Capítulo 7

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- Por que estamos sentados no chão se alí tem umas cadeiras? Perguntou Leandro depois de alguns minutos em silêncio, fazendo Isabella rir.

- Aqui perto da porta é mais fácil ouvirmos se passar alguém no corredor. Respondeu olhando para ele com a cabeça encostada na parede, depois de algum tempo o observando começou a rir sozinha novamente.

- Uai, que foi doida? Perguntou confuso, mas achando extremamente fofo e engraçado a risada dela.

- É engraçado ver um homem do seu tamanho sentado no chão, do lado de uma porta, porque ficou preso. Respondeu fazendo ele dar um sorriso, realmente a situação era engraçada se não fosse cômica.

- Pelo menos dessa vez você não quer me matar, aqui seria o lugar perfeito para esconder um corpo. Falou fazendo ela levantar a sobrancelha e dar um sorriso malicioso.

- Quem disse que não quero? Foi você quem nos prendeu aqui. Disse fazendo uma careta para ele.

- Eu não tive culpa, te vi no corredor e resolvi vim atrás de você para saber se já estava melhor.

Ela viu novamente aquela preocupação sincera em seu olhar, e isso fez borboletas dançarem em seu estômago e um doce sorriso brotar em seu rosto, enquanto olhava naqueles olhos claros e brilhantes.

- Eu estou bem, não se preocupe. Respondeu apertando levemente sua mão, mas tentando soltar rapidamente envergonhada, porém Leandro não permitiu.

Continuou segurando sua pequena mão olhando fixamente em seus olhos, era como se algo nela o hipnotiza-se, cada traço de seu rosto parecia ter sido desenhado por um artista. Os olhos escuros como a noite, o narizinho arrebitado, os longos cabelos ondulados que emolduravam seu rosto, os lábios carnudos e avermelhados, e como ele queria sentir o sabor daqueles lábios.

- Por que está me olhando assim?
Ela perguntou envergonhada colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Você é linda, sabia?. Ele respondeu ainda olhando-a fixamente e viu quando suas bochechas ganharam um tom avermelhado. - Não acredito que você está corando, que fofa. Deu uma risada a fazendo revirar os olhos.

- Para com isso. Disse lhe dando um tapa de leve e se afastando um pouco.

- Parece que teremos que passar a noite aqui. Disse Leandro olhando o relógio vendo que já se passava das sete da noite.

- Pelo jeito sim, senhor Antônio só vem amanhã de manhã abrir a biblioteca. Respondeu ela desanimada.

- Senhor Antônio?

- Sim, o zelador da faculdade. Todos os dias ele vem abrir a sala pela manhã, alguns alunos já ficaram presos aqui como eu te falei, então ele sempre passa antes das aulas começarem. Explicou Isabella fazendo Leandro erguer uma sobrancelha.

- Quantas vezes a senhorita já ficou presa aqui? Perguntou querendo rir.

- Com essa três, mas das outras vezes eu não tive que passar a noite inteira aqui, e dessa vez a culpa foi sua. Falou lhe mostrando a língua fazendo ele explodir em gargalhadas. - Idiota, não tem graça.

- Claro que tem. Disse apertando seu nariz e recebendo um tapa na mão.

Os dois passaram um bom tempo conversando, e Isabella pôde conhecer uma parte menos idiota de Leandro, se fosse alguns dias atrás, ela jamais imaginaria que ele poderia ser um homem simpático e divertido como aquele que estava ao seu lado contando das travessuras que ele e o irmão aprontavam quando criança. Depois de algum tempo, começou a sentir seus olhos pesados e sua cabeça encostando em algo macio, onde se aconchegou e adormeceu.

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