Capítulo 33

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- Oi meus pequenos, como estão aí dentro?! Isabella perguntou enquanto acariciava a barriga carinhosamente. - A mamãe veio desejar boa noite para vocês. Falou novamente, e recebeu um pequeno movimento do lado direito da sua barriga como resposta, a fazendo sorrir.

- Ainda está acordado Nicolas? Perguntou em falso tom de repreensão. - Fica quietinho para não acordar seu irmão. Pediu acariciando o lugar que o bebê chutou, porém o pedido teve uma reação contrária, já que o bebê se moveu novamente, e agora com mais intensidade.

- Nicolas! Shiii Fica quietinho! O Rafael está dormindo. Pediu mais uma vez e o bebê diminuiu os movimentos a fazendo rir. - De quem será que você puxou essa agitação em? Perguntou recebendo mais um chute fraco como resposta.

- Minha que não foi mocinho. Falou e o bebê chutou mais forte como se discordasse, e logo mais um leve movimento do lado esquerdo também se fez presente. - Shiii! Seu irmão está acordando, amanhã a mamãe conversa mais com vocês, agora vai dormir mocinho. Falou acariciando sua barriga e sorriu sentindo o bebê se acalmar.

- Vem dormir Char, porque se depender do seu irmão aqui, a gente passa a noite acordada. Chamou Charlotte, que foi até ela de bom grado se acomodando próximo da sua barriga já evidente. A gata parecia sentir a presença dos bebês em sua barriga, e sempre se aconchegava na mesma com absoluto cuidado, fazendo Isabella se derreter de amor.

- Boa noite meus amores, eu amo vocês! Completou se acomodando na cama e adormecendo em seguida.

Os bebês começaram a se mexer, alguns dias após Isabella ter descoberto o quadro de saúde de Rafael, e isso fora como uma tábua de salvação para a mesma, e era o que estava incentivando-a se manter forte. Ela ainda se lembrava com clareza do primeiro chute que recebera. Era tarde da noite, ela não conseguia dormir devido a angústia que assolava seu coração, sentia-se que estava se afogando em um profundo mar de dor e desespero, pelo medo de perder um dos seus filhos, foi quando aconteceu.

Primeiro, um leve movimentar no lado esquerdo da sua barriga, que não passou despercebido por ela, mas que desconsiderou, logo após veio mais um chute um pouco mais forte porém do lado direito, que a fez rir emocionada e acariciar o local enquanto conversava com eles, e como se influenciados por sua voz, os bebês se agitaram lhe presenteando com mais chutes, e enchendo seu coração de amor.

Desde que descobrira que eram dois meninos, lembou-se de imediato da conversa que ela Leandro tiveram, sobre qual seria o nome dos seus futuros filhos, e não exitara em manter essa escolha. Nicolas e Rafael, o primeiro era o bebê que se desenvolvia forte e saudável, que desde o ventre já mostrava traços de uma personalidade forte, agitada, e provavelmente tagarela, já que sempre era o primeiro que respondia com chutes, quando a mesma converva com eles. Rafael, no entanto, ficara para o segundo bebê, e como se por destino, tinha o seu significado "Curado por Deus", que era exatamente o que ela precisava, um milagre para que seu bebê ficasse bem.

Seus filhos se tornaram sua vida, ela simplesmente amava cada momento, e cada nova descoberta que estava tendo com eles ainda em seu ventre. Mas às vezes, sentia a tristeza e até mesmo a culpa tentar lhe dominar, quando se lembrava que Leandro estava perdendo o desenvolvimento dos seus filhos, que ele não estivera presente na sua descoberta, nos desejos malucos que ela tivera, no primeiro chute em sua barriga, e provavelmente nos seus nascimentos. Às vezes ela se recriminava por não ter contado a ele, porém logo repreendia aqueles pensamentos, porque ela tentara, não apenas uma vez, e aquilo quase lhe fizera mal, então quando estivesse fora de perigo, com seus filhos em seus braços, a primeira coisa que faria seria levá-los até ele, mesmo que ele não os quisesse.

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