Vincent estava mesmo se esforçando pra que aquele encontro você o melhor de toda minha vida. Mas ele não precisava fazer absolutamente nada, porque o simples fato de ele tentar já é o suficiente pra me mostrar a verdade. Todos os sorrisos gentis e toques carinhosos eram um bônus pra nós dois.
—Lembra que quando nos conhecemos você derrubou café quente em mim? —Falei, vendo ele soltar uma risada e parecer um pouco sem graça. —Eu queria matar você aquele dia, porque estava super nervosa e ansiosa com a questão da vaga de editor chefe.
—Eu estraguei tudo pra você, né? —Ele me lançou um olhar culpado, mas eu apenas dei de ombros, porque não tinha mais importância. —Agora que eu saí, talvez meu pai te dê a vaga. Você ainda é a melhor jornalista daquele jornal.
—Eu não sei. —Passei minha mão na minha bochecha, dando um gole no vinho que Alyssa havia trazido. —Talvez eu devesse me abrir pra outras possibilidades. Quer dizer, estou a tempo demais naquele jornal trabalhando na mesma coisa. Não sai do lugar. —Olhei para Vincent, vendo que ele parecia perdido em pensamentos. —Onde você vai morar agora?
—Eu não faço ideia. Pensei em pedir o apartamento do Ian emprestado, já que ele vai sair em lua de mel, e depois ele e o Gavin tem planos de comprar uma casa aqui pra morarem juntos. —Vincent deu de ombros. —Vou dar um jeito, Beca. Tudo que eu preciso é sair de baixo da asa dos meus pais.
—Você está fazendo um ótimo trabalho até agora. —Afirmei, abrindo um sorriso pra ele, sentindo meu coração acelerar quando ele sorriu de volta.
Vincent trouxe sua mão por cima da mesa até a minha, acariciando meus dedos com os seus, enquanto nos dois nos observávamos como se o tempo estivesse parado ao nosso redor. Meu coração acelerou quando ele ficou de pé, contornando a mesa até parar ao meu lado.
—Você me daria a honra de uma dança? —Vincent estendeu a mão pra mim, enquanto algo de aquecia no meu peito quanto soltei uma risada.
—Não tem música aqui, Vincent. —Falei, vendo ele tombar a cabeça de lado e dar de ombros, com a mão ainda estendida pra mim.
—A gente imagina, limãozinho. —Afirmou, com um sorriso tão bonito nos lábios que segurei a mão dele e fiquei de pé. Nós dois nos afastamos um pouco da mesa e então ficamos de frente um paro o outro.
—Só você pra inventar essas coisas.
—Estou tentando causar uma segunda impressão muito boa, já que a primeira foi horrível. —Ele segurou minha cintura, aproximando o corpo do meu a ponto de me deixar completamente arrepiada. Toquei o ombro dele, sentindo sua mão apertar a minha e a outra se firmar na minha cintura quando nossos narizes se roçaram. —Você está tão linda essa noite. Mal consigo respirar ao olhar pra você, Rebeca, porque sinto que vou me desmanchar.
—Você está causando uma ótima segunda impressão se quer saber. —Me inclinei, beijando a ponta do nariz dele enquanto o mesmo me guiava naquela dança lenta e calma. —Talvez eu mude seu apelido de babaca sem coração pra algo mais fofo agora.
—Tipo limãozinho. —Comentou, me fazendo soltar uma risada e balançar a cabeça em concordância. —Eu estava nervoso no dia, me dê um desconto. Mas não é um apelido tão ruim assim.
—Não, não é. —Eu sorri pra ele, sentindo uma faísca se acender entre nós quando nossas respirações se misturaram e o rosto de Vincent ficou mais próximo do meu, fazendo meu coração disparar tanto que chegou a minha boca. Meu corpo estremeceu em antecipação quando ele encostou a testa na minha, fechando os olhos por alguns segundos.
—Posso beijar você agora? —Indagou, abrindo os olhos e me encarando com uma intensidade que me deixava sem fôlego.
—Você não pediu ontem. —Lembrei, observando o quão adorável as bochechas dele ficaram quando ele corou.
—Eu estava irritado e frustado. Só queria que acreditasse em mim. Mas agora... —Ele suspirou, trazendo a mão até meu rosto e acariciando minha bochecha. —Eu quero beijar você de verdade. Um beijo que eu estou esperando a quatro anos, Beca. Posso beijar você?
Um choque elétrico atingiu meu coração, fazendo meu corpo inteiro estremecer quando me inclinei para mais perto de Vincent, segurando o rosto dele enquanto minha respiração se acelerava mais do que o normal junto com meus batimentos cardíacos que estavam loucos a muito tempo.
—Sim, Vincent. —Os lábios dele roçaram nos meus, fazendo minhas pernas virarem gelatina. —Você pode me beijar.
Ele não esperou um segundo, como se estivesse com medo que eu mudasse de ideia. Os lábios de Vincent grudaram nos meus com calma dessa vez, como se ele quisesse aproveitar cada segundo daquele beijo. Como se ele tivesse mesmo esperado esses quatro anos por isso. Eu o beijei da mesma forma, abraçando seus ombros enquanto sentia seus lábios explorando os meus e seu gosto tomando conta da minha boca.
Um suspiro escapou pelos lábios de Vincent antes dele sorrir contra meus lábios, me abraçando pela cintura enquanto não parava de me beijar um único segundo sequer, roubando cada fôlego e pensamento racional meu. Meu estômago se encheu de borboletas, que pareceram voar para todos os cantos do meu corpo quando ele se afastou um pouco, enchendo meus lábios de selinhos antes de segurar minha nuca e me beijar de novo.
Nós dois enfim afastamos nossos lábios, mas permanecemos com os corpos colados e os narizes se roçando. Abri meus olhos, encontrando os de Vincent tão iluminados na minha direção, com um brilho de felicidade inexplicável. Sorri pra ele, um sorriso que jamais permitiria dar a ele se fosse antigamente. Mas agora as coisas estavam diferentes e já havíamos perdido tempo demais.
—Esse é o Vincent verdadeiro? —Sussurrei, com as pontas dos dedos contornando os lábios dele, sentindo ele beijar os mesmos.
—Esse é o seu Vincent. —Ele segurou minha mão, com as bochechas ainda vermelhas quando eu soltei uma risada e apertei as bochechas dele com força, antes de beija-lo de novo e de novo, querendo recuperar todo o tempo que perdemos.
Continua...
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Missão casamento / Vol. 3
RomanceRebeca Duarte está mais do que feliz com sua carreira de jornalista, mesmo que tenha que lidar com Vincent Hale, seu parceiro e filho do seu chefe, com quem ela troca farpas diariamente. Além disso, ela está certa que não existe nada além de trabalh...