Capítulo 16

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Na manhã de segunda feira eu cheguei cedo no consultório da minha terapeuta e tive uma conversa de quase duas horas com ela

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Na manhã de segunda feira eu cheguei cedo no consultório da minha terapeuta e tive uma conversa de quase duas horas com ela.

Desabafei sobre tudo que aconteceu na semana em que estive fora e também contei sobre meus novos amigos.

Claro que falei também sobre o Kevin e relatei minhas inseguranças em relação a tudo que envolve ele.

O cara é simplesmente incrível e tenho medo de não ser aquilo que ele realmente esperava que eu fosse.

Cheguei na consulta com várias coisas perturbando minha mente mas sai mil vezes mais leve e com vários conselhos incríveis para seguir.

E os principais são: me deixar viver, me deixar sentir e também me permitir ser feliz sem ficar me privando de coisas que podem sim me fazer bem.

E é isso que eu vou fazer, vou lutar contra o medo e as inseguranças que me assombram dia após dia.

[...]

- Mãe, tem certeza que não está doendo? - Pergunto pra ela enquanto prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto.

Ontem ela acordou com dor no braço que levou o tiro de raspão e mesmo que ela diga que isso só aconteceu porque dormiu em cima do machucado, eu fico com o coração apertado de preocupação.

- Tenho amor, pode ficar tranquila. - Ela sorri pra mim e vai até meu pai que está no caixa finalizando um atendimento.

Suspiro ainda preocupada mas resolvi deixar isso de lado, até porque minha mãe nunca foi de mentir pra gente.

Caminho até a porta da cozinha e pego meu avental que está pendurado ao lado da mesma, antes de o passar pelo pescoço e amarrar nas costas.

Em seguida vou até meus pais e abro a gaveta ao lado do caixa, onde ficam meus livros de receita.

Pego o que irei usar hoje e coloco em cima do balcão, fecho a gaveta novamente e logo abro o livro e vou folhando até a pagina que preciso.

Arregalo os olhos quando sinto minhas costas e bunda queimarem ao ponto de eu achar que tô pegando fogo e ouço um grito assustado da minha mãe.

- Meu Deus do céu Carol. - Ela diz alto e rapidamente começa a desfazer o nó do avental que eu recém tinha feito.

- Aí tá ardendo. - Falo desesperada, puxando minha blusa pra longe da pele e respirando fundo com meus olhos se enchendo de lágrimas.

Apenas Um OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora