Capítulo 13

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Srta Alves não estava muito bem, apesar das tentativas de Magnólia em alegrar a amiga, a tristeza aos poucos tomava conta dela, ela amava realmente o Sr Rodrigues, ou pelo menos era o que pensava que sentia por ele. Mesmo depois de alguns passeios e visitas. Tudo naquela cidade fazia ela se lembrar dele. Magnólia se esforçou muito para alegrar a amiga e nada do que ela fazia melhorava aquela situação. A única coisa que poderia fazer naquele momento era dar tempo ao tempo e ficar ao lado da amiga.

Sempre às quinze horas Azel Park recebia a visita de Srta Alves, porém naquela tarde e nos próximos dias Srta Alves não poderia fazer as visitas habituais. A razão? Ela estava um pouco adoentada, uma leve indisposição e falta de apetite. O farmacêutico listou diversas razões biológicas para o estado da moça, porém Magnólia sabia que não eram razões biológicas que a deixou assim, eram razões sentimentais, um amor não correspondido e um coração quebrado. Qual seria o melhor remédio para isso?

Magnólia como uma boa amiga que sempre foi, decidiu visitar a amiga todos os dias ate ver a sua melhora. Suas visitas traziam um pouco de alegria para amiga, não só pela conversa, mas também pelas deliciosas tortas e bolos que ela sempre levava.

Nas terças-feiras a carruagem permanecia em Azel Park, para as visitas habituais de Magnólia e nos outros dias o Sr Santiago permanecia com ela para suas visitas de negócios. E como era quinta-feira o mesmo utilizou a carruagem. De modo que Magnólia só tinha duas alternativas, ir a cavalo ou caminhar. O dia estava tão lindo, tão agradável e a residência da família Alves não ficava tão longe, era uma oportunidade ideal para uma boa caminhada. E foi exatamente isso que Magnólia fez, ela caminhou ate a casa da Srta Alves, sem uma dama de companhia.

Enquanto caminhava e pensava em diversos assuntos que poderia alegrar a amiga, Magnólia passou em frente ao Chalé do Sr Arthur que ficava no caminho. Ela já tinha passado ali diversas vezes, mas só agora parou para admirar a sua beleza. Não era um chalé tão pequeno como dizia as más línguas, pelo contrario ele era composto de grandes janelas e tinha um jardim bem amplo e ao seu redor havia muitas arvores. No andar mais alto tinha uma sacada com uma mesa cheia de livros, parecia que alguém tinha acabado de sair dali. Tudo indicava que Sr Arthur estava em casa, já fazia meses que eles não se viam e uma visita breve para agradecer pelo bom trabalho que ele tinha feito nos livros parecia apropriado.

"E porque não visita-lo?" pensou Magnólia enquanto entrava na propriedade "Posso dizer que os livros estão lindos, bem resistentes e que provavelmente vão durar mais vintes anos." No meio do caminho ela parou "Mas o que outros pensaram quando descobrir que fiz essa visita? Sem uma companhia?" Ela deu as costas para a propriedade "É apenas uma visita de agradecimento, não significa nada." Ela ponderou um pouco e decidiu que seria uma visita educada e agradável, não demoraria muito assim não haveria porque surgirem boatos disso.

Uma jovem de aproximadamente quinze anos atendeu a porta:

- Olá!

Magnólia ficou sem palavras ela esperava uma criada ou um mordomo e não uma menina.

-Olá... Arthur se encontra? Quer dizer o Sr Arthur?... O Sr Arthur se encontra?

A jovem riu da forma atrapalhada de Magnólia

- Não – Disse ela sem dar mais nenhum detalhe e ao observar o semblante confuso da visita concluiu – Ele está na livraria, recentemente recebeu alguns livros novos e precisou organiza-los. Deseja espera-lo?

- NÂO! – Esperar Sr Arthur transmitiria intimidade e essa ideia de ser intima do Sr Arthur deixou-a espantada e de uma forma inexplicável ela gritou em vez de responder como uma dama, essa atitude rude a fez imediatamente colocar as mãos enluvada sobre a boca. A jovem achou tudo aquilo muito cômico – Não posso esperar – Respondeu Magnólia com mais calma.

MagnóliaOnde histórias criam vida. Descubra agora