Capítulo 105.

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Acordar na manhã seguinte nunca foi tão difícil, o Miguel estava todo jogado por cima de mim e da Agatha e minha mulher estava tão sonolenta que mal abria os olhos

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Acordar na manhã seguinte nunca foi tão difícil, o Miguel estava todo jogado por cima de mim e da Agatha e minha mulher estava tão sonolenta que mal abria os olhos.

Até tentei convencê-la a ficar em casa descansando, mas ela não quis e levantou mesmo reclamando, e agora estamos aqui na recepção esperando nosso menino sair da consulta.

Meu olhar está atento na Agatha que conversa animadamente com um dos internos da área pediátrica, ele já tocou quatro vezes o braço dela e a cada novo sorriso que o infeliz da, só aumenta ainda mais a minha vontade de socar ele.

Agatha infelizmente é muito inocente para perceber as intenções do médico filho da puta, mas eu não e no momento tô me segurando ao máximo pra não protagonizar uma cena de ciúmes.

Respiro fundo jogando o copinho de café no lixo ao meu lado e perco totalmente o controle assim que o desgraçado tira uma mecha de cabelo do ombro da minha mulher. Ela se afasta finalmente percebendo e ficando desconfortável, mas já é tarde demais para meu cérebro raciocinar sobre aquilo tudo.

- Toca mais uma vez nela pra tu ver se não arranco essa merda de mão fora. - Falo seriamente chamando a atenção dele e envolvo a cintura da minha preta, a puxando contra meu peito.

- Kevin! - Ela exclama em uma arfada e arregala os olhos, virando o rosto para me olhar, mas minha atenção está toda nele.

- Ih cara foi mal. - Ele da risada levantando ambas as mãos, fazendo meu sangue ferver ainda mais. - Pensei que ela era mãe solteira.

O olhar do infeliz volta até a Agatha e ele a analisa de cima a baixo, lambendo os lábios como se aprovasse sua inspeção. Meu peito infla em puro ódio e quando vejo o homem já está no chão com a mão no nariz, gemendo de dor.

Minha mão dói como o inferno pela força do soco que dei nele e só não avanço pra cima do mesmo, porque um dos seguranças da recepção vem correndo em nossa direção e a Agatha fica em minha frente me impedindo.

- Coloque-se na porra do seu lugar, aqui é merda de um consultório onde você trabalha e não seu parque de diversão seu babaca. - Falo ainda mais sério, sentindo a garganta arranhar por conta da voz grossa. - Deveria estar trabalhando ao invés de estar dando em cima de mulher casada e mãe dos seus pacientes.

- Acalme-se senhor ou terá que se retirar. - O segurança fala sério e toca meu ombro, mas me esquivo dele e me afasto segurando a mão da Agatha.

Me sento em uma das cadeiras mais de canto, onde já estávamos antes e passo a mão na cabeça bufando de ódio, sinto o olhar dos outros pais ali presentes em cima de mim, mas ignoro e viro minha atenção pra Agatha que me chama baixinho.

- O que foi isso Kevin? - Ela pergunta visivelmente assustada e eu me remexo na cadeira incomodado com seu olhar, me escoro pra trás no estofado e abro minha mão dolorida sob a perna.

Não gosto e nem quero ela com medo de mim ou assustada com minhas ações, fiz de cabeça quente e sem pensar direito. Mas que ele pediu pelo soco ele pediu.

- Até o momento em que ele estava te olhando com segundas intenções era só ciúmes, mas o jeito que o filho da puta te desrespeitou na minha frente praticamente te comendo com o olhar, foi a gota da água. - Falo e fecho meus olhos pra tentar acalmar a raiva que sinto no peito ao lembrar do olhar de desejo dele em cima da Agatha.

Minha preta pega minha mão e coloca em sua perna, ela fica em silêncio por um tempo e logo sinto algo gelado ser colocado sob a mesma, me fazendo suspirar de alívio imediatamente. Volto a abrir meus olhos e noto que ela limpa o local com um lenço umedecido do Miguel.

- Não sei se brigo com você por ter batido no menino ou te agradeço por estar ali cuidando de mim. - Ela diz baixinho ainda cuidando da minha mão e eu suspiro pesadamente.

- Desculpa preta, sei que não deveria ter socado a cara dele, mas foi fodido demais ver ele te olhar daquele jeito. - Falo mais baixo e viro meu rosto para olhar melhor pra ela.

Agatha deixa o lenço de lado e se aproxima pegando meu rosto entre as mãos pequenas e macias.

- Eu te entendo e não te julgo por ter agido como agiu, só te peço pra nunca fazer algo assim na frente dos nossos filhos. - Ela pede baixinho e acaricia minhas bochechas com seus polegares.

- Prometo não fazer. - Afirmo pra ela e deixo meus ombros relaxarem quando nossos lábios se encontram em um selinho gostoso. - Mas agora falando em filhos, quando quer contar para o Miguel da gravidez?

Me afasto sorrindo e deixo com que ela volte sua atenção para minha mão machucada.

- Quero esperar mais um pouco amor, pelo menos até confirmarmos a existência de um bebê na próxima consulta. - Ela fala e levanta minha mão para analisar o curativo de heróis que colocou no machucado.

- Concordo, mesmo que eu acredite fielmente que há um bebezinho aí, acho melhor termos certeza antes dessa conversa com ele. - Falo e puxo minha mãe das dela para então envolvê-la com meus braços e puxa-la pra mim.

- E se tiver dois bebês? - Agatha pergunta com ambas as mãos em meu peito enquanto tem os olhos brilhando em minha direção.

- Aí a gente da uma enlouquecida de leve e depois segue firme. - Falo sorrindo de lado, já imaginando ela com dois bebês nosso nos braços.

Agatha ri baixinho com minhas palavras e então fecha os olhos quando me inclino beijando seus lábios macios e cheios,

- Te amo pra caralho mulher, sou completamente louco, alucinado por ti. - Falo contra a boca dela e ganho um sorriso ainda maior.

- Te amo meu Hulk ciumento. - Ela diz baixinho e agarra minha camiseta, me puxando para mais alguns selinhos longos e extremamente gostosos, que me deixam com vontade de muito mais.

Porém me contento apenas com eles pra não levar xingo dela por estar a agarrando em público.

[...]

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