Talvez o destino estivesse tentando me ajudar, porque o dia estava completamente lindo, com o sol brilhando em sem nuvens. Era perfeito para um piquenique a beira do lago. E de bônus, Abby ainda havia dito a Ian e Gavin que podíamos nadar ali, apesar de não parecer tão interessante quanto na cachoeira.
—Nos podíamos morar a vida toda em um lugar assim. Eu certamente não iria achar ruim. —Grace afirmou, cutucando o braço de Alfredo enquanto ele ajudava Pietro e Gavin a estender a toalha xadrez sobre a grama.
—Podemos comprar uma fazenda, nos aposentar e ir morar lá sem ninguém por perto. —Alfredo olhou pra ela, como se aquela fosse uma ideia a se pensar.
—Se aposentar? —Rebeca soltou uma risadinha. —Você tem 22 anos.
—E já me sinto acabado. —Alfredo levou as mãos as costas como se elas doessem e ele tivesse mais de 100 anos.
Soltei uma risada, depositando as cestas de comida sobre a toalha, antes de observar eles começarem a se sentarem, deixando um espaço vazio que obrigava Rebeca que eu a nós sentarmos juntos. Não era uma escolha tão difícil assim também, ou nós sentávamos juntos ou iríamos segurar vela para alguém.
—Pensa por um lado, um de nós poderia estar sozinho aqui no meio deles. —Olhei para Rebeca, que me encarou de volta e ergueu as sobrancelhas. —E seria solitário demais segurar vela para 3 casais super felizes.
—Tem razão. —Ela comprimiu os lábios. —Por isso que vou me ocupar em comer e pegar sol.
—Nada de entrar na água? —Indiquei o lago e Rebeca negou com a cabeça, puxando as comidas que havíamos trazidos e começou a distribuir pela toalha.
—Não estou a fim de me molhar hoje. —Ela deu de ombros, se ocupando em encher a boca de cookies.
Olhei para os outros, encontrando os olhos de Pietro, Alfredo e Ian em nós dois. Eles tentavam disfarçar conversando com os outros, mas era óbvio que estavam cuidado de cada movimento meu perto de Rebeca. Não sabia se ficava agradecido ou irritado. Mas Ian acenou com a cabeça de leve pra mim, antes de trocar um olhar confidente com os irmãos e então puxar Gavin para eles irem nadar.
Mordi o lábio para não sorrir quando Alfredo fez o mesmo com Grace e os dois disparavam em direção ao lago, antes de pularem na água de mãos dadas. Pietro e Hermione foram os últimos a irem, porque ela parecia hesitante sobre entrar ali, mas ele pareceu a convencer porque logo eu e Rebeca estávamos sozinhos ali.
—Acho que sobramos. —Falei, vendo Rebeca puxar um óculos escuro e colocar, mas eu ainda podia ver seu lábio se curvando na sombra do que deveria ser um sorriso. —Ei, desculpa por ontem. Eu não queria irritá-la chamando-a de limãozinho.
Rebeca me olhou por cima do óculos escuro, enquanto se ajeitava na toalha, ficando meia deitada, com o tronco erguido sobre os cotovelos.
—Era pra ser um apelido fofo. —Me encolhi e senti minhas bochechas esquentarem quando ela soltou uma risada descrente.
—Poderia até ser fofo, se você soubesse usá-lo nos momentos certos e não pra me provocar. —Afirmou, e eu vi aquilo como um avanço, porque ela não estava irritada.
—Que momentos certos então? Quando estivermos nos divertindo juntos? —Eu não podia ver mais seus olhos por causa dos óculos, mas sabia que estava olhando pra mim. —Sendo amigáveis um com o outro?
—É isso que está fazendo agora? —Ela umedeceu os lábios com a língua, fazendo meu coração disparar. —Sendo amigável comigo?
—Eu estou sempre tentando ser amigável com você, Rebeca. Sinto muito se na maioria das vezes eu falhe miseravelmente nisso. —Afirmei, percebendo pelo tremer das sobrancelhas dela que isso a pegou de surpresa. —Você pode me ajudar nisso, não? Como um trabalho em equipe. Me ajuda a saber como podemos ser uma boa equipe, não só no jornal, mas aqui também.
Ela soltou uma respiração pesada, virando o rosto para encarar o lago, onde nossos amigos estavam. Ela parecia pensar no que eu havia acabado de falar, porque não estava séria e nem mesmo sorrindo. Estava apenas perdida em pensamentos.
—Olha, podemos começar de novo, que tal? —Ela voltou a olhar pra mim quando me movi, alcançando o prato com tortinhas de limão que Rebeca tanto amava e peguei uma, antes de me sentar direito e estender pra ela. —Pedi para Alyssa fazê-las porque sabia que você gostava. Eu só estava tentando ser gentil, nada mais. —Rebeca pegou ela das minhas mãos e mesmo com os óculos eu sabia que estava olhando pra mim. —Minha comida favorita é torta de maçã.
—Por que não pede a ela para fazer pra você? —Rebeca finalmente me respondeu, me fazendo ficar aliviado, porque ela não estava brava e era mais uma vitória pra mim.
—Não sei. —Dei de ombros, puxando a câmera que estava pendurada no meu pescoço e tirei algumas fotos dos nossos amigos do lado. —Deveríamos pedir pra ela preparar a comida favorita de cada um de nós aqui.
—Quer fazer a noite das comidas favoritas? —Rebeca estava sorrindo agora e eu quase não consegui conter a felicidade, porque um único sorriso transformava todo seu rosto. Ela já era linda irritada, triste, frustrada. Mas sorrindo ela era adorável demais.
—Não é uma má ideia.
—Não, não é. —Ela tirou os óculos e eu finalmente pude encarrar aqueles olhos escuros que pareciam tão iluminados naquele momento. —Tenho certeza que eles vão amar a ideia.
Olhei na direção do lago, abrindo um sorriso ao ouvi-los gritar e jogar água uns nos outros. Puxei a câmera e tirei mais algumas fotos deles. Então me virei e apontei a câmera para Rebeca, que soltou uma risada e me fez sorrir mais ainda quando fez uma pose para a foto. Ela ficou fazendo várias poses diferente, rindo enquanto eu tirava fotos.
—Se eu tiver ficado feia, vou te matar. —Murmurou, me fazendo rir e negar com a cabeça, porque sabia que ela só estava brincando. Além do mais, era impossível ela sair feia em qualquer situação. —Vincent?
—Oi? —Eu estava olhando as fotos que tinha tirado.
—Obrigada por pedir a Alyssa para fazer as tortas. Foi muito gentil da sua parte. —Afirmou, me fazendo erguer os olhos e sentir meu rosto corar por completo quando fui pego de surpresa com aquilo.
—Por nada, limãozinho. —Falei, observando ela soltar uma risada e balançar a cabeça em negação enquanto ainda me olhava.
Continua...
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Missão casamento / Vol. 3
Любовные романыRebeca Duarte está mais do que feliz com sua carreira de jornalista, mesmo que tenha que lidar com Vincent Hale, seu parceiro e filho do seu chefe, com quem ela troca farpas diariamente. Além disso, ela está certa que não existe nada além de trabalh...