"Quando se tem química, não precisa de muito... basta apenas um olhar, um cheiro, um toque...
E então todas as verdades serão ditas numa conexão que só nós entendemos."
Livro iniciado: 08/06/2023
Livro finalizado: 19/10/2023
🏅 1° lugar na tag Ficçã...
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Me remexo na cama sentindo beijos sendo depositados por todo o meu rosto e sorrio de lado agarrando o pequeno corpo que está ao lado do meu.
- Ahhh, pegou o Miguel. - Meu moleque diz alto e em meio a risadas enquanto o aperto em meus braços em um abraço de urso.
- Ah que travesseiro bom. - Falo com a voz rouca por recém ter acordado e ouço a risada da Agatha mais afastada. Abro meus olhos com certa dificuldade por conta da claridade e sorrio de lado afrouxando meu aperto em volta do pequeno.
- Não é travesseiro, é o Miguel do papaizinho. - Ele diz risonho e meu olhar rapidamente volta a o encontrar, meu coração sobe pra boca e eu respiro fundo pra manter a calma.
- Do papaizinho? - Pergunto ainda mais baixo e suspiro quando ele traz a mão pequena até minha barba e desliza os dedos pela mesma.
- É, no desenho da Peppa tem a mamãe e o papai e agora o Miguel também tem mamãe e papai. - Ele fala todo atrapalhado e enrolado, mas mesmo assim consigo o entender perfeitamente.
- E você gosta de ter uma mamãe e um papai? - Pergunto passando a mão pelo cabelo dele enquanto ele continua a brincar com minha barba. Ouço um fungado baixinho e desvio a atenção pra Agatha, que tem os olhos cheios de lágrimas, e assim que estendo minha mão em sua direção, ela rapidamente vem até nós e se deita atrás do nosso menino segurando minha mão.
- Gosta, porque agora o Miguel tem papa bom, banho quentinho e não está mais sozinho. - Ele diz devagar pra tentar falar certo, e se virando na cama de barriga pra cima para olhar para a Agatha. Minha mulher sorri toda boba e acaricia o rostinho dele.
- Você é tão perfeito meu amor, o filho mais lindo e amoroso que a mamãe poderia ter. - Ela diz com a voz embargada e eu engulo em seco pra controlar o nó do choro que se forma em minha garganta.
Porra, ele se referiu a mim como pai.
- Mamãezinha do Miguel. - Ele diz todo dengoso e se vira pra ela, a abraçando pelo pescoço e se impulsionando para deitar sob seu corpo.
Mordo meu lábio de leve e me aproximo mais deles enquanto os dois trocam beijos pelo rosto um do outro.
- Assim o papai fica com ciúme. - Falo com a voz ainda mais rouca por conta do choro entalado e sorrio quando ambos me olham, os envolvo com meu braço a deixo um beijo carinhoso no ombro cheiroso da minha preta.
- Não precisa papaizinho, você também é do Miguel. - Ele diz todo fofo e se aconchega no peito da Agatha, enquanto volta a deslizar os dedinhos por minha barba, ele sustenta meu olhar com carinho, com amor, e quando vejo já estou chorando em silêncio.
