Capitulo 30

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Rafael

Esses dias com a Clarissa e Catarina tem me mostrado como a vida por ser maravilhosa quando se tem as pessoas certas ao seu lado.

A Catarina é um amor de criança, a Lissa fez um bom trabalho com ela até aqui, e espero ajudá-la nos anos seguintes e sempre está ao lado delas.

Não voltamos a conversa sobre Portugal, sei que é tudo novo para ambos, mas temos tantas coisas para resolver. Poderia ser tudo mais fácil se simplesmente ela aceitasse a nossa reconciliação, mas a morena é dura na queda.

Hoje vamos juntar juntos, nos três, estou trabalhando em casa enquanto a Karla e a Lissa saíram para trabalhar.

Cathie passa o dia brincando no jardim, como a menina livre que é.

— Tio Rafa — ela aparece no meu escritório me tirando dos meus devaneios.

— Sim, Cathie — digo.

— Podemos conversar? — arqueio uma sobrancelha estranhando seu pedido.

— Claro, minha princesa — digo pedindo para que sente a minha frente. Assim ela faz.

— Você e a mamãe são namorados? — ela pergunta inocente.

Olho para a doce menina a minha frente com seus olhos curiosos cheios de expectativa.

— Você gostaria se fôssemos? — devolvo a pergunta.

— Acho que sim.

— Por que?

— Você faz a minha mãe sorrir, e eu fico feliz se minha mãe tiver feliz. E gosto de você Rafael.

— Eu gosto muito de você e da sua mãe , pequena — digo ela. — Mas ainda não somos namorados.

Ela sorri para mim.

— Tio Rafa, pretende pedir a minha mãe em namoro? — ela coloca as mãos na cintura. — E depois vão casar? Vamos ser uma família?

— Calma — digo rindo. — Eu amo a sua mãe, mas não podemos fazer planos que ela não queira, temos que dá tempo ao tempo.

— Mas eu achei que seríamos uma família, que você seria como o meu pai... — ela fala tristonha. Aquilo me tocou como nunca teria me tocado antes.

— Catarina — a chamo. — Você gostaria que eu fosse seu pai?

Ela da um largo sorriso para mim.

— Claro, você é meu amigo e muito legal, você é um forte candidato — não aguento não sorrir com suas palavras. — A tia Cami disse que a mamãe amou muito o meu papai e amor assim não se esquece, mas eu acho que ela te ama agora.

Olho para ela ainda sem acreditar que mesmo tão pequena conversa como uma adulta.

— O vovô disse que o tempo iria me mostrar muita coisa, acho que ele estava falando de vocês, porque o tempo que estamos aqui o que vi foi vocês se beijando e passando tempo juntos — abro a boca involuntariamente. Estou impressionado.

— Você fala tão bem — sorri. — Como pode ser tão pequena e pensar tão grande?

Ela da um sorrisinho. Em seguida ela sai correndo em direção a porta.

— Rafael? — ela me chama antes de sair. — Adoraria que fosse o meu papai.

Sorri igual um bobo com suas palavras.

O tempo passou e não consegui mais me concentrar no trabalho.

Sai do escritório e chamei a pequena para brincar, a Clarissa logo chegaria para nós irmos jantar.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora