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Ele desapareceu da minha vista depois de um longo tempo

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Ele desapareceu da minha vista depois de um longo tempo. Eu nunca mais me submetia á uma coisa dessas outra vez. Porque ele tem de ser tão teimoso?
Agora ele sabia a minha indentidade. Eu realmente queria que tivesse dado certo.

Fui para casa, tomando um banho quente depois daquilo, colocando as roupas para lavar na máquina, é claro.
Limpei minha máscara, que por sinal estava suja de vermelho.

Desci para a cozinha outra vez, pegando uma panela e colocando em cima da mesa, indo em seguida ao armário, em busca de um pacote de pipoca para me alimentar.
O novo filme de terror estava fazendo sucesso na Alemanha, e eu não poderia perder essa.

Muitos iriam ao cinema para assistir, porém eu não queria sair outra vez, pois estava bastante cansada pra ficar rodando por aí á tarde da noite;
Coloquei azeite na panela, e em seguida despejei o milho, colocando a tampa e levando ao fogo, escutando o telefone tocar.

A mulher vai até o sofá, se sentando com as costas apoiadas nele. E não é cavalheiro chamar senhoras tão tarde da noite. O telefone continua tocando, seu toque é contínuo. Resolvi atender, escutando uma voz como gravilha do outro lado da linha.

— você sabe… você não deveria responder chamadas tão tarde. — a voz estranha disse do outro lado da linha, eu sabia quem era.

— ótimo, então eu vou desligar. — falei prestes á encerrar a ligação.

— ESPERA, eu tenho uma oferta para você. — ele disse.

— eu não quero saber de nenhuma oferta, tenha uma ótima noite.

— espera aí, por favor! Pode pelo menos me ouvir? — a voz continuou a falar.

— oque você quer, cara? Vá procurar outra pessoa para fazer suas brincadeiras.

— por favor! Passe apenas alguns segundos me ouvindo, eu só quero conversar.

— quem é você? — perguntei.

— eu sou apenas alguém que quer conversar contigo, isso é tudo. Eu não tenho nenhum mal intencionado. Me chamo Ghostface.— logo em seguida, eu ri da frase.

— bem, então prazer, Ghostface. — me fiz de tonta. Talvez não seja o principal, o ghostface sempre agia em dupla, deve ser o outro.

— o prazer é todo meu, querida. Posso lhe fazer algumas perguntas?

— fique avontade. — respondi escutando as pipocas estourarem.

— certo, obrigado. Podemos começar.. quantos anos você tem?

— tenho dezesseis. — falei

— perfeito. E a sua altura?

— acho que.. 1,67? Não lembro-me direito.

— seu peso?... — ele perguntou outra vez e eu fiquei em silêncio. — vamos lá, vai dar tudo certo, apenas me responda.

— olha, eu acho melhor eu desligar. Você está fazendo isso de propósito.

— é só mais uma pergunta a mais. — ele completou. — quero saber do seu último relacionamento. Se sente bem?

— escuta. Eu não quero falar com você, coloca essa merda na cabeça e some do meu caminho!

— apenas responda a minha pergunta. Você sente algo pelo seu ex namorado? — ele perguntou outra vez, não iria desistir tão cedo.

— porque tanto interesse nos meus relacionamentos? Está interessado em mim, ghost?

— posso estar, mas isso não interfere em nada que posso fazer com você. — após isso, chacoalhei a panela. — você tem interesse em mim?

— não tenho e nunca vou ter. Nem te conheço.

— sei o suficiente sobre você. — o mascarado continuava com a voz baixa. — que tal nos encontrarmos em algum local?

— pra quê? Pra eu te encontrar ou você me matar?

— a não ser que seja necessário? Eu não mato as pessoas que eu gosto, Zaly. — ele respondeu.

— ah sim, você me conhece.

— seja honesta. Você iria?

— aprendi a não confiar em ninguém, agora muito menos em você. — respondi meio seca.

— tem alguém que você possa confiar ou confiava?

— bem, tinha a minha mãe. Mas ela acabou abrindo algumas cicatrizes.. — ergui a manga da blusa, olhando para as marcas, respirando fundo.

— ela te disse coisas ruins enquanto você estava crescendo? — o mais velho ditou. Ele parecia me conhecer muito mais do que eu imaginava.

— suponhamos, sim. — respondi outra vez, ajeitando a blusa, cobrindo os machucados.

— porque não confia em mim?

— porque você é um assassino? Não está óbvio?

— e se eu te pedir por favor? — ele parecia querer se aproximar de mim, queria confiança. Como se não quisesse me perder agora.

— cara, fala logo de uma vez oque você quer, porra! Estou te perguntando isso desde o início!

— tudo bem, como quiser. — escutei a respiração pesada no outro lado da chamada. — está preparada para escutar uma proposta que talvez não gostaria de ouvir?

— talvez eu possa aceitar. Depende do que você queira.

eu estava começando a entender aquele jogo. Quando percebi que a pipoca estava queimando, então tirei do fogo e joguei a panela na pia, ligando a torneira.

— apenas uma promessa. — a voz tinha mudado. Parecia familiar, mas o garoto estava se esforçando para não ser descoberto, parecia estar forçando a voz.

— que tipo de promessa, exatamente?

— você iria manter meu nome e identidade em segredo. Não iria contar a ninguém sobre as nossas conversas.

a proposta parecia ser idiota, mas interessante ao mesmo tempo.

— é piada? — acabei rindo com a mão na boca.

— não, estou falando sério.

— eu aceito. — falei em um tom sarcástico, mas dava para perceber minha sinceridade no tom da voz.

— prometo que farei o mesmo. — ele respondeu, feliz. — fiquei confuso quando te vi ao meu lado. Eu não imaginava que eu iria ter uma companheira tão.. bonita.

— foi na hora da loucura. Sinto que fiz errado.

— oh, querida. A vida é uma doença. Qualquer hora, ela vai te contaminar. — o garoto tentou deixar a situação mais leve. — acho que você pode tomar um susto se caso saber quem sou.

— ah, se liga! — eu ri, escutando ele rir no outro lado da ligação, mas dessa vez ele estava rindo com a própria risada, sem alteração nenhuma. — Kaulitz? — perguntei baixinho.

— oque? — o menino me respondeu ainda rindo, ele não tinha entendido oque eu tinha falado. — eu não entendi oque você disse, poderia repetir?

— Bill Kaulitz..

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora