Rascunho Trinta e Dois

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meta de cometarios: 80 🔒
complicada e perfeitinha
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g A b R i E l
𝗯𝗮𝗿𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝘁𝗶𝗷𝘂𝗰𝗮, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Quase três semanas de extremo vácuo da Clarissa, se ela tivesse um bom motivo e me explicasse com clareza, eu não estaria dirigindo até a casa dela. Liguei pra ela a duas noites atrás, mas fui ignorado, teria vindo mais cedo, só que os treinos tem que consumido. A chuva começou ontem a noite, mas ainda não parou, e são os piores dias. Parece, que os piores motoristas resolvem sair todos juntos de casa, quando está em dia chuvosa.

Já é ruim dirigir em dias normais, imagina nós dias assim. Acho que passei mais ou menos duas horas no trânsito, pra cruzar da Barra até Bangú, e me questiono se ela não tinha lugar melhor pra se esconder do que aqui. E olha, que ela mora em uma das ruas principais, de fácil e rápido acesso.

Estaciono em frente a sua casa, pegando um guarda-chuvas e descendo do carro. Respiro fundo, ensaindo meu discurso de desculpas, porque está mais que na cara que ela está brava comigo, porque ficar com a Ingrid. Será que conta dizer que não significou nada? Ou que assim que acabou, eu desejei não ter me deixado levar pelo tesão.

Caminho até a porta e dou duas batidas, ouço alguém lá do lado de dentro pedir para esperar um pouco, que já estava vindo. Não sei se estou pronto pra conhecer a família dela, quando vim das últimas vezes, nunca estavam em casa.

— Pois não? — Uma mulher atendeu a porta, sorridente e curiosa. Seu sorriso se transformou em surpresa ao me ver, me fitando de baixo para cima e arregalando um pouco os olhos.

— Boa noite, a Clarissa está? — Pergunto, sendo o mais educado possível.

— Bo-boa noite. — Ela gagueja. — O que o Gabigol está fazendo já minha porta? — Ela pergunta baixo, não sei se era um questionando a si mesmo ou a mim.

— É que eu preciso muito falar com a sua filha. — Digo, engolindo em seco e temendo que ela não deixasse.

— Como conhece minha filha?

— É uma longa história, e eu posso ficar horas contando pra senhora, qualquer dia desses. — Sorrio, sentindo a chuva começar a diminuir. — Mas agora, preciso mesmo falar com ela.

— Não sei se vai ser possível. — Disse e murchei. — Clarissa pegou a chuva de ontem à noite, e está de cama, com uma gripe que só Jesus na causa. — Negou com a cabeça, suspirando cansada. — E está de cama.

— Entendi. — Murmuro baixo. — Mas, eu posso ir lá ver ela? Prometo que serão apenas trinta minutinhos.

— Bom, sim. — Assentiu ainda meio perdida. — Segunda porta à direita no corredor. — Respondeu, e me deu espaço para entrar. Sorri agradecido, e retirei os tênis próximo a porta.

— Sou Gabriel, e é um prazer conhecê-la. — Estendi minha mão a ela, que apertou e assentiu.

— Lurdes. — Assentiu. — Mas pode me chamar de Lu.

Fechei o guarda-chuva e o deixei do lado de fora, antes dela fechar a porta. Era a primeira vez que eu via o Gael, e ele estava sentado a mesa de jantar, comendo alguma coisa que não detectei. Ele é a cara da Clarissa, os mesmo cabelos ondulados e pretos, com uma expressão séria marcante. Estava vestido com uma blusa do flamengo, e aqueceu meu peito. Sou apaixonado por crianças.

𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞  ━━ GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora