Capítulo 25

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Agradeço o garçom quando o mesmo termina de servir nossas taças de vinho e se retira logo em seguida

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Agradeço o garçom quando o mesmo termina de servir nossas taças de vinho e se retira logo em seguida.

Combinamos de beber pouco pois ambos queremos encerrar a noite sóbrios e com os sentidos em perfeita ordem para não perdermos o controle do que realmente queremos fazer.

- Nossa muito gostoso. - Agatha diz lambendo os lábios logo após provar do vinho.

- Obrigado. - Pisco pra ela e sorrio de lado quando a mesma ri baixinho.

- Kevin! - Fala negando com a cabeça enquanto sustenta meu olhar. - É bobo né?!

Eu dou um gole do meu vinho e volto a deixar a taça na mesa.

- Você gosta que eu sei. - Falo e estendo a mão pra ela, que logo encaixa a sua ali e desliza as unhas pretas por meu pulso.

- Muito. - Ela sorri envergonhada e respira fundo. - Como foi na operação? Deu tudo certo?

- Deu sim, mas na volta do interior tivemos um imprevisto com um dos presos, aí atrasou tudo. - Suspiro cansado só de lembrar da situação que aquele cara nos meteu.

- Sinto muito. - Ela sorri acolhedora e aperta minha mão de leve.

- Mas me conta, o que ficou fazendo ontem? - Pergunto realmente interessado, enquanto a olho nos olhos.

- Fiquei trabalhando e fui fazer minhas unhas apenas. - Ela da de ombros e volta a acariciar meu pulso com as unhas.

- Ficaram lindas a propósito. - Falo sincero e puxo a mão dela pra cima, depositando um leve beijo em seus dedos gordinhos.

O sorriso dela se amplia e volto a deixar nossas mãos sob a mesa.

- Você reparou então? - Pergunta toda boba e com os olhos brilhando em minha direção.

- Reparei no primeiro momento em que te vi. - Assumo e ganho um suspiro bobo dela em resposta.

- Você não parece real de tão perfeito que é. - Ela diz baixinho e desliza a unha do polegar pela veia saltada do meu pulso.

- Mais tarde vou te mostrar o quão real eu sou. - Umedeço meus lábios e desço o olhar até a boca dela, que se entreabre levemente.

- Seu safado. - Ela ofega e ri logo em seguida.

Dou de ombros e deslizo meu polegar pela lateral da mão dela, enquanto uso minha mão livre para pegar a taça e dar mais um gole do líquido escuro e de gosto suave.

- Será que seus pais não vão achar estranho você aparecer comigo lá? - Ela pergunta parecendo insegura e pega sua taça da mesa também.

- Com certeza vão, porque até hoje eles só conheceram uma namoradinha minha do ensino médio. - Falo tranquilo e dou risada quando a Agatha arregala os olhos.

- Você só namorou uma vez? - Ela pergunta e da um gole de vinho.

- Sim, eu era iludido na adolescência, achava que ia viver um romance clichê de escola e iria levá-lo para o resto da vida. - Falo arrancando um riso dela.

- Por que terminaram? - Agatha pergunta e devolve a taça a mesa.

- Ela se apaixonou por outro moleque um mês depois. - Reviro meus olhos lembrando do episódio.

- Meu Deus! - Ela diz e leva a mão livre até a boca, enquanto ri baixinho.

- Eu te disse que era iludido. - Sorrio de lado e continuo a fazer carinho na lateral de sua mão macia.

- Mas daí tu nunca mais quis namorar? - Ela pergunta quando consegue parar de rir.

- Na verdade depois daquilo eu percebi que os conselhos do meu pai eram reais, ele sempre dizia pra mim e pro meu irmão mais velho que se você apresenta alguém pra família é porque vê um futuro na relação, então nunca mais levei ninguém até porque sempre foram casos passageiros que não me faziam sentir nada além de tesão. - Sou sincero com ela e ao terminar de falar, a mesma para de fazer carinho no meu pulso.

- E o que você sente por mim é só isso também, certo? - Ela pergunta baixinho e tenta tirar a mão da minha, mas rapidamente a seguro.

- Nem fudendo, vou te levar pra conhecer eles, não vou? - Pergunto sustentando o olhar dela. - Tu sabe muito bem que a energia que rola entre a gente é muito mais do que apenas tesão.

Ela suspira e volta a acariciar meu pulso, fazendo assim meu corpo relaxar.

- Me desculpa por ser tão insegura. - Ela diz e joga o cabelo liso pra trás do ombro.

- Não tem o porque de se desculpar. - Sorrio pra ela e desço meu olhar até os lábios macios que se abrem em um mínimo sorriso. - Só preciso que sempre seja sincera comigo sobre o que sente e pensa em relação a mim, pois só assim vou poder te ajudar e afirmar quando estiver errada e certa.

Levanto a mão dela e deixo mais um beijo em seus dedos.

- Vou sempre tentar ser. - Ela diz tombando a cabeça pro lado, enquanto me olha atentamente.

Beijo a mão dela mais uma vez e então a solto com cuidado na mesa, assim que vejo o garçom se aproximando.

Com calma o mesmo deposita nossos pratos em nossa frente e se retira pedindo com licença.

- Nossa, isso tá cheirando muito bem. - Agatha diz olhando seu prato e eu sorrio assentindo.

- Está mesmo. - Concordo de imediato e pego meus talheres.

Eu pedi macarrão ao molho branco com um filé de frango e a Agatha optou por um macarrão à carbonara.

Levo um pouco da massa até a boca e suspiro com o gosto maravilhoso que explode na boca.

- Nossa senhora, isso é perfeito. - Agatha exclama cobrindo a boca cheia com a mão e ri junto comigo.

- Come tudo viu?! Precisa estar forte pra aguentar o tranco. - Falo também cobrindo a boca e pisco pra ela, que de imediato fica com as bochechas vermelhas.

- Kevin! - Ela exclama pela segunda vez aquela noite e eu apenas dou risada.

Agatha nega com a cabeça e volta a comer, mas ainda sim mantém sua atenção em mim.

Assim como eu continuo totalmente focado nela.

[...]

Apenas Um OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora