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Desliguei a chamada, deixando o celular em cima do sofá, subindo para o quarto de brady, meu irmão mais novo.
Observei o garoto dormindo, mas logo começou a se mexer pela cama.
Me aproximei dele, vendo ele se sentar na cama com um olhar de curiosidade.

— quem estava aqui em casa já hoje? — ele perguntou coçando os olhos e eu me sentei na cama.

— ninguém, amor.. — passei minhas mãos pelo cabelo loiro do pequeno. — deite-se denovo, está tarde e você tem tempo para dormir.

— eu não tô com sono, eu tô com fome— ele ficou em pé na cama. — eu quero comer alguma coisa.

— tudo bem, vamos lá— peguei o pequeno no colo, saindo do quarto, indo até a cozinha, pondo ele sentado em cima da mesa. Abri a geladeira, vendo que estava vazia. — vixe.. — voltei para onde ele estava, acariciando sua mão.— escuta, eu vou ir em um mercadinho que tem aqui perto, deve estar aberto. Oque você quer comer?

— pode ser qualquer coisa — ele respondeu com um sorriso sem mostrar os dentes.

— está muito frio, eu não posso te levar junto. Pode ficar aqui enquanto eu vou lá? — ele acenou com a cabeça. — se alguém bater na porta, não abra. — eu disse lembrando do ghostface. — e se o telefone tocar, não atenda.

— porquê, Zaly? — Brady perguntou e eu respirei fundo.

— pessoas más. — respondi soltando sua mão, indo até o quarto, onde peguei um dinheiro que tinha achado dentro da mochila escolar. — coloque um desenho pra você assistir, e se cuida.

Desci pelas escadas, abrindo a porta e saindo para a estrada, trancando ela por fora.
Coloquei meu capuz na cabeça, indo até o mercado que funcionava 24h.

Eu estava em uma discoteca, sentado na cadeira da sala, com uma bebida na mão

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Eu estava em uma discoteca, sentado na cadeira da sala, com uma bebida na mão. Eu estava confuso e desorientado, como se não soubesse onde estava. Meus olhos estavam arregalados e eu sentia minha respiração pesada. Eu estava tentando me manter consciente e se levantar, mas minhas pernas pareceiam frágeis e incapazes de suportar meu peso. De todos os jeitos, tentava falar, mas minha língua parecia estar presa na boca. A festa estava ficando mais animada, com música alta e pessoas dançando. Eu sentia que estava perdendo a noção do tempo. Tentava olhar em volta para ver se alguém queria me ajudar, mas ninguém parecia notar minha presença.
Todo mundo estava passando passando dos limites, mas foda-se, eu iria pegar mais uma bebida.
Me virei para o balcão, pedindo outro copo de whisky, eu não falava, apenas apontava para a que eu queria e era entendido.
Parecia que eu estava perdendo o controle, era pra ser uma noite tranquila, mas acabou virando em bagunça.
Minha visão começou a escurecer após eu tomar o primeiro gole da garrafa.

— ei mano, você tá pálido! — um cara apareceu ao meu lado, segurando meu ombro. — quer que eu te leve pra casa? — ele perguntava mas eu não conseguia falar. Apenas dei a ele meu celular, que apontou a câmera para o meu rosto, pro desbloqueio facial funcionar. Vi ele mandando uma mensagem para Zaly, mas ela não visualizava. O menino me pegou pelo braço, me levando até o carro. — acho que você nunca esteve tão chapado — ele disse, me ajudando á entrar no banco do passageiro.

— me leve até a casa 213, por favor — eu ditei o número da casa da loira, pois sabia que ela iria me ajudar, diferente de Bill que provavelmente estaria dormindo. Ele acenou a cabeça, me levando até o lugar desejado.

Encostei minha cabeça no vidro do carro, olhando para a estrada vazia que estava naquela madrugada.
Eu não estava prestando atenção á onde eu estava indo, até porque meus olhos mal conseguiam ficar abertos.
Senti o carro parando em um lugar fechado. O garoto me puxou para fora do carro, me jogando no chão e dando alguns chutes no meu rosto, fazendo meu nariz sangrar.

— para, por favor! — eu implorava enquanto recebia os chutes. Derrepente eu tinha voltado a ter treze anos e estava sofrendo bullying na escola.
O homem puxou meus dreads, arrancando meu boné da cabeça, jogando no chão e pisando em cima.
Depois de um tempo, ele me virou de costas pra cima, pisando com toda a sua força na minha perna, me fazendo gritar pela dor que estava sentindo.
Ele me puxou pela blusa, meu pescoço estava machucando pois ele estava sendo puxado para trás.

— você é um babaca, Tom. — ele falou gritando no meu ouvido, em seguida ele me soltou no chão, entrando no meu carro e dirigindo estrada a fora.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora