Olivia Maybank é uma adolescente de 17 anos, tudo que ela tem é o irmão gêmeo e os amigos. Seu maior desejo é se tornar independente, conseguir fugir dos abusos e agressões dos pai.
Enquanto ela luta por essa independência, Rafe Cameron vive a vid...
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𝑳𝒊𝒗
Depois que eu e o JJ nos recuperamos do momento sentimental, fomos pra praia encontrar o pogues. Surfar e estar com meus amigos me fazia bem, me distraiu de pensar em tudo que tinha acontecido e de coisas que poderiam acontecer
Minha família tradicional até poderia ter morrido à anos atrás junto com a minha mãe, mas eu ainda tinha uma família, tinha o JJ que era minha maior força e maior porto seguro, tinha o John B que era um protetor e alguém pra fazer maluquices, tinha o Pope que era um confidente e quem me incentivava a sempre ser melhor, tinha a Kie que era minha válvula de escape, ela me trazia leveza e paz, também tinha o Tio B.J que tinha se tornado um pai, ele que me aconselhava e cuidava de mim.
Eu até poderia não ter uma mãe viva e um pai presente e bom, mas eu não tava sozinha, eu tinha uma família e amava eles mais que qualquer coisa, poderia estar com medo de como seria daqui pra frente, mas tinha certeza que eu seria capaz de enfrentar qualquer coisa com eles do meu lado.
Depois de passar o dia na praia, como combinado eu fui pra casa do Cameron, mesmo eu tendo mandando mensagem que estava bem, ele queria me ver pessoalmente. Era precipitado dizer que o Rafe era minha família, ele ainda era só um amigo que fazia eu me sentir muito bem e que fa forma dele cuidava de mim e por mais que uma parte minha odiasse ter ele cuidado de mim, a outra gostava de saber que ele se importa.
Era doido pensar em como em alguns meses minha relação com o Cameron mudou totalmente, fomos de praticamente inimigos que se odeiam mais que tudo, pra amigos. E não è qualquer amizade, sinto um carinho pelo Rafe quase como sinto pelos Pogues, ele se tornou alguém importante pra mim, mesmo que as vezes ele me irrite muito e que as vezes eu nem consigo explica o que sinto por ele, sei que gosto de ter ele por perto.
E mesmo que lá no fundo eu tenha medo de como as coisas vão ser quando o acordo acabar, eu sabia que o Rafe iria estar marcado na minha vida, talvez seja por isso que decidi transar com ele, pra que mesmo depois que o namore acabe e mesmo que ele volte a ser um babaca, eu tenha alguma coisa importante e especial pra lembrar dele e da época que nós nos dávamos bem.
Balanço a cabeça afastando à ideia, nós não voltaríamos a ser como antes, querendo ou não o acordo mudou tudo, éramos amigos agora, uma dupla e nada estragria isso.
Chego na casa do Cameron e subo direto pro quarto do Rafe, bato na porta e vou entrando. Assim que eu entro vejo o Rafe em pé perto da cama com uma garrafa de vinho em uma mão e o baseado na outra, sorrio olhando pra ele.
-Não acredito que você fez isso
-Eu não tô pelado e nem com a rosa na boca, mas... -Rafe coloca as coisas que estavam na sua mãe em cima da mesinha e pega uma rosa vermelha- Eu fiz o meu melhor...cuidado com os espinhos, o jardineiro não veio hoje então na consegui tirar eles
