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Depois de um tempo, eu saí da sala, e o delegado logo atrás de mim, chamando alguns polícias e assisti os mesmos agarrando nos braços de Tom que começava a tentar se soltar, implorando para que eles parassem. Eu escutava toda a bagunça quieta, vendo o delegado acusar tom por assassinatos da semana.
Eu não sei oque estava passando pela minha mente naquele segundo quando resolvi entregar o garoto.
Ele gritava para mim enquanto estava sendo levado para algum lugar que eu não sabia onde era.
Eu encarava ele gastando sua voz, gritando para mim em completo desespero.

— não sou eu, eu juro por Deus, EU JURO POR DEUS SUA VADIA ESTÚPIDA!— ele falou pela última vez antes de sumir da minha vista.

Me sentei no sofá que tinha alí perto, tentando controlar minha respiração que estava descontrolada.
Eu tentava ficar ciente que tinha feito uma escolha verdadeira com a completa certeza. Mas acho que eu tinha falhado miseravelmente nessa maldita escolha.

Me levantei, vendo uma policial me parar na entrada.

— tudo bem, garota? — ela me perguntava segurando meu ombro, e eu apenas concordei com a cabeça, vendo ela abrir espaço para eu sair do local.

[...]

Em casa, eu estava olhando para o teto, vendo no relógio que já eram 18:09 da tarde. Escutei a porta sendo aberta pelo meu pai, parado na minha frente, me avisando que iríamos jantar na casa da minha madrasta essa noite, então apenas aceitei e me levantei da cama.
Minha mente estava cansada de arrumar brigas, eu só aceitei para as coisas ficarem tranquilas.
Coloquei um tênis e fui do mesmo jeito que eu estava, só penteei meu cabelo e desci para a cozinha.
Fomos até a casa da mulher, saí o carro, arrumando meu cabelo para o lado, entrando na casa e comprimentando todas com um sorriso amigável, com a mente ainda focada em oque Tom deve estar passando agora.
Sentei-me no sofá, olhando alguns sites sobre os ghostfaces anteriores. Em um deles, estavam escritos que o último ghostface nunca foi pego, e até hoje não se sabe quem era. Apontam que ele foi muito esperto, ou melhor.. "eles", pois estavam agindo em dupla, saindo sã e salvos do crime.

Minha atenção foi tirada por Andry que cutucava meu ombro, e eu levei meus olhos para o garoto.
Ele era um adulto de 23 anos, mas agia como uma criança.

— você está mesmo interessada nesse caso de ghostface, Zaly? — ele perguntou para mim e eu concordei com a cabeça. — posso te mostrar uma coisa. É tipo uma curiosidade, mas quero que mantenha em segredo.

Após eu concordar, ele puxou-me pela minha mão, me levando até o quarto. Mandando eu sentar na cama.
Ele revirava algumas caixas que tinham em cima do guarda roupa, então achou a desejada e a jogou em cima do meu colo. Retirando a parte de cima, abrindo-a. Tirando duas máscaras. Uma estava com algumas manchas vermelhas e a outra aparentava estar bem velha, com poeira por cima dela.

— acha que eu esfaqueei a perna daquele garoto apenas porque eu queria? — ele riu e voltou a olhar para mim. — eu já faço isso há muito tempo.

Manti meu rosto sério, vendo ele se sentar ao meu lado, pegando uma das máscaras.
Ele levantou a máscara que estava manchada e olhou para mim.

— essa máscara era minha. Eu cometi um massacre na High School do ano de 1996. Mas calma que eu não fiz isso sozinho. — ele levantou a outra máscara. — sei que você acha que essa está meio desgastada. Mas não quero que você fique assustada. — ele me entregou nas mãos, me fazendo olhar todos os lados da máscara. — essa máscara.. era do seu pai. — me virei para ele, com um semblante de choque e não acreditando ao mesmo tempo.

— vou te explicar a história para você não ficar confusa.
Na época de 1996, seu pai, Stu Macher, se envolveu com a diretora da escola, acabando com a família dela, fazendo o marido sair de casa pela suposta traição. O nome dela era Simone. Ela fez que a sua família se separasse também, por isso a razão do divórcio dos seus pais. Mas em troca ela colocou-me em um reformatório por zero motivos. Ela fez coisas piores, que não eram nem necessárias. Eu tinha apenas quatorze anos.
Seu pai era meio bizarro para as coisas. Ele me entregou essa máscara, e juntos fizemos o tal massacre na escola, juntamente com outro rapaz, Billy Loomis. Eu posso ter sido muito novo naquele tempo, mas eu vou muito além da minha idade. — ele disse e eu continuava com a cara de assustada. Como meu pai pode ter sido um ghostface no passado? Parecia piada. — infelizmente seu pai não conseguiu tirar a vida da diretora por vingança, e então desistiu no meio do caminho, matando apenas alguns adolescentes do colégio para não levantar suspeitas que ele estava focado na diretora. — em seguida o quarto foi tomado pelo silêncio, mas logo foi quebrado por mim.

— então.. meu pai é um assassino? — olhei para baixo sem acreditar naquilo.

— eu sei que é difícil, mas te entregar essa máscara. Faça oque quiser com ela. Jogue fora, ou use. — Andry me entregou a máscara, e eu a encarei por alguns segundos.

Encarei Andry e guardei a máscara dentro da jaqueta. — que comece a diversão.

ғᴀʟʟᴇɴ ᴀɴɢᴇʟ  | ʙɪʟʟ ᴋᴀᴜʟɪᴛᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora