De volta ao caminho do meu quarto, Bill não me segurava com força no braço como um dos enfermeiros faziam comigo. Ele sabia que eu iria me comportar e não teria coragem de correr para algum lugar. Até porque, com uma arma apontada para o pescoço, ninguém teria a vontade de fugir.
Vi que Bill não havia trancado a porta quando adentrei, apenas encostou ela e se retirou do local. Meu pensamento falou mais alto, e quando ele se afastou de onde estava. Dava para escutar barulho de pessoas correndo e coisas sendo jogadas no chão. O pânico tomou conta do lugar. Passos frenéticos corriam em todas as direções. As pessoas gritavam e suas vozes fundiam ao forte som da sirene, fazendo um pandemônio.— Verônica está no corredor! — bombado gritou.
— E uma das minhas facas sumiu da cozinha! — outra voz acrescentou.
Abri a porta lentamente e vi enfermeiros correrem por todas as direções. Passei despercebida pois pareciam ter esquecido de mim. Perfeito! Corri para a porta dupla de vidro, porém estava trancada, claro que estaria. Eu me perguntava onde eu iria correr depois disso, até que eu entrei correndo no escritório da recepção. Era a minha chance de me contatar com Tom. Peguei o telefone, mas estava sem linha.
O computador fazia seu ruído normal. Inclinei-me sobre um dos teclados; não conseguia me concentrar por causa do som estridente da sirene. Meus dedos tremiam de ansiedade, mas, depois de me atrapalhar um pouco, abri o programa de e-mail."Sou eu! Trancada em Leechwood , a casa dos malucos! Eles acham que meu nome é MIRELLA SCOTTY! Acabei de vir aqui na recepção e não sei oque fazer! Por favor, TIRE-ME DAQUI!!"
Eu não podia mencionar o nome do Bill de jeito nenhum.
Eu ia escrever mais, mas ouvi passos ainda mais próximos no corredor. Cliquei em enviar, excluí a mensagem da pasta de enviadas e já estava me levantando da cadeira, quando alguém apareceu na porta.
Congelei quando me virei e vi uma mão empunhando uma faca. O lado afiado da lâmina estava a centímetros de meu rosto.— Verônica, o que você está fazendo aqui? — falei da maneira mais calma que pude.
— Apenas.. me certificando — ela respondeu, olhando-me intensamente nos olhos, sua respiração esquentando meu rosto. Seus olhos estavam arregalados, quase saltando do rosto avermelhado. A faca continuou a virar e estava tão perto de mim que cheguei a ver, de relance, meu reflexo em sua superfície metálica.
Eu estava calma, tentando manter a respiração boa para ter fôlego o suficiente para começar a correr, porém, entretanto, ouvi passos pesados no corredor e um garoto entrou dentro da sala, seguindo atrás de verônica, Bill.
— Calma, ela é uma de nós. — Bill disse falando de mim se aproximando de verônica com calma, fazendo que ela respirasse fundo.
— Talvez essa sua amiguinha pudesse parar de ficar assustando as pessoas com facas.
Ela olhou para a faca em sua mão e depois novamente para mim. Ficamos apenas nos olhando por um bom tempo. Ela fungou um pouco e limpou o nariz com as costas da outra mão, porém continuou segurando a faca com firmeza.
— Bem, Mirella, não é? — Verônica disse me olhando com os olhos quase vermelhos e deu rosto havia pequenas gotas de sangue.
— Meu nome não é Mirella.
— Perdão, como posso te chamar então? Garota psicopata? — ela riu, me lembrando do que eu havia mencionado pelos corredores. — Não fique ofendida. É oque a gente faz quando é está no desespero. Não é mesmo, Bill?
Ela se aproximou de Bill, colocando sua palma da mão no abdômen do gêmeo, oque fez meu sangue ferver por um momento.
O garoto logo tirou a faca que estava entre as mãos na menina e colocou em cima da mesa que servia de apoio para alguns computadores velhos que haviam lá.
— Eu sou Zaly — estendi a minha mão para que ela apertasse, então quando ela tocou contra a minha, a puxei para perto e encostei minha boca em seu ouvido, sussurrando baixinho. — Nem ouse pensar que Bill gosta de você, garota. — soltei a mão da menina irritada e me afastei com um sorriso forçado no rosto.
— Zaly, venha aqui um pouco — o gêmeo agarrou no meu braço e me empurrou para um canto da parede, onde ficou de frente para mim e Verônica tentando observar a conversa. — Não tente arrumar briga, vamos trabalhar em equipe e preciso que vocês tenham lealdade uma com a outra.
Quando escutei aquilo, não pude conter a minha risada, pois só do jeito que verônica falava com aquela voz de criança irritante já fazia meu sangue subir pela cabeça.
Então ri baixinho, e logo fiz uma cara de deboche e respondi:— Sabe oque ela é? Uma vadia.
— Zaly, não começa. — Bill apertou os olhos.
— Uma garota de merda!
— ZALYA! — ele gritou, já sem paciência.
— Ela vai te enganar, e não vai ser uma, nem duas, vai cem milhões de vezes! — continuei.
— Ela me conhece há tempos, eu sei que ela não vai fazer nada, eu já pensei nisso. — ele completou a frase.
— Ah, já pensou? Com a cabeça de baixo? — respondi com um pouco de deboche os lábios quando o mesmo me empurrou contra a parede com o dedo indicador.
— Então vamos fazer como você disse — Bill continuou com o dedo em firmeza. — Não se meta na minha vida, que eu não vou me enfiar na sua.
— Se for preciso eu vou me enfiar na sua sim! — respondi com as sombrancelhas arqueadas.
— Deixa ele, garota! — verônica gritou em um tom de deboche, típico de garota sádica e chata.
— E você cala a sua boca! — apontei o dedo para a mesma que veio em velocidade em minha direção, mas como eu estava com as costas na parede e Bill na minha frente, ele impediu ela de que pulasse em mim.
— Volta pro seu quarto, Verônica. Amanhã temos muitas coisas para conversar, e coisas para pôr em prática. — ele empurrou a garota para trás que olhou ele com os olhos confusos e saiu do local, se deixando ser pega por um dos enfermeiros.
— E eu te levo para o seu quarto novamente. — ele tentou agarrar a minha mão, mas rapidamente a tirei da posição e enfiei nos bolsos.
— Eu vou sozinha.
— Vai lá então, garota psicopata.
Bill riu quando avistou Zaly saindo pela recepção que colocou á mostra seu dedo do meio.
Nota da autora: Desculpe-me pelo capítulo tão curto e coisas sendo mudadas; ou até mesmo personagens novos sendo adicionados. Como verônica, podemos imaginá-la com a aparência da Tokyo (lcdp) só para não ficar muito confuso. Porém, a imaginem do jeito que quiserem, desde que não atrapalhe a leitura.
Não seja um leitor fantasma, caso gostar no capítulo, comente e não se esqueça das estrelinhas! Isso me incentiva para poder continuar.
Beijinhos, Mavie!
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ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢ
FanfictionApós anos depois da morte do último ghostface, Bill Kaulitz, um garoto alemão de dezessete anos, resolve se vingar de seus inimigos que o fizeram bullying na infância, voltando com o terror da Alemanha, buscando justiça pelas suas lágrimas derramada...