Capítulo 22

148 27 3
                                    

- Você ficou esse tempo todo longe de Bastos, porque não aguentava me ver. Você me odeia, não consegue me perdoar. Sabe o que eu acho? Acho que ainda me ama.

- Nunca! - Alexandra virava o rosto de um lado para o outro, como se procurasse uma saída.

-  Será?

Ele encostou o corpo no dela e ela arfou, olhando-o com os olhos arregalados.

- Marcos, me solte! - Alexandra pediu, mas seu rosto não mostrava raiva. Ele percorreu as faces afogueadas, procurando compreender a emoção que ela passava; parecia estar com medo.

Marcos encarou o rosto transtornado, notando os lábios tremendo. Ele queria estar mais preocupado com ela, mas sentiu-se salivar, lembrando do gosto da boca generosa. Uma tristeza se apossou dele. Ele a amava tanto... Sentiu o corpo quente e se recordou de que o tivera contra o dele por tantas vezes e agora não podia tocá-la. Desesperado de amor e tristeza, pressionou seu corpo nela. Alexandra abriu os lábios, como se puxasse mais ar. Ela não lutava mais, porém enrijeceu o corpo.

Marcos a encarou. Os olhos se mexiam muito e suas narinas estavam infladas. Ele sentia o coração dela batendo loucamente, a respiração ofegante. O desejo dominou seu corpo. Meu Deus, como precisava dela! Alexandra o encarava e ele não conseguiu mais se conter. Sôfrego, cobriu a boca de Alexandra com a sua, forçando-a a se abrir. A força do beijo fez a cabeça dela se inclinar para trás, encostando na capota do carro. Devagar, movimentos de Alexandra foram diminuindo à medida que o beijo aumentava de intensidade.

Marcos aproveitou que ela não lutava mais contra ele e a abraçou, colocando a mão sob sua cabeça para não ficar sobre a capota.

Num certo momento ele percebeu que ela correspondia ao beijo. Primeiro timidamente, mas depois... Ela o enlaçou pelo pescoço e seu corpo amoleceu nos braços dele. Marcos suspirou dentro da boca de Alexandra, o coração acelerando com a ideia de que ela também o queria.

Suas bocas se procuravam com sofreguidão e ele pressionou o quadril contra o dela, sem receio de que ela descobrisse sua excitação.

Marcos sentiu como se seus corpos nunca tivessem passado anos afastados. Encaixavam-se tão bem... Pressionou uma perna entre as dela e Alexandra permitiu, apertando-se contra ele. Ele começou a acariciá-la, tocando toda pele que pudesse. E que sensação! Seus dedos roçavam a pele macia e o calor subia por seu braço irradiando-se por todo o seu corpo.

Logo os dois estavam arfantes. Alexandra abaixou os braços e deslizou as mãos pelas suas costas. Ela puxou a camisa para cima e enfiou as mãos por baixo da bainha, acariciando-o. Marcos gemeu, sentindo as unhas deslizarem por sua pele. Deixou a boca carnuda e desceu os lábios pelo pescoço dela. Alexandra gemeu e se apertou mais contra ele.

Marcos respondeu deslizando as mãos até os quadris dela e se pressionando mais. Era tanta saudade!

Uma urgência de senti-la mais tomou conta de sua mente. Suas mãos percorriam todo o seu corpo, acariciando os seios, descendo por seu ventre, indo até os quadris, apertando as nádegas firmes... Afastou-a um pouco e abriu a porta do carro. Suas ações foram rápidas. Inclinou-se com ela e a sentou sobre o banco.

Alexandra o olhou com o olhar esgazeado, os lábios abertos.

- Marcos...

Ele começou a entrar no carro e ela recuou, deitando-se no banco. Marcos se deitou sobre ela.

- Senti tanto sua falta, meu amor...

- Eu não posso... - ela reclamou, mas o recebeu quando ele cobriu o seu corpo com o dele.

Abraçaram-se com ardor, as mãos aflitas, acariciando seus corpos, enquanto se beijavam. Marcos sentia vontade de chorar, rir, gritar de tanta felicidade.

Segurou o cós do short dela e o puxou com força. Alessandra pareceu engasgar, mas ele continuou puxando-o. Suas mãos deslizaram pela pele macia das pernas e chegaram às nádegas; ele cravou os dedos e ela gemeu.

Alexandra o imitou, apertando suas nádegas.  Marcos abriu a braguilha e puxou a calça e cueca. Ardendo de desejo, terminou de puxar o short dela; Alexandra o ajudou e logo a peça estava no piso do carro. O encontro de suas pélvis arrancou gemidos dos dois. Marcos pensou que, se ela estivesse sentindo a metade do que ele sentia, então estava pegando fogo!

Marcos  encaixou os quadris entre suas pernas. Ele procurou com o pênis a entrada da vagina e num gesto de pura loucura, mergulhou nela. Alexandra deu um gritinho e ele recuou e voltou a arremeter. Ela gemeu longamente, as pernas envolvendo os quadris dele.

Marcos começou a se mexer, impulsionando o quadril, tentando ir com calma, mas sem conseguir. A primeira vez que fizeram amor fora a primeira vez dela também e ele tomara todo o cuidado para não machucá-la. Queria agir do mesmo jeito, contudo mal conseguia se controlar. Ela exclamava o nome dele entre gemidos excitando-o mais ainda.

Alexandra segurou suas nádegas, puxando-o contra ela e todo o controle que Marcos tinha se foi. Eles se lançou com ímpeto, sua carne batendo na dela e fazendo sons molhados.

- Eu te amo, Alexandra!

Marcos a encarou. O rosto que ele adorava o fitava com um olhar intenso, como se quisesse ler seus pensamentos. E ele gostaria que ela pudesse, pois veria o tamanho do seu amor, a alegria em estar com ela, o prazer em tomá-la...

A dança dos dois continuou por mais um tempo. Ele se ergueu com os braços querendo vê-la melhor. Levantou a bainha da blusa e viu os seios que se moviam no ritmo das estocadas. Achou que explodiria de prazer.

Então, os gemidos dela mudaram, tornando-se em gritos e Marcos acelerou os movimentos ao perceber que o clímax dela se aproximava. Ele sorriu, feliz, encantado com a expressão de pura luxúria no rosto dela. Ela arqueou o corpo e fincou as unhas nele, enquanto um tremor percorreu o seu corpo. Marcos arregalou os olhos, vendo-a gozar.

Sentiu uma pressão forte na base da coluna e se jogou dentro dela com força, buscando seu próprio clímax.

Seu grito soou estrangulado quando explodiu dentro dela. Fechou os olhos, tonto com a força do seu orgasmo.

Ele deixou o corpo cair sobre o dela, sentindo-se incapaz de manter a força dos braços. Alexandra o enlaçou pelo pescoço e ele descansou o rosto no dela.

Os gritos  deram lugar aos gemidos baixos e suspiros, enquanto os corações batiam um contra o outro.

Marcos sentiu-se fraco depois da corrida pelo prazer, mas reconfortado entre os braços dela. Beijou-a com carinho e apenas usufruiu do momento terno.















Lembranças de uma paixão  ( concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora