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Minha mão estava tremendo quando ergui o telefone para meu ouvido. Então, ouvi a voz de Bill, e meu coração congelou. Eu sabia que havia algo errado, mas nenhum pensamento poderia ter me preparado para o que ouvi a seguir.

— você descobriu.

disse ele, com uma voz calma que contrariava a gravidade das suas palavras. Havia um desespero nos meus olhos, mas ele soava confuso, como se não pudesse acreditar que ele estava falando a verdade.
Eu sabia o que tinha acontecido, e meu estômago virou de nervosismo. Tinha descoberto a verdade, e sabia que era uma ameaça para a minha segurança. Mas eu não podia deixar que ele agisse assim, não podia deixar ele machucar as pessoas que eu amava.
Eu sabia o que tinha que fazer, e a ansiedade tomou conta de mim enquanto eu me preparava para agir. Então ouvi um barulho fora da minha porta, e meu coração parou. Eu sabia que ele estava lá, e que não havia escapatória.

— ela está aqui.

disse ele, em um tom de desafio, e ouvi os passos se aproximando. Então, eu ouvi um som que fazia meu sangue congelar, e soube que era tarde demais. Eu tinha descoberto a verdade, e agora era tarde.
Eu imagina qualquer pessoa, menos ele. Até porque eu não saberia que ele tinha assassinado minha melhor amiga, isso me deixava com muita raiva, eu não iria perdoá-lo muito cedo.

Entrei no meu quarto, peguei uma faca que havia dentro do meu guarda-roupa e em seguida desci ao porão, onde tinha uma porta a prova de som, então podia ligar para a polícia sem chamar a atenção dele.
Caminhei até o banheiro, que era grande, por sinal. Peguei uma cadeira e coloquei de frente com o espelho.

encostada na cadeira, olhando-me no espelho. Vendo no que eu me tornei nesse tempo.
Parece que as pessoas não fazem sentido, nenhum.
Encaro as lágrimas deslizarem no meu rosto, não podendo mais segurar o choro.
As lágrimas são quentes, minha respiração começando a apertar.
Ainda encarando, consigo enxergar no quão fundo eu fui parar. Como um sonho bonito.. que acabou virando em um pesadelo horrível, onde nunca tem o final.

— eles sempre voltam.. — sussurrei para o meu reflexo.

Sinto-me tão pequena e frágil. Me seguro na frente do espelho, encarando meus olhos encherem de lágrimas outra vez.
As vozes da minha cabeça, me fazendo desabar no chão.
Não consigo me deixar ir, eu peço por mais algum outro tempo. E no final ninguém aparece.
minha alma já não tem espaço para continuar parada, aguentando cada dose entrando pela minha garganta, parando no meu estômago que começava a arder. Deixe-me apenas morrer denovo.

Eu estava cansada daquilo, eu apenas queria ficar inconsciente por um tempo, mesmo sabendo que depois, eu iria acordar e lembrar de tudo oque eu tinha feito e visto no dia anterior. Meu corpo acabou perdendo a força, me jogando contra o chão, onde consegui dormir, mesmo com os membros doendo por causa da queda.

 Meu corpo acabou perdendo a força, me jogando contra o chão, onde consegui dormir, mesmo com os membros doendo por causa da queda

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Bill Kaulitz

Eu não queria assustar a garota, eu apenas queria conversar com ela. Confesso que eu me arrependo muito por ter me envolvido com ela.
Desci para o porão, vendo que a porta estava trancada. Consegui pegar a cópia da chave em uma gaveta que achei na cozinha, assim abrindo a porta, vendo a menina jogada no chão, ela parecia pálida, mas aparentava estar dormindo.
Parado, me deito ao seu lado enquanto o mundo chove.
Pensando no que eu iria fazer depois disso tudo que aconteceu entre a gente, mas alguma coisa no fundo me dizia "resolve logo os problemas que você se envolveu antes".
Olhando para o teto, imaginando em como as coisas seriam diferentes. Mas acabei me acostumando com a vida que levava, então não mudaria nada daqui pra frente.
Encarei a menina que estava aos poucos querendo acordar, mas toda tentativa que fazia, ele desistia e voltava a dormir.
Me contentei com oque eu estava fazendo, passando a mão entre os seus cabelos, tirando-os dos seus olhos que estavam atrapalhando a vista para eles.
No fundo, eu sinto tanto que seu peito sofre.
Mesmo que eu levasse a vida de uma maneira turbulenta, não poderia deixar de cuidar da minha parceira.
Pelo susto, não deve ter conseguido aceitar, mas se teve coragem para matar, poderíamos ser uma dupla caótica.
Eu não deveria estar me envolvendo com coisas desse tipo, mas eu queria muito poder mudar isso.
Eu ainda estava com a roupa de ghostface por conta de ter realizado as ligações, porém então fui para casa a pé, chegando no local, fechando a porta devagar e me virando para a cozinha, onde eu iria tomar um copo de água.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora