Capitulo 08

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Clarissa

Chego em casa fervendo de raiva e vou direto para o quarto.

Assim que entro a Gabi e a Carol vem atrás de mim.

— O que houve? — já entram perguntando.

— Ou quem... — fala a Carol desconfiada.

Respiro fundo várias vezes antes de começar a contar. Elas entram e sentam na minha cama.

Conto tudo que aconteceu a elas, suas reação são diversas durante a história.

— Mas vocês estavam irritados, provavelmente falaram sem pensar — Carol tenta apaziguar a situação.

— Eu sei, também disse coisas que me arrependo, foi só na hora da raiva — digo a ela. — Sei lá, a gente estava até que se dando bem antes disso, mas parece que faltava uma coisinha de nada para tudo explodir.

— O passado quando mal resolvido sempre volta para nós assombrar — diz a Gabi. — Acho que vocês deveriam se acertar, depois cada um segue o seu caminho.

— Você não entende Gabi, o buraco é mais fundo que isso — digo a ela. — São seis anos.

— E o que não entendemos? Que parte da história nunca nos contou? — Carol pergunta.

— Durante esses anos ele nunca me procurou, eu mandei cartas que voltaram — digo olhando para minhas mãos. — Fechadas, nunca foram abertas.

— Cartas? Que tempo você vive? — Gabi pergunta.

— Eu tinha o endereço deles, então resolvi arriscar. — digo dando de ombros.

— Mas os pais dele se mudaram, pode ser por isso que ele não recebeu — diz a Carol.

— Carol, eles não se mudaram a seis anos atrás, eu mandei cartas nós dois primeiros anos. Mandei e-mails que nunca foram respondidos, ligações que nunca foram atendidas. Eu procurei por ele — digo com lágrimas nos olhos. — Ele resolveu me excluir da sua vida, e talvez tenha falado sério. Ele se arrependeu de ter me conhecido.

— Não fala bobagem — Gabi revira os olhos.

— Tenho certeza que para isso tem uma boa explicação — Carol diz.

— Explicação que não quero receber, ele não me deve nada, só queria que ele fosse embora. Ou é melhor eu ir. Ir para um hotel talvez.

— Deixa de loucura, aqui é sua casa — Gabi diz.

— Tenta conversar com ele, essa noite no jantar. Ele vai vim mais calmo, aposto que querendo seu perdão. Senta e esclarece tudo.

Será que ela tem razão?
Se esclarecer tudo talvez eu finalmente o esqueça, meu coração ficará livre?

— Bem, vamos deixar você pensar sobre isso — Gabi diz. — So não vai na casa dele, espera ele vim.

— Por que? — Carol pergunta.

— A mãe dele — Gabi diz revirando os olhos como se fosse óbvio. — Ela não deve nem imaginar que você está aqui, se não já teria dado um jeito de sumir com o Rafael.

— Por que essa mulher me odeia tanto? — pergunto de forma retórica.

— Ela não te odeia, só está tentando proteger o bebê da mamãe — Gabi fala nos fazendo ri. Ela tinha razão.

— Antes de tudo acontecer eu tinha ido falar com ela, na verdade fui atrás dele em casa e ela que me recebeu — falo lembrando do que aconteceu a seis anos atrás, antes da nossa briga.

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