Alexandra chegara na cidade no início da manhã, percebendo o quanto era bom voltar para a cidade. Almoçara com Fernanda que insistira em trabalhar todos os dias, pois acreditava que sua patroa e amiga voltaria em breve para casa. De tarde, Alexandra visitara a avó e vira como ela se restabelecia rapidamente.
Quando voltara para casa, se vira sozinha com seus pensamentos. A conversa com Rodrigo mais cedo fora decisiva. O que eles tiveram não conseguira resistir ao que ela fizera. Na viagem para Bastos refletira muito sobre o relacionamento com Rodrigo, em como nunca se entregara completamente aos sentimentos, nunca deixara o namorado ser para ela o que Marcos fora no passado. E sabia que fora por puro medo de sofrer novamente.
Com os dedos tremendo, mandara uma mensagem para Marcos avisando de sua chegada. E enquanto o esperava, viu-se tomando um banho, perfumando o corpo, tentando enganar a si mesma de que não pretendia fazer amor com ele.
Mas conforme os minutos passavam, seu coração batia mais rápido, a pele esquentava e uma sensação de antecipação mexia com seu corpo. Sua mente girava em todas as direções, procurando explicações para suas reações e sentimentos, forçando-se a racionalizar de que não deveria se abrir para Marcos.
Quando ouvira o carro parando à frente do seu portão, mal conseguira controlar suas pernas de tremerem. Abrira a porta antes que ele batesse e o que vira causara uma impressão tão forte que a deixara muda por um instante, para em seguida encher seus olhos de lágrimas. Porque estava claro, tão claro, que ainda o amava, que precisava dele como uma flor precisava do sol para crescer.
Abraçou-se a ele chorando, sentindo-se fraca e perdida diante daquele sentimento. Queria ser forte, prender-se a Rodrigo, esquecer de vez aquele homem que a machucara tanto. Mas ali estava ela, agarrada a ele, rendida ao amor que sentia desde a sua adolescência. Beijou-o com ânsia, procurando sentir aquele fogo que surgia sempre que ele a tocava.
Marcos correspondeu ao seu beijo e ela sentiu quando ele deu dois passos, fazendo-a entrar na sala e empurrar a porta.
Marcos a abraçava com força, fazendo com que seus seios ficassem esmagados contra o peito firme e ela pressionava os quadris contra os dele, roçando a ereção que surgia. As mãos dele percorriam sua costas, cravando os dedos, descendo até as nádegas e de volta pelas costas.
Respiravam na boca um do outro, mordiam os lábios, sugavam as línguas quase em desespero. Ele ergueu as mãos e segurou seus seios, provocando os mamilos com os polegares. Alexandra gemeu.
- Marcos...
- Fala, amor...
- Temos que conversar.
- Agora?
- Você não acha que precisamos?
- Só mais um pouquinho...
Marcos beijou o cantinho de sua boca e desceu os lábios pelo rosto dela, deixando uma trilha de beijos. Quando chegou no pescoço deu um beijo de boca aberta e Alexandra jogou a cabeça para trás, oferecendo mais do seu pescoço para ele. A sensação era inebriante.
- Isso tudo me deixa muito confusa...
- É só deixar as coisas acontecerem.
- Simples assim?
- Simples assim. - ele deu um beijinho na ponta do seu nariz. - Devagar... Sempre.
- Não acha que as coisas já estão rápidas demais?
Marcos acariciou sua bochecha com o nariz, inalando o perfume dela.
- Acho que está acontecendo o que precisa acontecer.
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Lembranças de uma paixão ( concluída)
RomanceEle era fruto da escória da cidade, ela fora criada para ser uma princesa. Juntos, mostraram a todos que o amor sempre constrói. Até ele a trair... Mas a mágoa e o tempo seriam capazes de apagar uma paixão ardente?