O dia amanhece, Cecília e Alberto dormem abraçados na cama. Ela está vestida com o macaquinho da noite anterior e ele também está vestido com as roupas da noite anterior, uma bermuda e uma camisa branca de botão. A camisa estava aberta, pois Cecília lhe havia desabotoado os botões. Ela dorme sobre o peito do marido. O alarme do celular de Alberto toca e acorda os dois. Cecília abre os olhos e se vê abraçada sobre o peito nu de Alberto.
- Bom dia - diz ele, com uma voz rouca, acariciando os cabelos da esposa.
- Bom dia - responde ela, ainda abraçada a ele. Eles não se separam, continuam abraçados um ao outro.
- Tá tudo bem? Você bebeu além da conta ontem.
- Estou com a boca seca... E um pouco de dor de cabeça... - responde ela.
- Nada que um bom banho, um analgésico e muita água não resolvam - diz Alberto.
Cecília percebe que eles estão vestidos com as roupas do dia anterior.
- Alberto, me diz uma coisa...
- O que foi?
- O que aconteceu entre nós dois aqui no quarto ontem à noite?
- Você não se lembra? - pergunta ele. Para Alberto, a lembrança da noite passada estava viva em sua memória. Ele nem sabe explicar de onde tirou forças para não sucumbir ao desejo por Cecília.
- Nós subimos aqui pro quarto... E o que aconteceu... Não sei dizer se foi verdade o que eu lembro ou se eu sonhei...
- Pode ser que você tenha sonhado... - ele não confirma que eles trocaram beijos e carícias ousadas. Prefere deixar que ela pense que foi apenas um sonho. - O que exatamente você lembra?
- Nós dois, será que a gente...
- Não, nós não transamos, se é isso que você quer saber - diz ele. - Como você pode ver, estamos vestidos com nossas roupas.
- Você não está me enganando, está? - indaga ela.
- Cecília, a essas alturas você já me conhece bem... Eu não iria mentir pra você sobre isso. Você sabe que eu não mentiria - responde ele.
- Me desculpa. Acredito em você... - diz ela.
Eles ficam em silêncio por um tempo, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Cecília não tinha coragem de dizer a Alberto o que lembrava. "Será que foi mesmo só um sonho?" Questiona-se ela. "Tudo foi tão... Bom..." Pensa ela. Estar nos braços do esposo a fazia sentir-se cuidada. Só de lembrar dos beijos e carícias, sentia-se queimar por dentro. Ela achara que estava morta para o sexo oposto, mas parecia que algo havia mudado.
- Como será que estão Caio e Elisa? - pergunta Cecília, mudando de assunto.
- Eles continuaram lá embaixo depois que subimos. Pode ser que demorem para acordar - Aqueles dois... É capaz que acordem com uma baita ressaca...
- É capaz... - concorda ela. - Nossa... Estou meio devagar... - diz ela se espreguiçando.
- É... Beber além da conta tem suas consequências... - diz ele, achando graça.
- Você tá rindo de mim? É isso? - brinca ela.
- Você fica linda de ressaca, sabia? - ele brinca de volta.
- Precisamos levantar, mas estou sem forças... - diz ela acomodando-se melhor nos braços dele, ainda abraçada ao peito de Alberto. Era uma sensação muito boa de estar ali, abraçada a ele. Sentia o perfume do marido impregnado em suas roupas. Ele torna a acariciar seus cabelos. Não queria sair dali. O que estava acontecendo? Perguntava-se ela. Até pouco tempo não suportava a proximidade com homem algum. E, de repente, estava ela ali, aninhada nos braços de Alberto, sem querer sair.
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Casal Por Contrato
ParanormalCecília Petri, uma doce e amável professora do ensino fundamental, se vê repentinamente em apuros financeiros. Ela contrata Alberto Callegari, um conhecido e competente advogado para lhe ajudar a encontrar uma solução. Ele a surpreende com um inusit...