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Vi o menino dar risada e fechei meu armário, trancando ele e saindo sem dizer nenhuma palavra

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Vi o menino dar risada e fechei meu armário, trancando ele e saindo sem dizer nenhuma palavra.
Corri para a cantina, pois estava com fome e querendo comprar um sanduíche, mas acabei esbarrando em um menino. Ele era alto e magro, usava maquiagens escuras embaixo dos olhos, e tinha um estilo bem diferente.

— cuidado, garota! — ele aumentou o tom de voz, dando um leve empurrão em mim, me fazendo ir pra trás, acabei batendo meu cotovelo na parede, dando um gemido baixo.

— seu escroto! — eu disse para ele, enquanto acariciava o local que tinha arranhado um puco.

— presta atenção por onde anda, na próxima vez eu faço você bater a cabeça na parede até desmaiar! — ele disse e eu me assustei pelo seu tom de voz, em seguida escutei risadas. — tô brincando.. você tá bem?

— tô sim, só um arranhão — falei puxando a manga de uma blusa que estava por baixo da minha camiseta, vendo o machucado. — Não foi nada demais.

— que bom, quem é você? — o moreno peguntou.

— Eu sou Zaly.

estendi minha mão para o garoto, que me encarava com um sorriso, olhei para seu rosto, prestando atenção em casa detalhe que ele tinha. Enxerguei uma mancha vermelha em sua blusa. Mas ignorei esse fato.

— gostei do piercing — apontei para a sombracelha.

Ele tinha percebido que eu tinha enxergado a mancha, então logo cobriu com seu bracelete que tinha em seu braço direito.

— isso aqui é tinta.— ele mostrou a blusa que estava suja de vermelho.

— tudo bem, eu não vou dizer que você matou alguém, por que você não tem coragem. — respondi e ele gargalhou.

— realmente não tenho. — ele cruzou os braços. — mas vontade não me falta. — gargalhei junto com o menino.

Eu não sabia o quão sério era a situação que eu estava me metendo.
Pensei que era só uma piada, mas Bill sabia falar sobre seus crimes sem ser pego.
Antes de eu chegar na Alemanha, ja tinham alguns casos. Quatro pessoas morreram em apens uma semana, mas seus corpos foram expostos depois que eu cheguei, isso é bizarro.

Pensei em investigar o caso, mas seria uma perda de tempo, e eu também era muito preguiçosa. Eu não gostava nem de arrumar minha cama, imagina descobrir quem é o assassino? Melhor deixar essa ideia tosca de lado.

— então você teria coragem de matar alguém? — perguntei-lhe outra vez.

— eu tenho, eu tenho — ele respondeu com um sorriso maroto.

Com eu era manja das ironias, eu achei que ele estava apenas brincando comigo, sem maldade.
Eu só não sabia que eu estava lidando de fato com um assassino. Ele parecia ser gentil, e era. Eu não entendia porquê isso me encomodava tanto.

— esgrima hoje mais tarde? — ele apontou o dedo indicador para minha mão que segurava duas luvas.

— posso te dar uma afirmação, mas só se você pagar o meu lanche.

— fechado! — ele riu, agarrando no meu braço. Ele gostava e toques físicos. Ele gostava de ficar com o braço enrolado no meu, mesmo que sejamos literalmente estranhos que se conheceram á minutos atrás.

Entramos na fila, pegando dois sanduíches para nós, e logo nos sentamos em um um dos bancos que tinha alí perto.
Algumas meninas me olhavam com cara feia só porque eu estava me divertindo com o rapaz.
Eu não conseguia comer nada faz um tempo, mas dei a primeira mordida no sanduíche, e fazendo nojo para ele.

— oque você tem? — o mais velho perguntou.

— não consigo comer — fiz nojo para a comida.

— ah, então passa pra cá querida, porque eu consigo. — ele tirou da minha mão, comendo os dois no mesmo tempo, enquanto eu passava a palma da minha mão na coxa, pois estava com frio.

Vi dois garotos se aproximando, mas desviei o olhar.

— eae, Bill? — tom sentava no banco logo na nossa frente.

— oi maninho.

Ele respondeu e eu estralei os olhos, como um choque.

— vocês são irmãos? — perguntei meio confusa.

— gêmeos ainda, garota — Tom respondeu brincando com o piercing no canto do lábio, entao vi que eles realmente eram gêmeos, só mudavam pelo estilo.

— eu nem tinha percebido

tirei o celular do bolso, vendo uma mensagem de meu pai, nela dizia que era pra mim voltar mais cedo pra casa, só não falou o motivo.

— depois da esgrima, eu vou ir mais cedo pra casa, provavelmente no meio da aula.

— porque? — bill perguntou largando o sanduíche na mesa e limpando a boca, quando um dos dois foi pego por tom que comia igual um esfomeado.

— não sei, meu pai só mandou-me ir pra casa mais cedo, porém não o motivo.

— quer que eu te leve? — o gêmeo mais novo me perguntou, mas a acabei recusando.

Continuamos alí por um tempo, conversando sobre qualquer coisa e claro, pelo assunto do momento.

— quem vocês acham que é o ghost dessa vez? — Tom perguntou olhando para todos nós.

— sei lá, mas deve ser um desocupado que não tem nada pra fazer da vida e resolveu ir brincar com a faquinha — Georg disse e todos riram, menos Bill.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora