Bônus - Missão casamento.

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Gavin

Sai do quarto, puxando a mala de Ian junto com a minha. O apartamento estava estranhamento silencioso, o que era uma surpresa, já que sempre havia sons de tiros e musica do vídeo game. Sorri ao passar pelo quadro na parede, que continha uma versão impressa da matéria que Rebeca havia escrito sobre nosso casamento, intitulada de "Missão casamento".

Não nos arrependemos de nada naqueles dias naquela fazenda. No final tudo havia saído como nós dois queríamos e foi simplesmente perfeito. Cada foto, cada palavra de Rebeca daquele dia, era uma lembrança boa de um dos melhores momentos das nossas vidas.

Havia percebido, no momento que coloquei meus pés em Aspen, que havia algo de diferente nessa cidade. No final das contas eu estava certo. Essa cidade mudou completamente minha vida, além de trazer Ian pra mim. Não podia me sentir mais feliz por isso. Pelas coisas que conquistei vindo pra cá. Uma viagem que não significava nada, mas se tornou absolutamente tudo.

—Estamos atrasados já. —Ian saiu do quarto, arrastando a mala de Antony. O garoto vinha resmungando atrás dele, com a mochila pressionada contra o peito. —Desse jeito vamos ser os últimos a chegar. Os outros já devem estar nos esperando.

—Mas, pai... —Antony soltou um muxoxo quando Ian lançou um olhar afiado pra ele. —Por favor.

—O que ele quer? —Indaguei, arrastando as malas até a porta, enquanto via Ian balançava a cabeça em negação e soltava um suspiro.

—Levar o vídeo game. Mas vamos pra um lugar sem internet nem nada pra aproveitar a presença uns dos outros. Ele já joga vídeo game todo santo dia. —Ian afirmou, me fazendo soltar uma risada com a expressão perdida de Antony quando descemos do apartamento até o carro, enfiando as malas no mesmo.

—Seus primos vão estar lá. Você nem vai ter tempo de jogar. —Falei, puxando o garoto para perto para beijar o topo da sua cabeça. Ele assentiu, entrando no carro e passando o cinto. Ian me lançou um olhar demorado, me fazendo sorrir e dar de ombros. —Ele vai esquecer isso quando se encontrar com os outros. Você sabe que é sempre assim.

Ian concordou, antes de nós dois subirmos para o apartamento para pegar o restante das coisas. Havíamos construído nossa pequena família quando Antony entrou nas nossas vidas. Ele era uma criança temperamental, mas tão gentil ao mesmo tempo. Não gostava nem um pouco de patinar, como eu.

Mas havia se apaixonado pela cozinha, como Ian, que o levava todo dia para o café ou a padaria de Pietro, para que ele aprendesse tudo que quisesse. Tinha certeza que ele seria um ótimo cozinheiro no futuro se desejasse. Mas iriamos apoia-lo em qualquer coisa que ele desejasse fazer, dentro ou fora de uma cozinha.

—Não gosto de negar as coisas a ele, Gavin. —Ian murmurou assim que entramos no apartamento. —Ele me lança aquele olhar triste que me deixa de coração partido. Mas não quero que ele fique viciado naquele vídeo game.

—Ele não vai ficar, querido. —Eu ri, porque de nós dois, Ian era o mais preocupado, enquanto eu era o mais tranquilo. O que eu considerava um equilíbrio perfeito pra uma família.

—Você fala nessa calma toda porque você é o pai legal e eu sou o chato. —Resmungou, e minha risada se tornou uma gargalhada, antes de eu o puxar pra um abraço. —Você sabe que é verdade.

—Não é, não. Eu também sou o pai chato as vezes. —Falei, sentindo ele encostar o queixo no meu ombro e me abraçar de volta, soltando um suspiro pesado. —Ele ama nos dois igualmente, desde o primeiro momento que nos viu, assim como nós dois a ele. Isso sim é verdade.

—Somos bons pais, não somos? —Ian se afastou para encarar meus olhos, com o rosto tão iluminado e bonito que me deixava feliz só de poder olhar pra ele. Balancei a cabeça que sim, porque não tinha dúvidas sobre aquilo. —Não sei o que seria de mim sem você.

—Nada, porque eu sou perfeito e você me ama perdidamente. —Retruquei, vendo ele cair na gargalhada, o que me fez abrir um sorriso enorme ao presenciar aquilo.

—Você é muito presunçoso. Não sei porque me casei com você. —Resmungou, pegando as coisas e indo em direção a porta, enquanto eu continuava com um sorriso descarado nos lábios.

—Nós dois sabemos porque você se casou comigo. Você não vive sem mim. —Segui ele pra fora, trancando a porta enquanto via ele revirar os olhos, com um sorriso fofo nos lábios. —É engraçado vê-lo revirando os olhos, quando sabe que eu estou certo.

—Claro, sempre certo. —Zombou, me lançando um olhar debochado quando me aproximei dele. Segurei seu rosto e o beijei, sentindo todo o clima bom daquele momento deixar meu coração quentinho e acelerado. Não havia nada melhor do que aquilo.

—Vamos, nosso filho está nos esperando no carro. —Ian afirmou, estendendo a mão pra mim. A segurei sem pensar duas vezes, entrelaçando os nossos dedos enquanto caminhávamos lado a lado. E seria sempre assim. Hoje, amanhã, pelo restante das nossas vidas.

Missão casamento / Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora