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A discussão continuava, e eu já estava com dor de cabeça por aquilo estar acontecendo.
Bill saiu de onde estava, já que não suportava mais os gritos de Hiago.
Não sei onde o garoto foi, mas isso não me importava.
Eu estava quase desmaiando no meio daquela gritaria, enquanto Hiago continuava xingando Bill, mesmo ele não estando mais entre nós.
Saí de lá com as mãos no ouvido para abafar o barulho, atraindo olhares de todos para mim, observando a garçonete ir até a mesa, pedindo para que falassem mais baixo pois estava incomodando-os.

[...]

Já tinha dado 11h da noite, e iria ter uma festa na minha casa, pois meu pai teria convidado alguns amigos do trabalho para comemorar as férias, e eu resolvi chamar meus amigos para não ficar sozinha no meio daquela bagunça toda.
Eles chegaram todos juntos, menos Bill que estava demorando pra chegar.

— zaly, pega mais cerveja dentro da geladeira, por favor — meu pai pediu e eu fui até a geladeira outra vez, pegando duas, pois o cara ao lado dele queria também. Voltei para a sala, entregando as cervejas e a campainha tocou.

— puta merda! — eu disse com um sorriso no rosto ao ver meus amigos entrarem dentro da casa, e logo acertei um abraço em Âmbar.

— já vou avisando que eu vim apenas pela comida! — Âmbar disse levantando a palma da mão pro ar e dei um tapa na sua nuca. — ai — ela reclamou.

— Bill não vem?

— deve estar á caminho. — Gustav respondeu se jogando no sofá e eu fiquei em silêncio, olhando para Hiago que ainda aparentava estar emburrado.

Depois de alguns minutos esperando Bill chegar, a porta é aberta por um mascarado, tirando a faca da capa e eu logo fiquei assustada juntamente com o resto do pessoal, mas logo em seguida o mesmo tirou a máscara, revelando ser Bill.

— seus trouxas! — ele riu colocando a máscara debaixo do braço. — vocês são muito idiotas, acham mesmo que eu sou o ghostface? — ele disse entre gargalhadas, me fazendo suspirar fundo.

— não. — respondi cruzando os braços.

— e porque não? — ele se aproximou de mim, curvando sua cabeça para o lado, penetrando o olhar nos meus olhos.

— porque o verdadeiro está bem na sua frente. — me aproximei mais, abrindo um sorriso de canto, e o garoto que estava rindo, parou imediatamente, me olhando com um olhar de medo e desconfiança. — brincadeira, não sou não — eu ri em seguida e sussurrei no ouvido do moreno. — mas só por enquanto. — me afastei com o rosto sério, indo até a geladeira para pegar uma lata de refrigerante.

Eu não sabia se ele tinha mesmo acreditado em mim, até porque eu achava que era Tom mesmo, então acabei entrando em um pouco de medo dele contar para os outros e me ameaçar, mas eu não sabia que estava me metendo com a pessoa certa.

No meio a sala, começou uma briga de dois homens, que discutiam feito loucos, e começaram a se empurrar. Então meu pai chegou na frente, separando os dois e eu apenas assistia.
Ele ditou uma frase em voz alta, para todos nós escutar.

— a festa acabou, já podem ir embora. — o mais velho disse e as pessoas ainda continuavam no local. — eu disse que já podem ir embora! — ele repetiu, levando os dois homens até a porta, ficando dentro de casa apenas eu e meus amigos.

Após isso, ele trancou a porta, indo até o seu carro, dirigindo estrada a fora, deixando-nos sozinhos no local.
Me sentei no sofá, pensando em oque iria fazer depois da festa ter acabado tão cedo e todos estarem entediados.

— qual é pessoal, vamos fazer qualquer coisa! — quebrei o silêncio, vendo eles ainda parados. — vamos lá, verdade ou desafio, Âmbar? — falei sem eles ao menos aceitarem a brincadeira.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora