Capítulo 89

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Sentado no tapete do quarto de jogos, com meu filho entre minhas pernas, o observo atento admirar um dos tantos bonecos de edição exclusiva do Hulk

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Sentado no tapete do quarto de jogos, com meu filho entre minhas pernas, o observo atento admirar um dos tantos bonecos de edição exclusiva do Hulk.

- Olha esse. - Gael se aproxima sentando ao meu lado e coloca o boneco do Capitão América, da mesma edição, em pé em sua frente.

Meu moleque olha para o tio e volta a mirar o boneco de boca aberta, o analisando com calma.

- Que legal. - Ele exclama baixinho e deixa o que tem nas mãos no chão, para então pegar o outro e o analisar com calma.

Por mais que o Miguel tenha apenas três anos e seja uma criança pequena, ele é muito atento e curioso, ele tem uma inteligência absurda pra certas coisas e isso me deixa fascinado.

Meu pai e o Henrique se sentam conosco trazendo outros vários bonecos juntos de si e eu pego um da Viúva Negra.

- Olha filho. - Mostro pra ele que intercala o olhar entre todos o bonecos sem saber qual vai pegar em seguida.

- Qual que tu mais gosta? - Meu pai pergunta interessado, enquanto abre uma das várias caixas de boneco e tira o Homem Aranha de dentro.

- Hulk! - Miguel exclama animado e se move entre minhas pernas, até ficar de joelhos e ir mais pra frente pra pegar o do Doutor Estranho. Um dos meus favoritos, vem com a capa removível e a joia do tempo.

- O teu pai sempre gostou muito do Homem Aranha. - Meu pai volta a falar e coloca o boneco em pé no chão.

Esse que ele recém abriu, por acaso é meu favorito entre todos, ele é da última edição limitada da Marvel, comprei pelo site assim que lançou. Minha mãe ficou louca quando trouxe pra cá e falei o valor que paguei, mas nem dei bola, trabalho igual um filho da puta e tenho o direito de comprar um boneco.

- Verdade? - Miguel vira o rosto pra me olhar e pergunta com sua voz infantil, me fazendo sorrir de imediato e meu coração bater forte no peito.

- Verdade, tenho até uma tatuagem dele, olha. - Largo o boneco com cuidado no chão e levanto a camisa, então viro meu braço e o mostro a tatuagem que está localizada na parte interna do meu bíceps.

- Ual papai. - Ele exclama encantando e coloca as mãozinhas no meu braço, olhando atentamente o desenho que tem ali.

- Gostou? - Pergunto analisando seu rosto que tem um sorriso enorme.

- Sim! - Ele exclama e desvia a atenção do meu braço, para então se jogar em mim me abraçando. - Miguel gostou bastantão papaizinho.

O som de suspiros coletivo entra por meus ouvidos e eu dou risada ao abraçar meu filho e ver meus irmãos e pai nos olhando com cara de idiotas. Aperto meu moleque em um abraço e inspiro seu cheiro de bebê.

Ele se afasta logo em seguida e volta a se sentar, pegando o boneco do Hulk novamente enquanto presta atenção no que o Henrique diz.

Meu olhar encontra o do meu pai e eu coço o cavanhaque ao ter sua atenção toda em mim, seus olhos refletem um brilho intenso de orgulho e eu não seguro o sorriso bobo que luta pra crescer em meus lábios.

- Amo tu. - Ele diz em um movimentar de lábios e meu sorriso se amplia.

- Amo tu veiote. - Falo também só movimentando os lábios e ganho uma gargalhada em resposta.

Nego com a cabeça ao ter o olhar curioso dos outros dois mais velhos em cima de nós e volto a prestar atenção no meu moleque.

Com os passar dos minutos, ele se sente mais confortável e se deixa interagir mais pra sanar suas curiosidades sobre o universo dos heróis. Quando vejo ele já tá dando risada e conversando abertamente, claro que ainda com sua forma lenta e fofa de falar, tentando pronunciar tudo certo.

Por um longo tempo ficamos apenas ali curtindo o momento e brincando, mas quando ouvimos a falação no andar de baixo, decidimos guardar tudo e descer.

Chego na sala com meu moleque nos braços e sorrio encontrando o olhar amoroso da minha sogra na Agatha, que conversa animadamente com a mãe.

- Mamãe. - Miguel chama a mesma, trazendo a atenção dela pra ele, assim como a dos meus sogros e mãe.

- Oh meu Deus. - Dona Cláudia leva as mãos a boca e eu dou risada ao ver seus olhos se encherem de lágrimas. - Ele é tão lindo.

- Oi meu amor. - Minha preta se aproxima de nós e com cuidado pega nosso menino dos meus braços. - Ja ia atrás de você pra você conhecer a vovó e o vovô que são papais da mamãe.

Miguel tomba a cabeça de lado olhando pra Agatha, tentando entender o que ela fala e no final da uma risada fofa e a abraça pelo pescoço.

Me aproximo da minha sogra e a abraço com carinho, sentindo a mesma retribuir de imediato enquanto funga chorosa.

Mães...

- Tô muito feliz por vocês, meu querido. - Ela diz me apertando para logo depois de afastar e beijar meu rosto, retribui o ato de carinho com um beijo em sua testa.

- Espero que vocês amem ele tanto quanto a gente já o faz. - Falo sincero e desvio o olhar para meu sogro que tenta controlar a emoção.

O puxo para um abraço e sorrio quando o mesmo bate em minhas costas de leve.

- Pode acreditar que a gente já ama. - Ele murmura com a voz embargada e aperta meu ombro ao se afastar.

Balanço a cabeça em um sinal positivo e me afasto para deixá-los conhecerem o neto, que está tímido, mas um pouco mais confiante depois da diversão que tivemos no andar superior.

O olhar da minha mulher encontra o meu e ela sorri com amor, fazendo com que meu coração acelere no peito de um jeito que só ela consegue fazer. Pisco pra ela e me retiro do ambiente para deixá-los a sós, e sigo direto pra cozinha onde meus irmãos falam alto e riem de algo.

[...]

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