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estávamos no carro, ainda pensando nas perguntas que iríamos fazer.
Chegamos no hospital, Tom saiu do carro ajeitando sua longa jaqueta preta.
Saí logo em seguida, colocando uma touca na minha cabeça e mãos no bolso.

Caminhamos até a recepção, onde perguntamos se podíamos ver a vítima.
Tivemos que mentir que éramos amigos de infância, porque se não, eu duvido que deixariam-nos entrar para fazer perguntas "inúteis".
Ficamos esperando para que deixassem eu e Tom entrar.

— quem aqui tem interesse em ver a Kemolly Grove? — a enfermeira disse e eu levantei a mão, e Tom fez o mesmo. — podem entrar, por favor.

Entramos adentro do quarto , fazendo a garota ficar confusa por não conhecer nossos rostos, e a enfermeira saiu para nos deixar a sós.

— quem são vocês? — ela perguntou.

— eu sou Tom, e essa é a Zaly.. viemos aqui para te fazer algumas perguntas, podemos? — o mais velho falou e a garota acenou com a cabeça.

— bem, eu queria saber se você sabe mais ou menos qual era a altura que o ghostface aparentava ter.

— ele era alto, eu chuto 1,72. — ela respondeu e eu anotei em uma folha.

— você escutou a voz dele?

— sim! Na verdade não, eu só escutei em uma ligação, mas ele estava com um alterador de voz.

— oque ele disse pra você? No telefone — anotei sobre o mudador de voz.

— ele brincava comigo, querendo me assustar. ele perguntou qual era meu filme de terror favorito, e se eu acertasse todas as perguntas sobre o filme, ele não me mataria, mas caso errasse, eu era morta. — ela explicou.

— e você acertou todas ou errou algumas?

— e acertei a maioria, mas errei a última. — ela dizia e Tom prestava atenção na conversa.

— você tentou revidar na hora do ataque?

— eu estava cortando legumes e conversando com ele ao mesmo tempo, então sim, eu usei a faca para me defender. — ela disse se lembrando.

— você conseguiu acertar ele em alguma parte do corpo?

— não, infelizmente não.

— então o ghostface estava usando luvas, certo?

— sim, eu diria que era pra não deixar digitais pela casa ou pelo corpo da vítima. — ela resondeu encarando eu e Tom. — e também tem uma coisa que eu deveria falar pra vocês.. antes dele atacar, ele faz brincadeiras e piadas, como um cara normal. Mas depois começa a ficar estranho.

— tudo bem, era só isso que eu precisava mesmo, obrigada Kemolly, e melhoras! — eu me levantei da cadeira, acenando para ela e Tom ia logo atrás de mim.

Fomos até o carro, onde entrei, vendo as informações que eu tinha anotado. Eu estava tão oncentrada que acabei esquecendo de fechar a porta.
Tom fechou ela para mim, me fazendo tomar um susto.
Ele entrou no carro denovo, me encarando.

— essa história está uma bagunça.. alguma coisa não encaixa. — falei confusa. — qual é o motivo do ghost matar? Por passa-tempo ou motivos? Preciso descobrir sobre as vítimas anteriores, vai que elas tem alguma ligação com a Kemolly?!

— vcê está querendo dizer que o ghostface atacou alguém que fez mal a ele, por isso ele só está focando nos adolescentes, talvez ele seja também! — Tom disse, parecendo entender oque eu estava falando.

— ISSO! Temos que ver se esse grupo de vítimas se meteram em confusão com uma só pessoa, e então pegamos o culpado.

Ele sorriu para mim, colocando a mão no volante, nos levando para casa outra vez.
Eu nao acho que poderíamos ter algum tipo de relacionamento. Até porque, somos uma ótima dupla, mas apenas para trabalho.
No caminho, tentei lembrar se Luna e Kemolly se conheciam de algum lugar, pois as duas foram vítimas, devem ter alguma coisa.
Eu não lembrava do rosto de Kemolly, era como se eu nunca tivesse visto ela na vida.

— Tom, podemos passar na casa da Luna por alguns minutos? Preciso verificar alguns documentos dela. — ele aceitou a ideia, me levando até a casa de Luna com a minha ajuda.

A casa estava vazia, creio que os pais estejam em outro lugar por conta do falecimento da garota.
Era certo, eu ter ido no funeral, mas eu não queria presenciar aquele momento horrível.
Entrei pela porta do fundo, ela sempre estava aberta.
Adentrando para dentro, subi até o quarto da garota, vasculhando por alguma pista.
Encontrei a carteira de vacina dela, oque seria bastante preciso, já que eu queria ver as informações primeiro. Como nome completo.
Mexi em mais alguns papéis, encontrando uma carta.
Nela declarava suicídio, mas não era a letra dela. Parecia ser de outra pessoa, mas eu só não sabia quem.
Enfiei o papel no bolso da blusa, anotando o nome completo dela no meu caderno.

Saí de lá rapidamente, voltando para o carro e dizendo para Tom que tinha conseguido algumas pistas que poderiam ajudar.
Agora sim, podíamos ir para casa.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora