Após limpar, escutei o celular tocando outra vez, era a chamada de um desconhecido.
Eu costumava a nao dar bola para essas ligações, mas acabei atendendo.— Oi, garota. Aqui é a Luna.. eu troquei de número mas está tudo bem.
Ela tava com uma voz de pânico, estranhei um pouco pelo fato de que ela parecia estar sendo forçada a falar isso enquanto soltava alguns gritinhos de dor.
— ah.. tud-
Antes que eu pudesse falar algo, a chamada é encerrada.
— que merda! — sussurrei baixinho, vendo meu pai descer as escadas.
Ele desceu as escadas, e ligou a televisao, onde tinha passado uma notícia de que um corpo tinha sido encontrado em um porão abandonado perto da praia.Pensei em assistir a reportagem, mas pela preguiça acabei ignorando.
Subi para o meu quarto, pegando minha mochila e colocando nas costas, descendo com o celular na mão, fui até o ponto de ônibus mais próximo de casa.
Fiquei um tempo esperando, mas nenhum parava para mim.
— que se dane, eu vou ir a pé mesmo!
falei comigo mesma, caminhando pela estrada. Parecia que eu estava sendo observada por trás, virei-me para ver quem era, mas eram só dois garotos seguindo a mesma rota que eu.
Consegui escutar a conversa, pois estavam falando meio alto.— mano, você viu que teve um assassinato perto da praia? — um garoto de dreads falou enquanto andava na rua.
— eu acordei meio perdido hoje, cara. Mas explica isso direito. — um menino de cabelos longos respondeu.
Tirei meus fones da mochila, conectando no celular e ignorando a conversa dos meninos, ja que não iria me levar a lugar algum.
Continuei caminhando pela estrada, era uma manhã um pouco fria, e eu estava quase chegando na escola.
Quando finalmente cheguei, avistei o inspetor na porta, verificando a mochila de todos os alunos, mas não entendi o motivo.
Segui para o bebedouro para encher minha garrafa que estava vazia, e uma menina de aproximou.
— você é nova? Nunca te vi por aqui. — uma morena me perguntou enquanto enchia sua garrafa juntamente comigo.
— é minha primeira vez aqui.
— se prepara, porque essa escola é mais problemática do que os doentes no hospício — ela riu e acabei dando risada também.
Fiquei um pouco curiosa para saber o porque estavam verificando as mochilas, e eu também queria descobrir qual era a minha sala, então perguntei.
— ei, você sabe porque eles estão olhando todas as mochilas daqui? — perguntei-lhe, colocando a tampa na minha garrafa e fechando-a.
— voce não ficou sabendo? — ela guardou a garrafa. — uma aluna foi assassinada hoje.
— fiquei sabendo, mas não sei quem é a tal garota
— nem eu, mas ela era loira. — ela ditou a característica. — ouvi uns caras falando isso — completou.
— eu não dou a mínima, mas já devem ter pegado o assassino, né? — eu disse e ela balançou a cabeça em forma de "não". — como não?
— garota! Você nunca ouviu falar sobre o ghostface?
ela perguntou e eu balancei a cabeça como um não.
— são assassinos daqui, parece loucura, mas é a verdade.
Depois dela dizer isso, nao consegui me conter e logo dei uma risada alta, vendo ela me encarar séria e logo fechei o sorriso rapidamente.
— que foi? é verdade, tá? — ela cruzou os braços.
— tabom, tabom. Eu acredito — gargalhei denovo e coloquei a garrafa na mochila.
— você é de qual sala? — ela perguntou e eu respondi
— nem sei, mas era pra eu estar no terceiro do ensino médio.
— ótimo, você estuda na mesma sala que eu, vem! — ela me puxou pelo braço, me levando até a sala, batendo na porta, onde adentramos e nos sentamos nos lugares devidos.
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ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢ
FanfictionApós anos depois da morte do último ghostface, Bill Kaulitz, um garoto alemão de dezessete anos, resolve se vingar de seus inimigos que o fizeram bullying na infância, voltando com o terror da Alemanha, buscando justiça pelas suas lágrimas derramada...