Dinah PovEu vinha de uma família grande, não grande de caber em um casa só, não, minha família era imensa ao ponto de está espalhada por todos os cantos. Eles desconheciam a palavra preservativo, porque só tinham de três filhos para cima, e isso era uma loucura.
Eu tinha dois irmãos, Regina é o Seth, eu era a do meio, a Regina tinha 27 anos, e o Seth 19 anos. Sempre formos bastante unidos, não foi atoa que quando conseguir ganhar dinheiro através do meus vídeos, eu os chamei para trabalhar comigo. Dizem que nunca é bom misturar trabalho com família, mas para mim isso funciona muito bem.
Até achava bom o número de irmãos, mas a quantidade de primos era surreal. Era coisa de maluco, e juro que as vezes até eu mesma me confundo quem é quem. As tias?, Purf, eu nem chamava mais pelo nome, era só tia para todas, e tios. Éramos uma família agitada, do tipo que quando se juntavam era uma zoada só. Todos falavam alto, eu não sei o que essa família tem para falar tão alto. Em um conversa sobre o que iriam preparar para comer, parecia que estavam brigando.
Não era atoa que eu era uma pessoa bem agitada, não tinha como ser diferente. Mesmo que as vezes parecia que iria ficar doida, eu amava minha família. A energia, a zoação, as palhaçadas, isso tudo nós fazia ser uma família e tanto. Não éramos uma família de margarina, com certeza não éramos, parecíamos mais uma família de comercial de churrasco.
Eu sempre adorei a moda, gostava de combinar peças, de me maquiar, tudo aquilo me fascinava. Na minha adolescência eu era a popular, não podia ser diferente, eu era ótima em qualquer sport que eu fizesse, estava sempre arrumada e bem maquiada. Tudo podia ser mil maravilhas, mas também não era, porque eu era diferente das outras garotas, eu era Intersexual. E tudo aquilo que eu tinha para ter uma autoestima alta, não funcionava.
Mesmo sendo rodeada de "amigos", e tendo uma família bastante amorosa e maluca, não me fazia se sentir bem comigo mesmo. Sentia que podia ser menos menina por ter um pênis não invés de uma vagina, e por isso eu necessitava me vestir mais feminina e bem mais arrumada do que todas, aquilo iria fazer todos me ver como uma mulher.
Nada que fosse me associar a um menino, eu usava. Eu aprendi a usar salto com 14 ano, como também a me maquiar perfeitamente. Tênis e calça era pouquíssimo no meu guarda-roupa, eu estava sempre de vestidos ou saias. Eu tinha que me vestir mais mulher possível.
Isso durou minha adolescência toda, na verdade eu acredito que essa ideia de que se eu me vestisse mais feminina, fosse me fazer ter menos autoestima baixa rendia até hoje. Mas era bem mais controlada do que antes, mas ainda era mais de usar vestido, saias e saltos do que qualquer outra coisa, agora aquele era meu estilo, e gostava dele.
Eu comecei no mundo da internet com 17 anos, começou com uma forma de me distrair, fiz um canal no Youtube e comecei a ensinar a como se maquiar, e que tipo de tom combinava com cada pele. E mesmo que poucas pessoas me seguisse, eu não parei, mas quando eu tinha 19 anos, eu quase desmaiei ao ver que estava com dez mil escritos. foi daí que tudo começou.
Uma coisa que eu levava na Sportiva, comecei a levar a sério, com muito esforço, tudo começou. hoje com meus 25 anos, era uma Youtuber com mais de 10 milhões de escritos e mais de 20 milhões de seguidores no Instagram. E tudo ainda parecia surreal. Meus vídeos começaram a ser mais profissional, com horários pra filmar, horários para postar, que tipo de make fazer no dia.
Quando me dei conta, eu não podia mais trabalhar sozinha, por isso chamei as pessoas que mais me apoiava, que eram meus irmãos e minha melhor amiga. Regina é minha assessora profissional, era tomava conta dos meus contratos, e todo resto da minha vida profissional, a Normani era minha assessora pessoal, essa mulher sabia mais dá minha vida do que eu mesma. E já o Reth cuidava das câmeras e do cenário, ele ainda estava estudando para editar os vídeos, mas quem fazia a maioria das edição era eu, mas estava louca para dá aquele trabalho para ele.
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Todas suas Faces
Random- peguei você, sua ladra. -- a voz masculina toma conta do local. Camila apenas dá um passo para o lado olhando no corredor. O dono da loja segurava uma menina pelo braço de forma bruta, ela estava abraçada com um saco de pão, e diferente do q...