Capítulo 28

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Desde que havia ganhado o livro do pai, Magnólia ainda não tinha lido nada dele, além da contra capa. Aproveitou o dia feio e chuvoso para colocar a leitura em dia. Os personagens eram tão reais e tão fortes que a cada leitura encontrava alguém conhecido. Era fácil encontrar várias senhoras Bennet em Albuquerque, era fácil se Identificou com Elizabeth Bennet, era fácil detestar Caroline Bingley, no entanto era difícil encontrar algum cavalheiro que se comparasse a Sr Darcy, embora encontrasse alguns traços dele em poucos homens. Ao chegar à metade do livro decidiu parar, queria devorar pedacinho por pedacinho. Igual uma criança quando esta comendo a sobremesa e desejando que ela não termine nunca.

– Esse livro deve ser incrível – Disse Sr Gregório – A senhorita nem pisca, preciso desse livro emprestado.

– Sinto muito Theo – Lamentou ela se retirando do resinto – Esse é aquele tipo de livro que não podemos emprestar.

– A senhorita não faria – Disse ele seguindo pelo corredor – Não seja má – Magnólia apenas riu – A senhorita vai me obrigar a comprar um livro?

– Talvez.

– Ok – O disse indo ao lado oposto do dela – Já que a senhorita tem se mostrado muito egoísta.

– De fato eu sou – Confessou Magnólia indo atrás dele.

–Vou a livraria comprar um exemplar e fique ciente que eu também sei ser egoísta. A senhorita ainda vai precisar de mim – Brincou ele

– Só para mostrar que não sou tão cruel quanto pareço, vou acompanha-lo.

A carruagem foi preparada como solicitado. O cocheiro já estava oposto, Magnólia estava confortável no interior da carruagem e aguardando Sr Gregório com certa impaciência, não conseguia compreender como um homem demorava tanto para se arrumar.

– Desculpe a demora – Pronunciou-o entrando na carruagem – Sempre fico em duvida sobre qual relógio de bolso escolher. Tenho uma pequena coleção e só trouxe doze.

– Só... doze relógios? – Questionou Magnólia um pouco sarcástica.

– Digamos que eu tenho mais relógios do que a senhorita tem livros – Pronunciou Sr Gregório fazendo um gesto para o cocheiro prosseguir e em tom de zombaria continuou – Fiquei um pouco indeciso sobre qual perfume usar... Quero estar bem perfumado ao conhecer a jovem senhorita Alves.

Magnólia foi tomada por uma risada irônica e por um desejo de soca-lo. Para evitar ser dominado por esse desejo violento confessou: – Se fossemos mais íntimos Sr Gregório poderia lhe dar um soco.

– Um soco por um comentário inofensivo? Fico imaginando o que a senhorita fará quando descobrir que planejo beija-la.

– Me beijar?! – Gritou Magnólia.

–Não! – Gritou ele e logo em seguida trocou de lugar e sabendo que estava em uma distancia segura admitiu – Beijar a Srta Alves.

– Sr Gregório! – Gritou ela um pouco furiosa – A conselho ao senhor confessar que tal comentário é uma brincadeira ou então é melhor o não dormir essa noite.

– Santo Pai... Calma é apenas uma brincadeira – Disse da forma mais sincera possível – Desculpe... É apenas uma brincadeira.

– Ótimo! – Divertiu-se – Pois eu também estou brincando.

Se Sr Gregório soubesse o quanto era divertido provocar Magnólia, teria feito isso durante toda a sua estadia, era de fato muito divertido deixa-la furiosa.

A carruagem parou em frente à livraria

– Só me responda uma coisa – Pronunciou Sr Gregório pronto para ajudar Magnólia a descer. No entanto decidiu se diverti um pouco mais, por isso, tirando o relógio de bolso continuou – Acha que a Srta Alves ficará muito impressionada com esse relógio a ponto de me render um beijo.

MagnóliaOnde histórias criam vida. Descubra agora