"Quando se tem química, não precisa de muito... basta apenas um olhar, um cheiro, um toque...
E então todas as verdades serão ditas numa conexão que só nós entendemos."
Livro iniciado: 08/06/2023
Livro finalizado: 19/10/2023
🏅 1° lugar na tag Ficçã...
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Ficamos um bom tempo apenas assistindo desenho e quando a enfermeira veio trazer algumas roupas e produtos de higiene para o Miguel, decidi que estava na hora de o dar um banho caprichado.
A enfermeira até tentou fazer isso no meu lugar, mas neguei de imediato e disse que eu mesma iria fazê-lo pois ele pareceu desconfortável com a presença dela.
- Vem meu bem. - Com cuidado ajudo o pequeno a descer da cama e seguro em sua mão, para então encaminha-ló até o banheiro do quarto.
- É frio. - Ele estremece olhando para o box e eu suspiro sabendo ao que ele se refere.
- Não meu bem, é bem quentinho esse aqui, quer testar? - Pergunto e assim que recebo um aceno positivo de cabeça, abro a torneira da banheira que há disposta ali e regulo a temperatura da água.
Quando constato que está gostosa e bem quentinha, o chamo para perto e o deixo colocar a mãozinha na mesma.
- Quentinha. - Ele diz surpreso e sorri com seus dentinhos pequenos, fazendo meu coração se agitar dentro do peito.
- Vamos encher ela então e tomar um banho? - Pergunto e ele assente de imediato.
Eu me viro para a banheira novamente e fecho o ralo, para então deixá-la encher o tanto que é necessário.
Em seguida e com cuidado ajudo o Miguel a retirar sua roupinha que o hospital forneceu e a deixo de lado. Ele faz careta olhando sua perna e apontando para mesma, chamando minha atenção para seu ferimento.
- Dodói. - Ele volta a me olhar e eu assinto suspirando pesado.
- É dodói amor, mas logo logo ele vai embora. - Falo segura daquilo e pego sua roupinha e a coloco em cima do vaso sanitário.
Ao ver que a banheira já está cheia o suficiente para o tamanho dele, eu fecho o registro e coloco os sais de banho antissépticos que o hospital forneceu, tudo muito bem escolhido para que qualquer bactéria que esteja nele morra.
Me levanto e com cuidado pego o pequeno garoto no colo, ele me segura pelo pescoço assustado com a banheira, mas relaxa assim que o coloco sentado dentro da água quentinha.
- Aqui meu bem, está tudo bem. - Falo passando a mão pela espuma rala que se formou na superfície da água.
- Que isso? - Ele pergunta curioso e imitando os meus movimentos.
- Isso de chama espuma, ela serve para limpar seu corpinho e tirar todo o cheiro ruim e sujeira que ficou em você. - Falo pegando a buchinha e o sabonete infantil. - E esse é o sabonete, serve para a mesma coisa, mas iremos passar por seu corpo com essa esponja legal que tira todas as coisas ruins que estão grudadas.
