Capítulo 113.

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Passar pelo que eu passei não foi fácil, mas graças a Deus eu tenho uma família maravilhosa que me apoiou tanto no tratamento psicológico quanto no físico

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Passar pelo que eu passei não foi fácil, mas graças a Deus eu tenho uma família maravilhosa que me apoiou tanto no tratamento psicológico quanto no físico.

Ao sair do hospital naquela segunda feira, fui cercada de familiares e amigos que apenas queriam o meu bem. Fui tratada como uma verdadeira princesa e nem ir ao banheiro sozinha eu ia mais, tanto meu pai, quanto meu namorado faziam questão de estarem comigo a todo e qualquer momento.

Miguel ficou assustado ao ver o corte em minha testa e grudou em mim igual um carrapatinho, fazia questão de me ajudar a comer e conversar com o irmãozinho.

Sim, nós contamos pra ele sobre a gravidez e ele não poderia ter uma reação melhor. Nosso menino chorou de alegria e fez mil planos para a chegada do bebê.

E assim as semanas foram passando, comigo deitada na cama e apenas levantando para fazer minhas necessidades fisiológicas e cuidar da minha higiene.

Na terceira semana de repouso, minha médica me visitou e trouxe tudo que precisava para me examinar. Naquele mesmo dia eu completava 6 semanas e descobrimos que o hematoma estava bem menor do que era esperado.

A partir daquele dia eu também podia ficar sentada e a dor diminuiu consideravelmente para quase zero, só sentia alguns desconfortos quando me levantava e sentava. E assim se passaram mais duas semanas.

Na minha consulta de 8 semanas, dois meses, eu pude ir ao consultório e chorei muito ao ver meu bebê em formação, naquele dia ouvi pela primeira vez seu coraçãozinho e um peso gigantesco saiu das minhas costas ao ver que a placenta estava completamente perfeita.

Kevin esteve ao meu lado o tempo todo, em todas essas semanas ele apenas saia quando precisava resolver algo do Miguel, mas logo voltava e grudava em mim todo preocupado.

Ver o sorriso dele e os olhos cheios de lágrimas com as boas notícias, foi completamente encantador, porque só nós sabemos o quão sofrido e exaustivo foi viver tudo aquilo.

A nossa vidinha voltou ao normal, agora eu podia levar meu menino no parquinho, podia pegar ele no colo e o esmagar, podia finalmente fazer amor com meu marido e principalmente eu podia respirar tranquila sem medo de alguém me machucar.

Não foi fácil, mas passou, isso que importa.

[...]

A noite de natal chegou, e com ela um Miguel muito ansioso para abrir seus presentes.

- Filho, só depois do jantar. - Kevin fala rindo para um Miguel extremamente eufórico, que mesmo chateado pela negativa, sai correndo para brincar com a prima.

- Ele é muito bonzinho né? - Fernanda fala ao meu lado e acaricia o pezinho do filho que está em meus braços.

- Muito e esse bebezinho aqui também. - Falo baixinho, voltando a admirar o pequeno ser adormecido.

Noah nasceu algumas semanas antes do previsto, mas forte e muito saudável segundo os médicos. Meu afilhado está com apenas três semanas e por conta disso, meus amigos decidiram que seria melhor passarem o final de ano por casa e não irem viajar para casa dos pais.

E eles só aceitaram jantar conosco depois da autorização do pediatra do bebê, se não teriam ficado por casa mesmo. E estão certíssimos.

- Como tá a adaptação amiga? - Pergunto pra ela e ajeito a mantinha do Noah em seus bracinhos.

- Não tá fácil, mas graças a Deus está indo bem, Sandro tá se mostrando um belo pai. - Ela diz sorrindo e suspira pesado. - No começo você sabe que foi complicado, mas agora tá dando certo.

Na primeira semana que meu afilhado estava em casa, o Sandro simplesmente não sabia o que fazer e disse que se ela precisasse de ajuda era pra avisar ele. Acontecesse que não é assim que a banda toca, minha amiga ficou sobrecarregada, não conseguia tomar um banho direito porque o marido tinha medo de pegar o bebê no colo.

Foi então que ela surtou com ele e disse que se for pra ela cuidar e criar sozinha, ele podia ir embora que ela daria um jeito de ser tudo que o Noah precisava. Aquilo foi uma virada de chave na cabeça do meu amigo e ele viu a força de uma mãe, viu que se ele realmente quisesse ser o pai do Noah, ele tinha que assumir o posto e fazer suas obrigações.

Desde então minha amiga só pega o Noah para amamentar e ficar agarradinha, o restante quem faz é o Sandro, desde fralda, banho, colocar pra arrotar, acalmar durante a cólica... Tudo é ele quem faz, pois viu o quão difícil é amamentar e ainda tentar ser uma mulher que cuida de casa.

Claro que minha amiga também faz todo o resto se for preciso e se ela quiser, mas a vida é deles e eles se dividiram assim. E ela está certa de se impor e deixar que ele faça algo.

- Quero só ver quando o meu nascer. - Falo dando risada e com cuidado entrego o Noah para a Fernanda, já que ele começa a reclamar.

- Aí sim que vou ficar de olho em vocês, quero só ver o caos que é ter dois em casa para decidir se quero mais ou não. - Minha amiga fala e ajeita o filho nos braços, para então puxar a alça do vestido pra baixo e começar a amamentar seu bebê.

- Ainda bem que nossa rede de apoio é enorme e muito eficaz. - Falo enquanto pego uma almofada e coloco de apoio para o braço dela e o bebê deitarem.

- Realmente amiga, hoje eu vejo o quão importante é essa rede de apoio, antes eu achava que daria conta sozinha. - Fernanda fala e olha para o filho que mama tranquilamente, dando pequenos estalos e parando apenas para respirar.

Sorrio boba assistindo o pequeno e acaricio meu ventre, completamente ansiosa para ter meu bebê em meus braços também. Já estou com 16 semanas de gestação e cada dia mais ansiosa pra descobrir o sexo do neném.

A médica até recomendou que eu fizesse a sexagem, mas eu quero descobrir do jeito tradicional, ou pela ultrassom ou no parto.

A família que lute para dar presente com cores neutras e mesmo se derem com alguma outra cor, não terá problema, meu bebê vai usar de tudo mesmo.

[...]

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