ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢ

07

Acordei pelo meu pai cutucando meu ombro, falando para eu olhar oque estava passando na tv. Ainda com sono, abri os olhos, vendo a reportagem.

"nesse manhã, foram encontrados três corpos de três adolescentes. Todos aparentam ter sofrido um homicídio violento. Não sabemos quem são os adolescentes, mas veremos mais tarde. Aparentam também, serem mortos a facada. Nada além disso. Todos foram encontrados em um acampamento, perto do centro da cidade, logo ao lado de um prédio abandonado. Acharemos o culpado á qualquer custo, e procuramos por justiça."

— meu Deus — eu encarava a tv boquiaberta. — Luna sumiu desde ontem e eu também recebi uma foto estranha.. — sussurrei para mim mesma.

— oque? — o mais velho perguntou.

— nada, pai. Hoje é sexta então eu vou ir pro colégio, preciso conversar com algumas pessoas de lá.. e acho que não se importam de ir de pijama né?

me levantei da cama, colocando meu all star preto de cano alto, pegando a mochila, indo para a porta sem ao menos lavar o rosto ou pentear o cabelo.

Eu corria pela estrada, eu estava atrasada hoje, e eu não queria levar um esporro do insetor outra vez.
Na escola, cheguei respirando fundo, tentando manter a calma e recuperar o fôlego perdido.
Acabei entrando, mesmo por cinco minutos de atraso, corri para minha sala, colocando a orelha na porta pra escutar quem era que estava dando a aula. Até que a porta é aberta e eu acabo caindo para dentro.

— ei, ei, ei, toma cuidado garota — Tom dizia me segurando pelos braços, entre risadas ele me ajudou a levantar.

Empurrei ele pra trás, indo até a minha mesa. O professor me encarou, apontando para a porta falando pra eu sair, joguei minha mochila no chão, saindo da sala e batendo a porta.
Sentei na arquibancada da quadra, com as mãos apoiadas sobre o banco, olhando alguns meninos jogarem basquete na aula vaga.

Eles jogavam muito mal, até eu sabia jogar e eles não.
Tirei meu celular do bolso, atendendo uma chamada do meu pai.
Abri um sorriso, escutando ele falando sobre eu ter que ficar sozinha em casa pois iria sair para o trabalho a noite toda.
Eu sabia que não era trabalho coisa nenhuma. Mas não me importava, eu iria ficar sozinha e isso que me fazia ficar contente. Ele avisou que a chave estaria debaixo do tapete para eu abrir a porta quando chegasse da escola.

Bateu o sinal para a próxima aula, entrei na sala então, inventando a desculpa para a profesora que eu havia ido no banheiro e acabou batendo o sinal enquanto eu estava fora. Ela acabou acreditando e eu sentei no meu lugar. Tom se virou pra trás, me perguntando:

— ei, vai ter festa em uma boate aqui perto, você quer ir? Eu tô sem par, preciso de companhia. — ele perguntava, e levei meu olhar para Bill, que me olhava com um olhar meio sério, mas eu aceitei.

— claro! Que horas?

— olha, começa as 11h da noite, mas podemos ir mas tarde.

— fechado — eu bati em sua mão , voltando a atenção para a aula.

[...]

A aula finalmente acabou, me fazendo guardar todos os materias, caminhando até a saída. Hoje demorou para acabar. Saí de lá era 7 da tarde.
O motivo? Tive que fazer provas que eu não tinha feito. Como era final de ano, eu tinha que me esforçar para conseguir passar.

Dessa vez, peguei ônibus para chegar mais cedo em casa, que deu certo. Eu já tinha pensado que iria ter que ir a pé, mas consegui entrar em um ônibus.

Sentei no último banco, colocando meus fones de ouvido, ouvindo minha playlist dos anos 90s. Essa playlist era meu vício, e eu amava ela.
Encostei a cabeça na janela, apoiando minha cabeça na palma da minha mão.
O motorista parou na frente de um ponto, que não era nenhum pouco perto de casa. Mas acabei aceitando e pegando um caminho mais curto pra casa.
Eu estava extremamente cansada. Logo que cheguei, me joguei na cama, dormindo outra vez.