Capítulo 48

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Oito meses depois...

- Nicolas, não pode! Isabella falou vendo o filho se preparando para arremessar o controle da televisão para longe, mas antes que a mesma o alcançasse, o controle já havia sido lançado, e o bebê gargalhava gostosamente da expressão frustrada da mãe. - Que coisa feia! Eu não estou vendo graça nenhuma. Ela falou emburrada pegando o controle do chão, e o bebê riu ainda mais, enquanto batia as mãozinhas.

- Está vendo como seu irmão é Charlotte?! Ele ainda está tirando uma com a minha cara, por que ele não é comportado igual a você e o seu papai em?! - Isabella dialogava com a gata que estava deitada preguiçosamente ao lado do bebê sentado no tapete da sala com algumas almofadas em volta, e podia jurar que recebera um olhar debochado da mesma, como se dissesse: "Ele é seu filho!". - Eu vou matar o Guilherme por ter te ensinado a arremessar as coisas. Apontou um dedo para o filho com os olhos cerrados e ele gargalhou mais uma vez arrancando uma risada da mesma.

- É sério mocinho, o seu tio maluco é uma péssima influência, então não siga os passos dele!

- Eu concordo! A voz de Leandro foi ouvida na entrada da casa, atraindo a atenção de Isabella e do bebê, que logo se agitou, e começou a soltar gritinhos querendo ir para os braços do pai. - Oi minha pequena, como você está? E esse carinha, dando muito trabalho?! Perguntou beijando carinhosamente a testa da garota que sorriu para ele.

- Eu estou bem, mas seu filho está terrível. Olha o que ele fez! Respondeu apontando para si própria, e Leandro fitou descaradamente seu corpo marcado na roupa molhada, provavelmente após ela tentar dar banho no filho, e riu quando a viu corar. - Para Leandro! Reclamou tímida o fazendo rir ainda mais alto.

- Eu não fiz nada. Respondeu cínico e abriu um sorrisinho de lado para a mesma que revirou os olhos.

- Vou aproveitar que você chegou, e irei tomar banho para jantarmos, fica de olho nele. Anunciou e Leandro concordou se aproximando de Charlotte e do bebê, fazendo-o ficar ainda mais eufórico, e Isabella sorrir com a sua alegria, enquanto subia as escadas.

- Oi Char! Cumprimentou a gata acariciando sua cabeça, e ela miou arrancando uma risada do mesmo. - E aí Campeão! Falou pegando o bebê e enchendo suas bochechas gordinhas de beijos, fazendo o mesmo gargalhar gostosamente.

Era sempre assim, Leandro e Nicolas possuíam uma conexão indescritível, e Isabella sempre se encantava com a forma como o filho era apegado ao pai, e sempre que ouvia sua voz, fazia a maior arruaça para ir com o mesmo. Nos oito meses que haviam se passado, Nicolas havia se tornado um bebê extremamente esperto, carismático e extrovertido, que encantava a todos com sua risada solta, e inteligência.

O bebê era um poço de esperteza e fofura. Com suas bochechas gordinhas, olhos acobreados e cabelos escuros, arrancava suspiros por onde ia, principalmente pela sua simpatia e carisma. Nicolas não se importava em ir para colo de estranhos, e parecia amar quando toda atenção se voltava para ele, uma característica que Isabella julgava que o mesmo houvesse puxado de Leandro, já que ele sempre fora extremamente exibido. Além disso, o bebê sempre parecia entender o que os pais falavam, e aprendia com facilidade tudo o que lhe ensinavam. Como quando Guilherme lhe levara uma bola de baseball de presente, e o ensinara a arremessá-la para longe, desde então era um perigo manter qualquer objeto quebrável a seu alcance, se o objetivo não fosse ver ele espatifado no chão.

Por falar em Guilherme, o mesmo juntamente com Giovanna, faziam visitas periódicas ao interior, e este poderia ser considerado verdadeiramente o melhor amigo do bebê. Sempre que ia visitar o sobrinho levava consigo uma infinidade de presentes, além de sempre dar um jeito de sequestrar a criança dos seus pais e devolvê-lo apenas quando o mesmo começava a chorar, muitas dessas vezes com o bebê coberto de terra, mato e até lama, fazendo Isabella querer esganar o cunhado. Outros que não se mantinham longe, e pensavam até mesmo em comprar uma casa no interior para se instalarem quando fossem visitar a cidade, eram Augusto e Dona Ana que se derretiam toda vez que iam ver o neto.

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