Capítulo 21

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Rafael

Acordo ouvindo algumas vozes pela casa. Faço minha higiene pessoal e vou verificar de quem são as vozes que me acordaram.

— Bom dia — digo ao ver meus amigos.

— Que milagre não acordou cedo — Pedro caçoa.

— Não estou afim de fazer nada ultimamente.

— Lembra que te falamos ontem que se soubesse um segredo dito pela Clara não poderíamos te conta? — Carol pergunta e assinto.

— Não iremos falar, mas podemos te dar um aconselho — diz a Gabi.

— Acho que você deveria ir ainda hoje atrás dela, ou pode ser tarde demais — diz o Rodrigo.

Nem pergunto o motivo. Apenas levanto e me organizo para ir.

Não poderia perder nenhuma oportunidade de tê-la nos meus braços novamente.

— Obrigado por me ajudarem — digo ao passar pela sala antes de ir.

— Se você magoar ela de novo, eu acabo com você — diz o Rodrigo com cara de poucos amigos. Sei que a Carol deve ter convencido ele de estar aqui.

Somos amigos de longa data, mas o Rodrigo e a Lissa sempre tiverem uma amizade a parte do grupo, ele a proteje desde então, e sei que não me ajudaria sem que a Carol o obrigasse.

Penso no caminho o que deveria fazer, eu nem sei o que ela planeja fazer, mas vou estar por perto, o destino se encarregará do resto.

Como de costume, vou ao parquinho assim que chego, com sorte encontrarei a Catarina para iluminar o meu dia. Essa garota tem o dom de me deixar mais leve.

Logo a vejo de longe e vou até ela. Ela parecia procurar por algo, está tão distraída que não me vê chegar.

— Olá — digo ao me aproximar.

— Rafael — ela sorri. — Estava te procurando.

— Então estou aqui — digo. — O que atormenta a sua cabecinha?

— Eu vim me despedir — ela fala.

— Despedir?

— Sim, iremos viajar, a mamãe disse que é poucos dias — ela fala meio triste. — Não queria ir. Você poderia falar com ela?

— Eu? Mas eu nem a conheço.

— Claro que conhece — ela diz. — Eu vi suas cartas no quarto dela, ela disse que eram de um amigo, você é amigo da minha mamãe.

Arqueio uma sobrancelha sem entender. De quem ela estava falando.

— Como? — a questiono.

— Eu deixei cair o meu colar, a mamãe vai ficar brava, me ajuda a achar? — ela muda de assunto.

— Claro — digo ainda confuso. — Onde o viu pela última vez?

— Estava brincando no balanço e... — ela diz e vejo um brilho no chão.

Assim que me aproximo vejo que é um colar, parece muito com o que dei a Clarissa há uns anos.

— Esse é o seu colar? Sua mãe que te deu?

— Você encontra tudo — ela sorri sem responder a minha segunda pergunta. — Sei que vai me encontrar.

Logo ela pega o colar da minha mão e sai correndo.

Seria muita coincidência?

Fico um tempo parado no mesmo lugar, preciso descobrir quem é essa garotinha e quem é a sua mãe.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora