Capítulo 83

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As semanas se passaram rápido, os dias então nem se fala

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As semanas se passaram rápido, os dias então nem se fala. Durante a manhã e à tarde eu sempre estava na delegacia, pois o fechamento da operação se estendeu mais do que o esperado por toda a equipe, tivemos muitas condições, muitas informações novas daquela rede de nazista e principalmente tivemos muito material pra analisar.

Tudo isso, tirando a parte que eu tava na correria com o meu advogado, que veio do Rio, para finalizarmos de uma vez o processo de adoção. Eu, a Agatha e o Miguel já tínhamos passado por tudo que puderem imaginar, desde reuniões com psicólogos, terapeutas, advogados, fonoaudióloga, neurologista, assistentes sociais e até mesmo uma audiência com o Juiz tivemos. Nossa família foi igualmente entrevistada, desde meu irmão mais novo, aos meus avós e tios, não deixaram nenhuma brecha sequer no caso e não posso reclamar, é assim mesmo que tem que ser feito.

E as minhas noites eram todas direcionadas e reservadas para a Agatha e o Miguel, meu moleque nessas últimas duas semanas aprendeu tanta coisa, evoluiu tanto que só de lembrar meu peito se enche de orgulho. Já minha preta, mesmo que eu estivesse exausto e caindo de sono, não deixava de lhe dar atenção e procurar saber sobre seu dia assim que nos deitávamos na cama. Durante os dias em que estivemos aqui, ela não saiu muito, o máximo que fazia era ir ao mercado, a farmácia e nas consultas e reuniões que tínhamos juntos, pois como a mesma diz, a prioridade é o Miguel e se meu moleque preferia ficar em casa brincando com seus bonecos, ela também ficaria, mas também tínhamos noção de que isso iria mudar quando voltássemos para o Rio, pois lá temos nossa família que faz questão de nos ter em suas casas todos os dias se puderem.

E por conta desse atraso para finalizarmos a operação, o que aconteceu ontem, não só eu, mas também o Sandro, tivemos que adiar nossas férias. Meu melhor amigo ficou puto durante dias, pois além de ficar sem o descanso planejado, teve que ficar longe da mulher grávida também. Mas ontem assim que o delegado assinou o documento de conclusão do caso, a primeira coisa que o Sandro fez foi sair correndo da delegacia após comprar uma passagem de avião pelo aplicativo e eu mesmo me encarreguei de o ajudar a arrumar as malas e em seguida o levei até o aeroporto. Meu amigo tava a ponto de enlouquecer longe da mulher e eu super o entendo, não estaria diferente caso ela ainda estivesse no Rio.

Ja eu quando cheguei em casa tarde, me enfiei embaixo do chuveiro com minha mulher e matei a saudade que eu tava daquele corpo gostoso, foram dias agitados e mal tivemos tempo ou energia pra treinar a fabricação de um segundo filho, mas ontem tirei esse atraso e dormi relaxadão com a cara enfiada naqueles peitões que são minha perdição.

Na manhã do dia seguinte, no caso hoje, acordei cedo com uma ligação do advogado, o mesmo estava eufórico indo para o fórum e avisou que antes do almoço mesmo estaria em nossa casa para conversarmos. Já imaginando o que seria, pulei da cama sem acordar minha preta e fui fazer minha higiene matinal.

Depois de vestir uma roupa quente, deixei o apartamento e segui a pé até a padaria mais próxima, lá comprei tudo que minha preta e meu moleque gostam, querendo ao máximo mimar eles nesse primeiro dia das minhas tão esperadas férias.

[...]

- Que cheiro bom. - A voz da minha namorada entra por meus ouvidos e eu sorrio ao sentir o corpo gostoso dela colar em minhas costas, enquanto me abraça por trás.

- Tô fazendo omelete com requeijão, do jeito que tu gosta. - Falo mexendo o ovo com a colher de pau, sentindo as mãos dela entrarem por debaixo da minha camisa.

- Aí que namorado mais prestativo que eu tenho. - Ela diz com o tom de voz manhoso e beija meu ombro, enquanto desliza as unhas grandes por meu abdômen me deixando todo arrepiado.

- Fala como se eu não te mimasse todo dia. - Falo rindo e deslizo o fogão logo em seguida, tentando ignorar a pontada de excitação no meu pau com aquelas unhas me arranhando.

Me viro para a Agatha e me inclina pra baixo até juntar nossos lábios em um selinho longo.

- E eu amo o jeito que você me mima, tanto quando me traz meu chocolate favorito ou apenas quando fica brincando com meu cabelo até eu dormir. - Ela murmura sorrindo e aperta minhas costas, já que manteve as mãos por dentro da minha camisa quando virei.

- Tudo por ti minha preta, tudo. - Murmuro no mesmo tom que ela e beijos seus lábios macios mais uma vez.

Agatha suspira pesado e me olha toda boba quando me afasto dela, virando para o fogão novamente.

- Senta aí que vou servir o café pra gente. - Falo pegando a panela e a acompanhando até a bancada da cozinha.

Minha preta se senta na banqueta alta e arruma o roupão em volta do corpo, ela serve o café nas canecas dispostas ali enquanto eu começo a rechear o croissant dela com o ovo mexido. Agatha de uns tempos pra cá tá viciada nisso, na massa do croissant com ovos e requeijão, as vezes até coloca queijo junto, mas é só as vezes mesmo.

- Advogado me ligou e disse que logo mais tá aí. - Falo me sentando ao lado dela após nos servirmos e pego um pão de queijo quentinho do pacote pardo da padaria.

- Será por causa da guarda? - Agatha me pergunta esperançosa e vira o rosto em minha direção, com os olhos brilhando em expectativa.

- Bem provável que sim, ontem ele já tinha me dito que hoje é a data final para o juiz assinar nos dando a guarda provisória ou recusar nosso pedido. - Falo sentindo meu corpo estremecer com a ideia de não conseguirmos levar nosso filho conosco, se isso acontecer eu acho que sou capaz de cometer uma loucura.

- Aí meu Deus. - Minha mulher respira fundo já ficando tão ansiosa quanto eu estou. - A assistente social disse que as chances são quase nulas de não conseguirmos, mas ainda fico nervosa.

- Eu também amor, mas vamos manter a fé que ele vai chegar com boas notícias. - Suspiro pesado e me inclino na direção dela, beijando sua cabeça cheirosa com carinho.

- Vai sim preto. - Ela diz em um fio de voz e juntos voltamos a comer.

[...]

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