𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞 ━━ Gabigol

Rascunho Vinte e Nove

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meta de cometarios: 100 🔒
teto espelhado, quarto gelado
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c L a R i S s A
𝗯𝗮𝗻𝗴𝘂, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Abri os olhos devagar, acordando ainda no carro de Gabriel. Não sei em que momento, acabei pegando no sono ou me deixando levar pelo cansaço, mas sei que estava muito confortável até acordar. Vi o jogador concentrado em algo no telefone, e não me movi um milímetro para apenas ficar observando seu perfil.

Quase não tinha notado, os cabelos cacheadinhos bem definidos, a nova tatuagem do número dez — que já tinha visto na internet, mas ainda não tinha prestado atenção nela pessoalmente—, e nem que ele tinha a mania de morder o lábio inferior, enquanto está concentrado. Seu perfume exala no carro, e tudo nele atrai tudo em mim, mal consigo respirar direito, de tão perfeito que ele é no ao vivo.

Tem vários memes de "se o Gabigol me olhasse assim...", me obrigo a concordar com cada um deles. Deus me livre, se dois beijinhos mixurucas me fizeram ter um sonho erótico, imagine o olhar. Tenho até dó de mim mesma.

Gabriel respirou fundo, fazendo um barulhinho meio irritante ao soltar o ar pela boca, logo em seguida, virou o rosto a mim e sorriu de imediato ao me ver acordada. Inclinou um pouco a cabeça, virando o corpo para mim também.

— Acordou, Bela Adormecida. — Murmurou. — Gostou do cochilo? — Perguntou baixo, e sorrio me remexendo devagar.

— Uhum. — Resmungo. — Quanto tempo eu dormi? — Coço os olhos, e arrumo o cabelo, olhando para fora e notando que estávamos parados próximo a minha casa.

— O caminho de volta todo, é isso dá bastante tempo, porque o trânsito estava horrível. — Reclamou e revirou os olhos, me arrancando uma risadinha baixa. — Você parece cansada. — Disse, me analisando bem.

— Nossa, obrigada. — Ironizo. — Adorei saber que estou, aparentemente destruída.

— Não exagera, Clarissa. — Fala e faz uma careta de tédio. — Estou dizendo isso, porque é o que eu acho, mas se você costuma desmaiar de sono todo dia vindo pra casa, então tá de boa. — Deu de ombros.

— Não estou cansada, é só a correria que é a minha vida. — Respondo, mas ele não parece convencido, me encarando com uma sobrancelha erguida. — Gael tá em uma medicação nova, e não é da noite para o dia que ele vai se acostumar, então ele custa a dormir. Como minha mãe vive em função dele, vinte e quatro horas por dia, eu tenho que ficar com ele durante a noite, até ele sentir sono e ir dormir. — Explico, o mais detalhado possível, e o jogador me escuta atentamente. — Por isso eu estava com sono no caminho de voltar, e andar de carro me relaxa, aí dormi.

— Sei que sua mãe precisa descansar, mas você também precisa Claris. — Disse, tirando uma mecha do meu cabelo, da frente do meu rosto. — Cê tá de férias da faculdade, né? — Assinto. — Pois é, pode dormir mais cedo e estar mais descansada no dia seguinte.

— Essa semana vai ser menos puxado, ele vai entrar na rotina de novo e vai ser melhor. — Digo e ele assentiu. — Vou conseguir descansar nas folgas.

— Quantas folhas você tem na semana? — Questiona.

— Agora eu tenho duas. — Dou de imenso. — Vou concorrer a uma vaga de gerência, e aí vão ser três.

— Que legal, mais tempo pra descansar e escrever. — Sorriu, segurando minha mão, me atacando um sorriso também. — Eu sei que sua vida é uma loucura, e que você não para, vai por mim sei exatamente como é. Mas você também precisa descansar. — Não notei quando ele se aproximou mais, mas eu gostei.