Capítulo 36

126 20 8
                                    

Alexandra chegara na cidade no início da manhã, percebendo o quanto era bom voltar para a cidade. Almoçara com Fernanda que insistira em trabalhar todos os dias, pois acreditava que sua patroa e amiga voltaria em breve para casa. De tarde, Alexandra visitara a avó e vira como ela se restabelecia rapidamente.

Quando voltara para casa, se vira sozinha com seus pensamentos. A conversa com Rodrigo mais cedo fora decisiva. O que eles tiveram não conseguira resistir ao que ela fizera. Na viagem para Bastos refletira muito sobre o relacionamento com Rodrigo, em como  nunca se entregara completamente aos sentimentos, nunca deixara o namorado ser para ela o que Marcos fora no passado. E sabia que fora por puro medo de sofrer novamente.

Com os dedos tremendo, mandara uma mensagem para Marcos avisando de sua chegada. E enquanto o esperava, viu-se tomando um banho, perfumando o corpo, tentando enganar a si mesma de que não pretendia fazer amor com ele.

Mas conforme os minutos passavam, seu coração batia mais rápido, a pele esquentava e uma sensação de antecipação mexia com seu corpo. Sua mente girava em todas as direções, procurando explicações para suas reações e sentimentos, forçando-se a racionalizar de que não deveria se abrir para Marcos.

Quando ouvira o carro parando à frente do seu portão, mal conseguira controlar suas pernas de tremerem. Abrira a porta antes que ele batesse e o que vira causara uma impressão tão forte que a deixara muda por um instante, para em seguida encher seus olhos de lágrimas. Porque estava claro, tão claro, que ainda o amava, que precisava dele como uma flor precisava do sol para crescer.

Abraçou-se a ele chorando, sentindo-se fraca e perdida diante daquele sentimento. Queria ser forte, prender-se a Rodrigo, esquecer de vez aquele homem que a machucara tanto. Mas ali estava ela, agarrada a ele, rendida ao amor que sentia desde a sua adolescência. Beijou-o com ânsia, procurando sentir aquele fogo que surgia sempre que ele a tocava.

Marcos correspondeu ao seu beijo e ela sentiu quando ele deu dois passos, fazendo-a entrar na sala e empurrar a porta.

Marcos a abraçava com força, fazendo com que seus seios ficassem esmagados contra o peito firme e ela pressionava os quadris contra os dele, roçando a ereção que surgia. As mãos dele percorriam sua costas, cravando os dedos, descendo até as nádegas e de volta pelas costas.

Respiravam na boca um do outro, mordiam os lábios, sugavam as línguas quase em desespero. Ele ergueu as mãos e segurou seus seios, provocando os mamilos com os polegares. Alexandra gemeu.

- Marcos...

- Fala, amor...

- Temos que conversar.

- Agora?

- Você não acha que precisamos?

- Só mais um pouquinho...

Marcos beijou o cantinho de sua boca e desceu os lábios pelo rosto dela, deixando uma trilha de beijos. Quando chegou no pescoço deu um beijo de boca aberta e Alexandra jogou a cabeça para trás, oferecendo mais do seu pescoço para ele. A sensação era inebriante.

- Isso tudo me deixa muito confusa...

- É só deixar as coisas acontecerem.

- Simples assim?

- Simples assim. - ele deu um beijinho na ponta do seu nariz. - Devagar... Sempre.

- Não acha  que as coisas já estão rápidas demais?

Marcos acariciou sua bochecha com o nariz, inalando o perfume dela.

- Acho que está acontecendo o que precisa acontecer.

Lembranças de uma paixão  ( concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora