abaixa essa arma, ou eu não vou ter alternativa senão atirar! - retruca a delegada!

- Atira, vai! Me mata! No outro dia você vai estar fodida com seus superiores! - provoca Milena.

- Não tem problema! Eu encaro! Eu me ferro, mas te ferro antes! - diz Vitória. - Solta essa arma!

- Não solto coisa nenhuma! - insiste Milena, alucinada. Ela começa novamente a atirar para todos os lados. Todos procuram se proteger dos tiros. Cecília, contudo, está completamente indefesa, sentada na cadeira, com as mãos amarradas para trás. Milagrosamente, ela não é atingida.

Sorrateiramente, sem que se deixe notar, Nathan se arrasta aos poucos pelo chão, alcança a arma que estava caída e a esconde perto de si. Os ferimentos o incomodam muito, ele não consegue se levantar, a perna baleada dói bastante. Ele então, fica quieto no chão, tentando se proteger dos tiros da arma de Milena. Contudo, ele acaba sendo atingido na região abdominal por um dos disparos feitos pela advogada, ficando prostrado no chão, parecendo ter perdido os sentidos.

- Milena! Por favor... Para com isso... -  Pede Cecília, tentando usar um tom de voz sereno, para que a mulher parasse com os tiros. - Você acertou o Nathan! Por favor, para com isso...

- Foda-se Nathan, foda-se Mário, foda-se todo mundo! Eu vou matar todos vocês, que nem eu fiz com a inútil da Catarina, com aquele cachorro pulguento e com a incompetente da Marta! - berra Milena, descontrolada. Ela parecia já não estar mais no domínio de suas capacidades mentais. Estava completamente alucinada.

- A Marta? Meu Deus! - diz Cecília, apavorada. Suas mãos estão frias, tremem sem parar. Mas ela procura não se desesperar. Marta, assim como Mário, sabia demais. Fez todas as loucuras que Milena ordenara, nem tanto pelo dinheiro que estava recebendo, mas principalmente porque nutria um ódio incontrolável pela patroa. Ao ser demitida por Alberto, Milena tratou de se certificar de que ela não contaria para ninguém tudo o que ela fizera dentro da casa dos Callegari a mando de Milena.

- Milena, olha... Tudo bem... Vamos fazer assim... - diz Vitória, com um tom de voz mais ameno, percebendo que a advogada já não tinha lucidez. Não havia como negociar com ela de forma racional. - Você pode ir embora. Pode ir. Não vou atirar, nem te prender. Já disse para o resto da equipe que você pode entrar no seu carro e ir embora.

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⏰ Última atualização: Nov 05 ⏰

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