Capítulo 62

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A chuva repentina da tarde passada voltou com força naquela madrugada e tanto Magnólia como Arthur tiveram uma péssima noite de sono.

Magnólia não tinha certeza dos seus sentimentos, precisava conversar com o pai e precisava de um tempo para identificar o que era aquele turbilhão de emoções. Aquela bagunça de amor, paixão e carência minava a sua paz, sufocava a sua razão e confundia o seu raciocínio. Era necessário compreender as motivações do seu afeto só assim ela tomaria uma decisão sábia.

Arthur pensou que a simples rejeição seria suficiente para Magnólia cair em seus braços, mas não foi suficiente era necessário começar o lado B do grande plano.

Magnólia não acordou bem naquela manhã e o seu desjejum foi servido no quarto. Vitória foi ao quarto da amiga queria perguntar sobre a curta conversa que ela teve na sala, mas não teve coragem.

– Preciso ir embora. – Disse Magnólia para a amiga. – Por favor peça que um criado preparar uma das carruagens para a minha partida.

– Não será possível. Sr. Gregório têm apenas duas carruagens, uma quebrou ontem e a outra será usada para a viagem da sua irmã que será hoje após o chá.

– Quando estará disponível uma das carruagens? Perguntou Magnólia impaciente.

– Não tem previsão. A senhorita terá que viajar em uma diligência.

– Posso voltar em um cavalo alugado.

– Arthur acordou cedo hoje, foi trocar o cavalo cansado e todos os cavalos estavam doentes ou ainda mais cansados. A senhorita terá que viajar em uma diligência.

– Uma carruagem compartilhada com estranhos e mercadorias, acha isso seguro?

– Você viajou de Florência a Cecília em um cavalo tarde da noite e agora vem me questionar sobre segurança? Não tem outra forma de viajar ou é na diligência ou só daqui algumas semanas ou meses. Não sabemos quando a carruagem ficará pronta.

Magnólia não tinha tempo a perder, precisava encontrar o pai e pôr um fim a toda aquela confusão. Algumas perguntas precisavam de respostas.

– A senhorita precisa viajar hoje, para aproveitar a companhia de Sr. Arthur. Sabemos que as diligências são alvos fáceis para os assaltantes. Arthur estará ao seu lado o tempo todo, ele vai te proteger. Afinal, ele foi seu quase noivo.

Magnólia estava mentalmente cansada para entrar em uma briga e aceitou viajar na diligência acompanhada de Sr. Arthur.

– Vamos amiga – Disse Vitória animada, puxando um pequeno baú do quarto. – Vamos preparar suas provisões para a viagem.

– A viagem não é assim tão longa. Não preciso de roupas extras ou de casacos extras. Não preciso das suas roupas. – Disse Magnólia fechando o baú.

– Não seja tola! – Disse Vitória abrindo o baú e colocando vestidos, casacos e capas dentro dele – Ontem à noite caiu uma chuva torrencial, não sabemos se todas as estradas estão em bons estados de viagem e se a senhorita precisar ficar hospedada em algum lugar? Então vai precisar sim de um baú de viagem com roupas bem quentinhas.

– Hospedada? Isso é ridículo. Só se uma montanha de terra bloquear a estrada central. Sabemos que isso não acontece a anos. – Magnólia retirou o vestido do baú e informou que não precisava de nada só da roupa do corpo.

– Ontem a chuva estava fora do normal. Certeza de que a estrada está interditada.

– Se estiver mesmo eu voltarei para Cecília.

– Se estiver mesmo a diligência não vai voltar. Essas carruagens fazem um desvio de dois dias pelas belas montanhas ou de três dias. Para eles é mais vantagem desviar o caminho do que retornar a Cecília. Eles têm prazos de entrega e se não respeitar o prazo a mercadoria é desvalorizada.

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⏰ Última atualização: Jun 23, 2023 ⏰

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