𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 103

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𝑳𝒊𝒗

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25 de Maio

Eu tinha recebido alta do hospital a dois dias, mas não tinha ido pra casa, o JJ achou melhor que a gente ficasse um tempo Castelo, assim eu não ficaria sozinha e não sofreria tanto com todas as perdas que eu tive.

É bom estar no Castelo e perto dos meus amigos, mas confesso que é meio sufocante também, eles ficavam me paparicado e me tratando como se eu fosse uma boneca de vidro prestes a quebrar, e eu não queria isso, era bom sentir o carinho deles mas toda essa preocupação me incomodava, mesmo que tudo que tenha acontecido seja péssimo não gosto da pena de ninguém e queria que eles me ajudassem a esquecer disso tudo e não que ficassem me tratando como uma criancinha.

Mas eu estava decidida a sair de casa hoje e eu já sabia exatamente pra onde ir. Acordei mais tarde, depois que todos foram pro colégio, tomei um banho, vendo que os hematomas já estavam um pouco mais claros. Assim que terminei de me trocar fui pra cozinha.

-Bom tio -falo sentando

-Bom dia -Tio B.J fala e beija o topo da minha cabeça- Tem café e torradas, quer mais alguma coisa?

-Não precisa só isso tá bom, se bem que...você poderia me emprestar a caminhonete?

-Onde você vai sozinha? -Big John pergunta

-Ver meu pai, eu ainda não fui ao túmulo dele e as dores já diminuíram, então quero ir hoje

-Você até pode ir, mas não vou te deixar ir sozinha, eu te levo -Big John fala

-Eu sei me cuidar

-Você acabou de sair do hospital, eu fico distante, mas não quero te deixar sozinha -Big John fala

Olho pra percebendo que continuar nesse assunto não me levaria a lugar nenhum.

-Tudo bem, você pode ir comigo. So vou tomar o café e nós vamos

-Ta bom -Big John fala

Terminei meu café da manhã, peguei meu celular e sai com o Big John em direção ao cemitério. Meu tio ficou no carro enquanto eu ia até o túmulo do meu pai, JJ tinha me dito que ele tinha sido enterrado ao lado do túmulo da minha mãe.

Parei enfrente ao túmulo deles, eu tinha comprado flores na entrada do cemitério, então me abaixei e coloquei as flores no túmulo dos dois. Depois me levantei e encarei as letras gravadas no túmulo do meu pai, ainda não tinha caído a ficha, mas olhar pra lápide dele fazia tudo se tornar real, fazia a dor me atingir como uma bomba e as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

Odeio amar você - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora