Leandro dirigiu como um louco, em direção ao interior. As cinco horas de viagem foram reduzidas a quatro, devido a alta velocidade em que ele acelerava o carro, não se importando com multas, ou o perigo que sua vida corria. A única coisa que lhe importava era chegar logo aquela cidade, e constatar que eles estavam bem. "Eles precisavam estar bem." Sua mente repetia como um mantra, enquanto o mesmo apertava o volante com suas mãos até os nós dos seus dedos ficarem brancos.
A angústia que sentia em seu coração se tornara ainda maior, quando por volta das dez horas da noite, estacionou o carro em frente ao hospital da pequena cidade. Descendo do mesmo rapidamente por causa da chuva branda que ainda caía no lugar, correu em direção a entrada do mesmo, sendo barrado por Guilherme e Giovanna que também haviam chegado naquele momento.
- O que você está fazendo aqui? Giovanna perguntou irritada quando se aproximaram dele.
- Gio, eu preciso vê-la! Falou em tom de desespero e Giovanna o olhou séria.
- Você não acha que já fez o suficiente? Por sua culpa minha amiga está aqui, vá embora Leandro, "sua namorada" deve estar te esperando. Ela falou ironicamente, e Leandro sentiu seu coração se quebrar pois sabia que era verdade, por sua culpa Isabella e seus filhos estavam em perigo, e ele jamais se perdoaria se algo acontecesse.
- Eu não posso, não posso ir embora, por favor, eu preciso saber se eles estão bem. Suplicou, e Guilherme suspirou enlaçando sua mão a da namorada.
- Gio, vamos! A Isa precisa de nós, e estamos perdendo tempo enquanto vocês discutem. Guilherme falou a guiando pela mão, e a mesma lançou um olhar bravo para Leandro enquanto o mesmo os seguia.
- Não pise na bola. Ela avisou para ele quando os três alcançaram a recepção do hospital.
- Boa noite, queremos saber informações da paciente Isabella Vieira Campos! Guilherme falou apressado para a recepcionista, que se assustou com a abordagem surpresa.
- Só um momento! Pediu analisando algo no computador. - O médico responsável pelo caso dela é o Doutor Orlando. Comentou e Guilherme concordou com a cabeça. - O que vocês são da paciente? Ela perguntou e Leandro se manifestou.
- Ela é minha noiva. Respondeu recebendo um olhar mortal de Giovanna, e mulher concordou.
- A paciente deu entrada no hospital por volta das seis horas da tarde, e foi encaminhada para ala de emergência do hospital. O doutor estava tentando entrar em contato com os pais da moça, porém não conseguiu, eu irei alertá-lo de que vocês estão aqui para que ele possa lhes dar mais informações. A mulher falou e Guilherme concordou com a cabeça, enquanto Leandro tentava se manter calmo diante angústia que rondava seu coração.
Os três aguardaram de maneira impaciente enquanto a mulher saía à procura do médico, e alguns minutos depois, ela retornou na companhia do mesmo, que não tinha uma boa expressão no rosto.
- Doutor, como eles estão? Por favor, me diga que ela e os meus filhos estão bem! Leandro perguntou eufórico, quando o médico se aproximou deles.
- Você deve ser o Leandro. O médico falou e o mesmo assentiu com a cabeça. - Ela chamou pelo seu nome algumas vezes, enquanto estava inconsciente. Completou e o mesmo sentiu seus olhos marejarem, enquanto a dor em seu coração aumentava.
- Eles estão bem? Perguntou em um sussurro e o médico soltou um suspiro pesado olhando para os três.
- Eu fui o responsável por acompanhar a gestação da Isabella desde o início, e a mesma foi alertada de que a gravidez era de risco, tanto para ela quanto para os bebês. No início, eu até mesmo a aconselhei a interromper a gestação, porém ela se recusou e pediu para que isso fosse mantido em segredo. Porém, o estado dela e dos bebês não é bom, então guardar essas informações agora não é viável. O doutor falou fazendo uma pausa, e Leandro sentiu seu coração se quebrando ao descobrir que ela passara por tudo isso sozinha. - Isabella deu entrada no hospital com um quadro de hemorragia grave e a pressão arterial muito elevada, nós conseguimos conter o sangramento, e ela se encontra consciente no momento, porém a situação dela e dos bebês é delicada. Nós realizamos um ultrassom, e foi constatado que os batimentos cardíacos de um dos bebês está muito fraco, o aconselhado é fazermos uma cesárea de emergência, estávamos apenas aguardando a chegada de algum dos familiares, pois a paciente escolheu que a vida dos filhos seja priorizada, então precisamos que a familia esteja ciente disso, caso o pior aconteça. Eu vou permitir que vocês a vejam rapidamente, enquanto preparamos a sala de parto.
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Lições de amor
RomanceE se, você estivesse no seu último ano da faculdade, e chegasse um novo professor para te dar aulas? E se, por um acaso ele fosse alto, lindo, dono de um sorriso arrebatador, e um olhar intenso, e arrancasse suspiros por onde passasse? E se, você n...