Mob e GS correm da sala. Agarro o arquivo acima da mesa e saio pela porta, descendo as escadas rápido. Contorno o corrimão e pulo no chão. Corro através do galpão, colidindo com corpos, e assim que chego ao carro fecho a porta. Bato duas vezes ao teto. Ele se abre, e eu me abaixo.
Os pneus chiam, começando a correr pelo asfalto. Agarro a arma abaixo do banco. Recolho outra caixa ao lado dela, e a deixo ao colo de Carolina.
- Faz um favor pra mim?
Ela assente rapidamente.
- Faço.
- A bala da arma acaba rápido. Quando eu estender a mão, me dê mais um desse aqui.
- Certo.
Volto a levantar, subindo acima do banco e posicionando a arma no teto do carro. Afundo o cartucho e pisco uma vez, ampliando a visão.
Posso não conseguir acabar com o Galpão. Posso nunca conseguir acabar com o tráfico de prostituição. Mas não permito que levem mulheres daqui, sem a minha concordância, mas no meu nome. Minha avó repudiava este lugar. Eu não a decepcionaria, nem mesmo morta.
- Cuido de trás ou da frente? - Mob fala pelo rádio.
- Fique atrás. - ordeno. - Acelera. - o motorista afunda o pé no acelerador. Um homem sai da janela do caminhão, mirando a arma em minha direção.
Abaixo a cabeça e começo a atirar. O carro chega cada vez mais próximo à janela. A bala acaba, e assim que estendo a mão Carolina me dá o cartucho.
O afundo e começo a atirar outra vez. O caminhão começa a se movimentar para o lado, ameaçando bater no carro. O movimento faz o carro se esquivar. É quando olho para o lado. Estamos em uma estrada, acima de uma montanha. Qualquer movimento é perigoso. Desço do banco.
- Mudança de planos. Chega do lado. Vou entrar.
- Como?! - Victor exclama, ainda atirando.
- Vou entrar lá.
O carro acelera, indo parar ao lado do caminhão. Ajo rápido. Abaixo a janela e atiro no homem ao lado do motorista. Ele tomba para o lado.
- Dá ré. - o carro dá ré, antes que o motorista do caminhão tente nos bater pela lateral. - Agora cola na traseira dele. - a frente do carro vai parar na parte de trás do caminhão. Volto a subir no banco, colocando o corpo para fora.
No entanto, faço força com o braço. Subo acima do teto, segurando na borda quando a estrada faz uma curva acentuada.
Jogo os pés para a frente do carro. E pulo na borda do caminhão. O barulho faz um braço se estender para fora da janela, soltando tiros. Quase não consigo desviar. Minhas mãos seguram a borda com dificuldade. A pista passa aos meus pés, ameaçando que eu caia nela. Vou até a janela do homem que matei. Inclino a cabeça e atiro. A cabeça do motorista cai contra o volante.
Entro com rapidez pela janela, abrindo a porta do motorista.
Chuto o corpo para fora, fecho a porta e giro o volante antes que saia da estrada. O lado esquerdo do caminhão fica no ar por quatro segundos. Fica inclinado, como se fosse cair. Capotar pela montanha. Até cair sob as quatro rodas. Afundo o pé no freio, e tudo fica em silêncio por um instante.
Meus músculos ardem. Minha respiração está descontrolada. Olho pelo retrovisor. O carro parou. Nossa van também.
Encosto o corpo no banco. Giro a chave outra vez. Enquanto dirijo até uma região mais populosa, tento organizar os pensamentos. Pelo GPS, estamos na divisa entre Los Angeles e Santa Mônica. Entro em um bairro qualquer. O carro e a van de Mob me seguem. Paro em uma rua deserta. Há casas, mas parecem ser abandonadas.
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Medicine | Volsher.
Romance"Ela não é uma droga. É minha medicina. Drogas te fazem esquecer dos seus problemas, mas medicina... cura. Ela me cura. Mas sem esquecer do que eu vivi."