Capítulo 31

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Rafael

Estou na sala com a Catarina esperando a sua mãe descer para sairmos, estamos sentados no sofá encarando a tv desligada.

— A mamãe está se arrumando para você — ela anuncia. — Ficando bem bonita.

Sorri com a ideia. Mas claro que não era verdade, a Clarissa não sente mais o que sinto por ela. Meu coração aperta só em pensar.

Acho que a Clarissa só tem espaço para nossa filha em sua vida, passou tanto tempo reservada em sua vida que nunca deu a chance para o amor novamente.

Uma tarefa difícil para mim, já que quero reconquista-la.

— Podemos ir — ouço a voz dela logo atrás de nós.

Me levanto, e como que no automático meus olhos procuram os seus.

Mas são parados para observar seu corpo antes, e como ela estava linda e elegante. Ela era sempre linda e muitas vezes se vestia formalmente, pelo menos aqui que ela está trabalhando, mas foram poucas as vezes que a vi se vestir casualmente, e nunca a vi se vestir assim, se arrumar de verdade como costumava fazer quando a levava para jantar.

Ela é linda de todas as formas, mas hoje conseguiu ser um pouco mais.

— Está linda mamãe — Catarina diz. — Não é Rafa? — ela me olha com seus olhinhos brilhantes.

— Sim, perfeita — digo sorrindo e olho nos olhos da Clarissa.

— Vocês acham? Não está exagerado? — ela fala caminhando para mais perto e passando a mão em seu vestido. — A Carol, a Cami e a Gabi que me ajudaram, enquanto falava com elas em vídeo chamada — ela confessa.

— Está maravilhosa, não mudaria nada — digo sendo sincero.

Ela sorri envergonhada. Ficamos alguns segundos nos encarando, olho no olho, vejo a sinceridade em seus olhos, vejo sentimento, meu coração se enche de esperança.

— Vão se beijar? — nossa pequena fala nos tirando do transe.

Clarissa fica ainda mais vermelha com a pergunta da nossa filha.

— Vamos, se não perderemos as reservas — aviso.

Elas me acompanham para fora de casa. Abro a porta para colocar nossa filha na cadeirinha e logo depois abro a porta para Clarissa entrar. Dou a volta entro.

Logo dou partida a caminho do restaurante.

O caminho é feito à base de conversas sobre a Catarina, que não para de contar com foi divertido o seu dia, e outras lembranças que passam pela sua cabeça.

Chegando ao restaurante, abro a porta para as minhas meninas sairem, logo em seguida seguimos juntos para dentro do restaurante.

— Boa noite, temos uma reserva — falo a moça que estava na minha frente assim que entramos.

— Senhor Rafael, que honra recebê-lo aqui — a moça sorri simpática. Sorri de volta. — A mesa do senhor já está sendo preparada, peço que aguarde alguns minutos.

Assinto e olho para a Clarissa que tem um olhar curioso.

— É que fiz trabalhos importantes nessa região, que geraram muitos lucros para os locais, acabei ficando conhecido por aqui — cochicho para a Clarissa que apenas assente.

Catarina se distrai com os objetos que tinha ali na recepção.

— O senhor precisa de ajuda com alguma coisa enquanto espera? — a moça retorna a falar.

— Não, eu e a minha família estamos bem, obrigado — digo pegando a mão da Clarissa, que estremece com meu toque.

— Oh — moça diz. — Claro, vou verificar a mesa.

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