Capítulo 37

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Ao chegar na Abadia de Dellown, era impossível não expressar admiração. Todos os empregados e a irmã de Sr. Gregório, junto como seus filhos, estavam esperando os convidados na entrada principal. Magnólia ficou boba ao perceber que o amigo era mais rico do que dizia ser. A família Gregório tinha um legado importante em Cecilia e era considerado a família mais influente e prestimosa. Todos respeitavam e honrava tal nome. 

Os convidados foram levados aos aposentos de imediato, foi oferecido uma pequena refeição visto que a viagem era longa e cansativa, assim que estavam todos bem e descansados. Magnólia solicitou um passeio dentro e fora de toda a propriedade. Narciso como sempre repreendeu a irmã e disse que não havia a necessidade de abusar da bondade e gentileza da família. A carta de Sr. Gregório incluía um pedido amoroso a irmã de que fizessem as vontades dos hospedes e fossem o mais amigáveis e hospitaleiros possível. Depois de uma longa discussão entre as irmãs, ficou estabelecido um passeio apenas dentro da herdade, como estava escurecendo o próximo passeio, que seria ao ar livre ficaria para um outro dia.

Começaram com a sala de música, depois foram para a sala de pintura, e prosseguiram o caminho até biblioteca, os seus três mil livros deixaram Magnólia hipnotizada, não desejou conhecer nenhum outro cômodo e não quis deixar mais o local.

– Precisamos conhecer outros cômodos senhorita – Disse o velho mordomo – Depois a senhorita retorna para este local e pode escolher um livro para leitura.

– Um livro não será suficiente – Disse Narciso – É capaz dela ler uns três ao mesmo tempo.

– A senhorita Santiago pode ficar à vontade, existem livros nesta biblioteca que não são tocados a décadas. 

– Antes de ir embora vou tocar em todos – Disse Magnólia de forma desafiadora.

– Santo Pai, minha irmã é louca – Confessou Narciso.

– Nestes anos todos só agora percebeu isso, amor? – Brincou Sr. Garbin.

Após a excursão por toda a Abadia, Magnólia voltou a biblioteca e Sr. Garbin junto com a esposa foram repousar um pouco. Na verdade, apenas Narciso realmente repousou. Pois, o marido tinha muitos papeis para analisar, havia muito serviço a fazer em Florência.

Magnólia acabou adormecendo sobre uma fofinha poltrona. Os sobrinhos de Sr. Gregório se aproximaram lentamente e murmuraram algo sobre a sua beleza. 

– Parece um anjo – Disse o mais novo.

– Para mim é uma fada. 

– Não seja tolos é uma pintura de Botticelli.

Magnólia estava despertando e ao ouvir Botticelli acordou assustada, os meninos que também se assustaram saíram correndo e discutiam entre si sobre qual deles havia acordado a bela moça.

Botticelli, tal palavra lhe apertou o peito e seu maior desejo naquele momento era chegar logo em Florência.

– Mamãe vai virar uma fera e vai nos devorar se descobrir que acordamos a sua hospede.

– A culpa foi sua Benedict – Disse o menino do meio – Você gritou Botticelli e assustou a moça. 

– A culpa é sua que quis olhar ela de perto – Disse o irmão mais velho – Quando mamãe perguntar vou dizer a ela que você, Benjamin é o culpado.

O mais novo começou a chorar descontroladamente e entre as lagrimas assumia toda a culpa – A ideia foi minha!  Eu sou o culpado e não o Benjamim.

Os dois mais velhos tentaram acalmar o pequeno, mas ele só parou de chorar quando notou que Magnólia os observava.

– Olá meninos – Disse ela com um sorriso na voz – O meu nome é Magnólia – Como não ouve resposta ela continuou – Já sei que o nome de vocês dois é Benedict e Benjamim, mas qual é o seu nome? – Questionou ela olhando para o pequeno que se recuperava do choro.

MagnóliaOnde histórias criam vida. Descubra agora