08

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Cheguei na festa, vendo algumas garotas dançando na pista, entre delas, tinham muitas pessoas bebendo e virando copo de cerveja na boca. Aquele lugar nao era pra mim.

— não sabia que curtia festa — Tom disse vendo que eu realmente tinha vindo.

— e não curto mesmo — falei pegando um copo de refrigerante.

— faz tempo que não te vejo — ele  se ajeitou no balcão.

— há 3 segundos.

— tudo bem, o seu jeito palhaço não mudou nada — ele riu.

— pra você, não — coloquei o canudo na boca. Tomando um gole do guaraná.

— me diz aí, oque aconteceu com a menina da esgrima? Do nada ela virou guitarrista, não tô entendendo — ele diz fingindo de sonso, vendo meu colar que tinha uma palheta.

— digamos que eu quis experimentar outras coisas.

— experimentar outras coisas.. — o garoto diz meio pensando alto e eu fiquei quieta. — mas confesso que eu nunca vi uma guitarrista tão bonita.

— e eu nunca vi um esgrimista tão chato — falei rindo um pouco — tudo oque eu quero é sair daqui.

— posso te contar um segredo? Eu também não curto festas, mas até que essa está valendo apena. — ele diz

— aé? E oque está fazendo isso valer apena? As bebidas?

— você.. — ele diz me olhando, mas dessa vez ele não estava sorrindo. Era uma cara limpa, sem expressão. Ele parecia estar pensando em algo.

— ah se manca, rival — falei dando um tapa no seu ombro, pra tentar disfarçar que eu tinha ficado desajeitada com aquele olhar.

— rival? Não lembro de ter te derrotado na última luta que tivemos. — ele falou entrando no assunto sobre esgrima.

— é porque você perdeu, esgrimista.

— é? Perdi é? — ele disse se aproximando do meu rosto.

— sim, perdeu feio. — falei me aproximando também.

— e então isso me torna insignificante pra você? — ele me pergunta.

— não exatamente, você não sai da minha cola e então sei lá, não tem como esquecer. — falei olhando pro nada. — e eu sou insignificante?

— você? Nunca vai ser.. até porque você é Zaly Hoffmann.— ele disse guiando sua mão lentamente pra minha cintura, para ter certeza que eu estava confortável com aquela pegada.

— eu sei disso, não precisa me lembrar de quem eu sou, eu já tenho uma noção que eu sou o terror das mães — falei metendo uma piada no meio da conversa, fazendo o menino rir.

— aí você tem um bom ponto — ele ri. — mas só quero te mostrar do que eu sou capaz.

— está dizendo que vai me tirar pra um desafio? Esgrima?

— entendeu certinho. — ele falou sério. — vamos ver quem ganha?

— e qual seria o prêmio para o vencedor? — virei meu pescoço para o lado.

— ah, você que sabe. Mas quero que envolva os dois por mais de 10 minutos — ele disse voltando pro seu lugar.

— fechado. Vai perder feio hein, Kaulitz.— falei estendendo minha mão para que ele apertasse. Ele agarrou com força e me puxou pela mão. Com que nossos rostos estejam quase encostando.

— é oque vamos ver, guitarrista. — ele disse com aquele mesmo sorriso.

— já ganhei uma vez, posso muito bem ganhar denovo.

— prometo que dessa vez eu te esculacho — ele diz soltando minha mão.

— não é capaz o suficiente.

nessa hora, o garoto passou alguns segundos pensando e rapidamente se aproximou de mim e me acertou um beijo rápido no canto do lábio, não deu tempo nem de sentir nada e muito menos de reagir. Eu só assisti seu corpo vim com velocidade perto do meu rosto.

— fui capaz disso, certo?

— golpe sujo. — disse eu olhando pro lado. — nem deu pra sentir nada

— não foi um golpe sujo se você deixou. Admita guitarrista, eu sei que você quer. — ele disse e eu pensei por alguns segundos e logo respondi.

— talvez sim, talvez não..

— e como eu posso descobrir que você está afim disso?

— acho que.. a noite é longa e.. vamos ver se consegue.

— está me provocando, guitarrista? — ele disse pegando na minha mão que deslizava. Fazendo carinho na parte de cima da mão.

—  e se eu estivesse?

— tomo isso como um pedido de outro beijo. — ele diz me puxando novamente fazendo que nossos rostos qusse se encostem.

— não, não foi um pedido.

— não? — ele me olha com um olhar de decepção sarcástica no rosto. No entanto, ele continua segurando minha cintura com força, como se nao quisesse que eu saísse daquela posição. Ele queria tentar algo denovo.

— não. — o encarei séria.

— você quer isso mais que tudo, não é? — ele diz sorrindo denovo. Um sorriso sem mostrar os dentes. Ele parecia estar calma, tentando se encorajar para me beijar denovo.

— não Tom, eu realmente não estou afim!

— então porque ainda está me provocando? Porque ainda continua nisso? Pelo oque eu saiba quem provoca quer que algo aconteça, certo?

— esse não é o caso. — manti meu rosto sério.

— é o caso — ele diz se aproximando mais. — e se eu te beijasse, hein? — ele diz e ri — não vai conseguir impedir.

Dei um empurrão no ombro do menino, fazendo ele quase cair pra trás.

— acho que consigo — cruzei os braços, fazendo uma cara de deboche para ele. — fica esperto, viu? Moleque!

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora