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A festa continuou normalmente, até que escutamos um barulho muito alto do lado de fora, algumas pessoas gritavam desesperadamente. Tom já tinha saído de perto de mim, então caminhei até a saída da festa.
Vi dois meninos brigando, era uma briga normal, tinha socos e chutes, porém algo mudou quando eu virei-me para trás para ir pra dentro da festa novamente, vendo um dos meninos tirando uma faca do bolso, acertando a perna do outro.
Todos começaram a entrar em desespero. O garoto cujo dono da faca, jogou ela no chão, comeando a correr com as mãos na cabeça, percebendo a merda que tinha feito.
Quando vi o sangue começar a escorrer pela roupa dele, vi pessoas correndo para longe, e apenas algumas ficaram pra acudir o que tinha se ferido.
Corri para dentro da festa, avisando Tom, que correu para fora, vendo a cena e começando a tremer.
Eu via sangue por todo lado, ja tinha começado a molhar tudo o chão.
Peuei na mão do Kaulitz, levando ele pra dentro da boate, falando para o mesmo.

— escuta, a gente precisa sair daqui! — falei ainda agarrada na mão dele.

Ele apenas acenou com a cabeça, me puxando para dentro do carro. Ligando o mesmo, e saímos do local, vendo algumas pessoas chorando de desespero na estrada.
Minutos depois, escutamos barulhos de helicóptero voando por cima do carro, vindo em direção a boate.

Tirei o celular do bolso, ligando para o meu pai, mas ele não atendia.
Ligei pela última vez, vendo ele atender a chamada.

— pai, preciso que me escute.. eu vim pra uma boate com um amigo meu, mas acabaram esfaqueando um garoto do lado de fora da boate, e eu acho que é o Andry — falei tentendo recuperar o fôlego, e o mais velho ficou em silêncio, ainda tentando entender.

Andry é meu irmão mais velho. Não de sangue, porque ele é filho da minha madrasta. Porém os traços do menino era muito semelhante á ele, coloquei toda a minha certeza que tinha visto Andry levando a facada na perna.

O mais velho desligou a ligação, e depois de um tmpo não consegui mais mandar mensagem e nem fazer ligação, por que seu celular estava sem sinal.

Fui para casa de Bill e Tom, para passar a noite lá.
Enquanto estávamos no carro, tom tentava se acalmar, tirando um cigarro da carteira e acendendo com um isqueiro.
Fiquei um pouco surpresa, pois não sabia que ele fumava.
Ele assoprou a fumaça, deixando a mão pra fora da janela, evitando que a fumaça entrasse no carro.
Ele me ofereceu um, então acabei cedendo.

Levi minhas mãos até a carteira, tirando o cigarro e acendendo, mas acabei me engasgando na primeira tragada, me fazendo tossir fumaça.

— você nunca fumou antes, não é? — ele perguntou ainda sem olhar para meu rosto.

— nunca. — ele riu depois da minha frase, revirei os olhos, abrindo a janela, colocando o cigarro para fora também.

chegando no local desejado, saí do carro ajeitando a minha jaqueta, bati a porta com força, fazendo tom reclamar pela força que eu tinha fechado, mas não liguei.
Entrei na casa, reparando em todos os detalhes que ela tinha, a maioria dos objetos eram e vidro. Era casa de gente de classe alta, só de olhar aquilo, ja me dava dor de cabeça.

— onde eu vou dormir? — perguntei me sentando no sofá.

— no quarto de visitas.. tem bastante espaço la então você vai se sentir bem. — ele falou pendurando a chave do carro em um porta chaves que tinha colado na parede. Seguindo até a porta da sala, trancando a mesma.

Subi as escadas com ajuda do corrimão, vendo uma porta onde tinha um desenho de caveira no centro, em seguida, Bill saiu daquele quarto, ele estava com o rosto limpo, sem nenhum tipo de maquiagem.
Ele ignorou a minha presença, descendo para a cozinha pegar um copo de água.

Fui até o quarto onde estavs vazio, tirando minha bota, colocando ela de lado da cama.
Me joguei nela, que era macia e confortável.

— se eu dormisse todo dia em uma cama dessas, eu nunca mais seria triste.. — disse eu comigo mesma, me esfregando na cama.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora