Alguns dias depois...
Após um dia exaustivo na construtora, Leandro voltou para casa algumas horas mais cedo com a certeza de que não encontraria Isabella ou Nicolas em casa, já que a mesma havia levado o bebê a uma festa infantil de um garotinho filho de sua prima. Sendo assim, sentou-se no sofá retirando o blazer que trajava, e sorriu quando Charlotte se aproximou se aninhando em seus braços para receber carinho.
Leandro soltou um suspiro vendo o quanto a casa se tornava silenciosa e vazia sem os gritinhos escandalosos de Nicolas, e a voz doce de Isabella, que vivia cantarolando pelos cantos enquanto fazia algo. Não fora apenas uma vez, que presenciara uma cena dela, e Nicolas, girando pela casa em uma dança maluca que só os dois compartilhavam. Ele mantinha sua presença oculta apenas os observando de longe, querendo gravar cada um daqueles momentos no mais profundo de sua alma. Não era mais surpresa nenhuma para ele que se tornara impossível viver sem aqueles dois em sua vida.
O som de batidas no portão foram ouvidas o fazendo olhar para o relógio na parede da sala e em seguida para Charlotte em estranhamento, já que ainda eram pouco mais de quatro horas da tarde, e Isabella ainda não retornaria para casa. A gata, no entanto, o olhava com julgamento, como se o mandasse ir logo ver de quem se tratava, e acabasse com aquele barulho que estava interrompendo seu sono. Com uma ruga entre as sobrancelhas, Leandro levantou-se indo até lá ver quem seria a visita insistente, e assustou-se quando avistou os cabelos ruivos ainda da entrada da porta.
- O que você está fazendo aqui? Perguntou frio e direto para a mulher que ainda possuía uma postura arrogante, mesmo após tudo que fizera.
- Olá Leandro, eu estou bem e você?! Respondeu irônica enquanto revirava os olhos e Leandro considerou fechar o portão e deixá-la alí mesmo.
- Não estou para brincadeiras Victória, diga logo o que você quer e vá embora, pensei que tivesse sido claro quando disse para que não me procurasse mais. Falou começando a irritar-se e a mulher suspirou aborrecida.
- Não seja grosso Leandro, tenha ao menos consideração pelo tempo que passamos juntos. A mulher falou recebendo um olhar de incredulidade do homem a sua frente.
- Consideração?! Você quer mesmo falar sobre consideração após toda desgraça que causou na minha vida? Leandro se exaltou porém em um tom baixo para não atrair a atenção dos vizinhos que passavam por ali, e observavam a cena curiosos com a presença da mulher desconhecida. - Vá embora Victória, suma da minha vida, eu não quero mais vê-la em minha frente, e principalmente ao perto da minha família. Acrescentou suspirando fundo temendo que Isabella chegasse e se deparasse com a mulher ali.
- Eu irei, mas antes preciso falar com você, e não saio até que me ouça. Decretou decidida e o homem a olhou impaciente.
- Não tenho interesse em ouvir nada que você tenha a dizer, não sei como me encontrou aqui, mas repito uma última vez, vá embora e me deixe em paz de uma vez por todas. Repetiu fazendo a mulher revirar os olhos.
- Já disse que não irei! Só saio daqui após me ouvir, e eu acho que sua querida Isabella não ficará nada contente com minha presença aqui, então ou permita que eu entre, ou vamos para algum outro lugar, você está nos fazendo perder tempo com essa ceninha. Victória respondeu e Leandro irritou-se pelo desdém presente em sua voz ao pronunciar o nome de Isabella.
- Victória, eu jamais permitirei que você ponha os pés dentro dessa casa, assim como não irei a lugar algum com você, então é melhor você ir embora antes que eu acione a polícia para vir buscá-la aqui. Falou entre dentes já perdendo a paciência com a mulher que não se abalou com sua irritação.
- Eu não irei a lugar nenhum! Pois chame a polícia se assim preferir, e arme um circo para esse bando de fofoqueiros típicos de fim de mundo igual esse que você se meteu! Decretou irritada com a recusa do homem. - Ou então escolha o caminho mais fácil, e venha comigo, poupando além de tempo, um aborrecimento com a sua ex noiva. Acrescentou persuasiva e conseguiu o que queria, já que Leandro já se encontrava irritado e desejava livrar-se dela o mais depressa possível.
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Lições de amor
Roman d'amourE se, você estivesse no seu último ano da faculdade, e chegasse um novo professor para te dar aulas? E se, por um acaso ele fosse alto, lindo, dono de um sorriso arrebatador, e um olhar intenso, e arrancasse suspiros por onde passasse? E se, você n...