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— não faça barulho, fique quietinha

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— não faça barulho, fique quietinha. — sussurrei no ouvido da menina. — qualquer movimento, essa faca atravessará sua nuca. — levantei um pouco da minha máscara, deixando apenas meus lábios de fora, passando o piercing falso no pescoço da loira que tentava respirar.

E você deve me perguntar, oque diabos eu estou fazendo com um piercing  falso no canto do lábio? Mas acredite, eu sou um traidor para meu irmão.
Tive que fazer isso para a minha própria segurança, fazer ela acreditar que Bill Kaulitz como um ghostface era impossível. Então vou incriminar Tom e me tirar da jogada.
Fui até a frente da loira, mostrando apenas o meu rosto do nariz para baixo, e abaixei a máscara em seguida. Ela apenas me encarou com um olhar sério, esperando eu sair do local para poder se acalmar.

Caminhei até a porta, com o andar de Tom, meio despojado e mãos balançando, tentando imitar os movimentos de Tom.
Fechei a porta com força, respirando do ar gelado que tinha naquela noite.
Olhei para os lados para certificar que não tinham me encontrado, e fui pela estrada fora, chegando em minha casa.
Deixei a mochila dentro do meu guarda-roupa, tirando as roupas e colocando meu pijama escuro com uma estrela enorme no centro, quando escutei meu celular tocar.
Vi que era Zaly, rapidamente atendi esperando ela falar algo.

— Bill, não sei oque aconteceu, mas eu acabei de presenciar algo muito bizarro. — ela falava assustada na linha. Sentei na cama, cruzando minhas pernas em forma de borboleta, com um sorriso no rosto, mas minha voz parecia curiosa.

— oque aconteceu, Zaly? Pelo seu tom de voz parece que viu um fantasma!

— foi bem pior que isso. Me escuta, acho que eu sei quem é o ghostface.. mas não tenho certeza. — enquanto ela falava, eu andava pelo quarto, guardando minha faca em uma gaveta dentro do guarda-roupa.

— é mesmo, Zaly? E quem você acha que é?

— pode ser que você me ache maluca agora, mas o mascarado apareceu aqui em casa, mostrando o rosto só do nariz pra baixo, no canto direito do lábio ele tinha um piercing.. igualzinho ao do Tom. — ela dizia, e eu arrancava o piercing falso do meu lábio, dando um sorriso malicioso por saber que tinha dado certo.

— realmente assustador. Mas, como você tem tanta confiança nisso? Você sabe que existem muitas pessoas com piercing na boca, não somente ele.

— EU SEI! Mas aqueles traços.. o nariz era igualzinho, e a boca nem se fala. — me sentei na cama, esperando ela dizer mais alguma coisa. — acho que ele é o ghostface.

— se você tem tanta confiança.. preste nisso, até porque você pode ajudar na polícia. — eu disse pregando uma peça na cabeça da menina.

— tenho que ter certeza que é ele, e depois eu converso com a polícia. Não posso denunciar alguém sem provas. — escutei um barulho de uma gaveta sendo aberta do outro lado da chamada.

— oque vai fazer?

— nada, apenas ir dormir, amanhã é outro dia. — a gaveta é fechada e a ligação encerrada.

Joguei o celular na cama quando vi a ligação sendo desligada, fui até o banheiro, lavando minhas mãos e pegando minha escova de dentro do espelho.
Coloquei um pouco de pasta, escovando os dentes rápido. Eu estava fazendo um jogo com Zaly, e ela precisava jogar. Me encarei no espelho por alguns segundos, prestando atenção nos traços do meu rosto. Um pico de autoestima subiu pela minha mente, me fazendo dar um sorriso para mim mesmo.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora